segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Na sussa do Sussa

No meio do turbilhão das mudanças de vida, nada como uma saidinha à dois, DD. Marido e eu.. quer dizer, no meu caso, há sempre a minha simbiótica Dalila à tiracolo, quer à enterogastrocolo, mas tudo bem.
Carboidrato e alcool etilico animam até defunto, não é gente? Afee, se tiver chocolate ao final, então, iupieeeee!! Viva a serotonina...Então, Guto, para me animar, após os decisivos dias na questão profissão, me levou ao Sussa, uma forneria nova, que abriu ali do lado do Pereira, na Barra.
Adorei o lugar.
De frente pro mar, envidraçado, com uma imensa reprodução do mar da Barra e sua balaustrada na parede, excelente atendimento, enfim, bacanérrimo, descoladérrimo, tudo érrimo.
Forneria é uma coisa sensacional, a idéia de forno, quentinho, assadinho, crocantinho, recheadinho, já dá um aconchego na gente.. Dalila chega a fazer meu duodeno de cachecol...
Para começar, o chopp Brahma estava bem tirado e o couvert tinha a-haaaaaaa: grissinis!! que amooooo!...rsss Então, o começo dos trabalhos comensais foi fantástico! Aquelas varinhas de pão são de Hograwts, sabem? Fazem mágica igual a Harry Potter,  afeeeeee delicia! passadinha em algum patezinho....hummmmmmmmmmmmm. Além das varinhas de condão, digo, dos grissinis, olha o que vem no couvert
simmmmmmmmmmmmmmm, pão de calabresa!! hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmm valeu cada dentada.
Depois de devorar o couvert, abri o cardápio e Dalila, valendo-se, com certeza dos poderes mágicos das varinhas de condão dos grissinis, fez saltar das letras "Bruscheta de gorgonzola com mel"... e lá fomos nós provar. Muitooooo boa (pedia mais mel, é verdade), mas o pão veio no ponto (ou seja, tostado, torrado, quente, mas macio), com generosa camada de gorgonzola, e mel..............matador, sal e açucar... delícia.
A casa tem várias opções (tenho de voltar para provar o filé apimentado que me deixou com muitas dúvidas antes de pedir o principal), mas como estavamos numa forneria, vamos ver o que sai da boca do forno, seu lobo!
Pedimos uma pizza metade de camarão (com mais gorgozola) e a da casa, com queijo argentino ou espanhol que não me lembro o nome agora. Ambas deliciosas, massa fina, crocante, muitooooo boas.
Todo restaurante deveria ser proibido de ter cardápio sem foto de cada pedido... Se você, caro leitor, visse, ou melhor, lesse "trio de brigadeiro" iria imaginar algo diferente de três porções, ou pelo menos três unidades, de lindas bolinhas de brigadeiro? Nem eu! Nem Dalila! Dá para imaginar nossa decepção quando chegaram à mesa três potinhos de patê com leite condensado, crús, um sem nada, e dois misturados a dois tipos de chocolate em pó diferente? Não né? Mas foi isso que apareceu na mesa.. quase mato o garçom, queria melar os dentes na massa do brigadeiro, sentir aquele grude na boca derretendo, não tomar leite condensado de colher... a maior decepção açucareira da história de Dalila...
Mas, cá para nós, tirando a sobremesa enganosa, o lugar vale a ida, viu? Nota 8,5 pelo lugar, couvert, pizza e bruscheta.. ah, não seriam três brigadeiros a me tirar do sério...rssss
Beijos!

De volta à ativa!

Genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee,

Primeira coisa: mil desculpas!!!! Estou saindo de uma big life change, saí do escritório que foi minha casa por seis anos, de uma parceria de mais de onze anos com meu antigo chefe, para ser sócia de uma nova casa, com dois grandes amigos, com direito à reforma de sala, estresse com pedreiro, pintor, e afins, isso sem falar em duas crises brabas de coluna, uma virose do filho, e, ainda um susto do maridão.
Ufa! Reforma acabando, coluna querendo ficar boa, vamos seguindo.
Estou viva! Dalila também! E não esquecemos de vocês!!! Apesar desse corre corre, guardamos algumas coisinhas lindas de comer para trazer para vocês.
Beijos e boa gastroleitura!

domingo, 4 de julho de 2010

Muito prazer. Sou a torradinha de cebola.

Olá. Me chamo Torradinha de Cebola.
Conheço Fabi há uns 7 anos mais ou menos, quando ela, e mais quatro esfomeadas amigas, chegaram à casa de Ju Curi, em Sampa, e antes de um verdadeiro puttanesca, fomos apresentadas e eu, por ter conquistado Dalila imediatamente, dei o primeiro passo nessa amizade.
Fabi, vocês sabem como é, né? Espelho sem aço, diz logo a que veio, ame-a ou deixe-a, sempre cercada de gente por todos os lados. A gente é muito parecida, sou de cebola, tempero forte, ou me amam, ou me odeiam, só sirvo quente ou fria, morna não, ando sempre cercada de outros pratos e sobremesas!
Por sermos tão parecidas, eu vim aqui defendê-la. Todo mundo diz que minha receita é muito dificil, que Fabi esconde o jogo, etc, e tal. Não é verdade. Anotem tudo aí.
Para me ter assim douradinha por cima, crocrantinha por baixo, peguem uma boa baguete ou um bom pão francês, e fatiem, não muito grosso. Reserve. Ralem uma cebola média no ralo grosso, espremam para tirar a água da cebola, e misturem com 1 frasco pequeno de boa maionese, mais 100g de queijo parmesão ralado (quanto melhor o queijo, melhor eu fico).
Não economizem na passagem da pasta, OK? Em cada fatia do pão, uma boa e generosa camada da mistura é obrigatória!! Levem ao forno, médio, para assar até que fiquem douradas em cima. Não tem erro. Fico assim:


Agora vão testar a receita! E parem de dizer que ninguém acerta o ponto, tenho certeza de que até o mais novo leitor da Fabi, Prof. Malfati vai conseguir e ampliar o cardápio para além do nissin lamen que ele faz.
Prazer, viu gente!

Torradinha de Cebola.

Maridon quer cervejon

DD. Marido fez aniversário em maio último. E como ele adora cerveja, decidimos ir conhecer o Munik Bar e Boteco, na Pituba, para que ele se divertisse com as loiras alemãs, holandesas e afins.
Na entrada, fomos surpreendidos por uma fichação de rasgar o Código de Defesa do Consumidor, porque duas nada simpáticas recepcionistas - que perguntaram a Erik se seu nome era com H ou não e ele já se adiantou soletrando o Lingerfelt do sobrenome - lhe exigem até o fator RH, sob a pífia a alegação de que alguém poderia sair sem pagar e eles teriam o "contato" (leia-se, celular) do pendurador....eu ri, e muito, mas dei meu nome e celular verdadeiros, pedi mesa para 10 pessoas e fiquei "na lista" de espera, que deve ser espera para a próxima década, pois passamos a noite nos banquinhos e mesinhas altas do bar, digo, meninas sentadas e meninos de pé, ante a falta de espaço, com direito só ao cheiro de fritura que vinha da cozinha.
Depois de tentar nos acomodar no local destinado à espera (de onde só saímos para ir embora), pedi o cardápio e me senti a própria Mr. Magoo. Não enxergava, nem tampouco lia, n-a-d-a. O papel preto, com letras minusculas em vermelho e branco não deixam você compreender nada. Aniversário é aniversário, então, vamos celebrar.
Com a ajuda de Rose, simpaticissima garçonete, fomos experimentando várias cervejinhas bacanas
bem tiradas, bem servidas, com copos próprios e que, com precisoso auxílio oculístico-gustativo de Marcos Carneiro, fomos descobrindo os sabores de cada uma delas, inclusive os residuais, como o de caramelo, que só confirmamos quando conseguimos ler a descrição da breja no cardápio. Nota 9,00 (Guto pediu umas duas marcas que não tinha na casa, inclusive a afamada Pilsner Urquel, se é que é assim que se escreve).


A esta altura, Dalila já meio alta de tanta cerveja, começou a pedir comida, e Mr. Magoo aqui só conseguiu ler duas coisas interessantíssimas no cardápio: mini hamburguer e mini batatas especiais. D-e-l-i-c-i-o-s-a-s! O mini hamburguer é divino. Carne temperada, macia, alta, em pãozinho macio com catchup. Coloquei uma

pimentinha e lá fomos nós! A porção é generosa e não é cara, nota 10! As batatas são cortadas pela metade, têm o miolo recheado com frango e queijo, e possuem uma crosta crocante empanada em corn flakes e frita!! Afeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Não tirei foto, porque não deu tempo! Comendo, provando, gostando e lá se foram as batatinhas!
Cheguei a pedir, ainda, mini alguma coisa com fumeiro, mas a super vó Luiza ligou avisando que pequeno Nando chorava e eu tive de deixar as brejas, as comidinhas, os amigos e amigas especialíssimos que compareceram, para vir acudir o filhão.

O bar agradou (nota 4 para as recepcionistas e 7 pro serviço - lento, às vezes), comida legal, preço justo, ambiente moderninho (apesar de ficarmos confinados na espera do bar, as mesinhas são agradáveis e há área climatizada) tanto que a despedida de solteiro de David, grande amigo, começou lá no Munik (nem queira saber mais que isso, afeeee! Melhor eu nem pensar!....rssss).
Fica a dica, maridon quiser cervejon von comer nu barrr de Pituba, amico!
Beijão!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Balzacas do Barulho ou Noite das Meninas.

Como toda mulher Bombril (mil e uma utilidades) deste milênio, esta blogueira que vos escreve se deu um dia de alforria da rotina: profissional liberal-esposa-mãe-e pau para toda obra, para, em arroubo digno de Isaura, ir conhecer a MME. Champanharia.

Obviamente que escravo quando foge, não vai sozinho, né? É claro que a alforria levou parte do Quilombo da UCSal 98.1, isto é, fiéis amigas de faculdade, que foram conferir, in loco, os prazeres de uma saidinha sem compromisso com horário, com o bebê, com o marido, com o relógio, ou seja, com ninguém!.

Em Salvador, acabamos descobrindo lugares novos em meio ao chaótico trânsito desta província, que me criou inúmeros passatempos, como ler o nome das ruas, os outdoors novos, e, claro, identificar restaurantes e barzinhos novos pela cidade.

Assim foi que descobri a MME. Champanharia, aberta há pouco tempo, ali no Red River, quase em frente ao Twist Pub e a Maranello pizzaria, ou seja, naquela ruazinha que na rush hour não passa nada, nem pensamento.

Sou louca por espumante. É geladinho, faz cosquinha no nariz, é um tanto quanto adocicado, glamuroso, e combina com praticamente tudo que pode sair de uma cozinha. Dalila, quando descobriu a casa e identificou o potencial etílico gourmet da coisa, passou a cantar La Vie en Rose toda vez que passávamos no Rio Vermelho. E nada melhor para celebrar uma alforria, de agendas e compromissos, de cinco Balzacas do Barulho que uma boa champa!

A casa é um sobradinho no bairro mais boêmio da cidade, com uma decoração meio noir, meio retrô, mas diferentinha, com lustres feitos de garrafas de champa, coloridos sofás e cadeiras, e bancos longos de madeira, no térreo. E no mezanino, mais algumas mesinhas igualmente fashion-descoladas-coloridas.  

A carta dos espumantes é muitoooooooo bacana, indo do nacional à legítima Veuve Cliquot. A maioria dos rótulos tem opção em taça e os preços das garrafas não são absurdamente mais caros que em uma boa deli. Como eu e Nina chegamos cedo, batemos o olho logo na garrafa do Rosé Glamour, um espumante italiano maravilhoso, a R$ 65,00! Esse espumante é da região de Treviso, famosíssima pelas suas cavas. Mas como tínhamos de esperar as demais Isauras, ficamos nas taças de Chandon Passion, igualmente rose, e só um pouco menos delicioso...

Algumas bolinhas de champa coçando o nariz depois, eis que entram Fau, Lú e Mile, encharcadas da chuva que caía, e animadíssimas com a reunião do Quilombo, digo, das amigas, que há muito não se juntavam para papear fiadamente, ao longo de tantos mililitros de álcool.

Turma reunida, mais uma rodada de taças de Chandon, pedimos umas torradas meio bruschettas com queijo manchego, que fez Dalila tocar castanholas ao ler o cardápio, mas que deu um olé na minha amada lombriga, pois o queijinho espanhol tão delicioso ficou meio insosso no molho que cobria o pãozinho.. meio frustrante, más que se hay de hacer? BEBER!!!

Num abrir de rolhas, esquecemos o queijo manchego, pois a Rosé Glamour tilintando nas taças começou – literalmente – a deixar a noite ébria o suficiente para rirmos, abrirmos os corações e compartilhar todas – eu digo todas – as experiências possíveis e imagináveis de uma mulher.... Se as rolhas falassem....


Acompanhando a bebedeira alforrística, pedimos mini sanduíches de salmão defumado que vieram a contento: pão macio, fatia generosa de salmão, cream cheese na medida certa, molho tarê e de ervas (esse último não combinou muito com o peixinho não, dois sabores fortes, mas o primeiro ficou legal). Para forrar a casinha de Dalila prestou bem, mas ela não se contentaria com tão pouco.

Então, depois dos sanduichinhos, um prato que parecia um sonho: filé em cama de shitake e shimeji. D-e-l-i-c-i-o-s-o. Dalila trocou as castanholas do manchego por uma harpa e pôs peruca de anjinho. Iscas grandes de filé, macias e suculentas, com toque de pimenta verde, em cima de cogumelos salteados em azeite, com a salmoura da carne tão entrosados, mas tão entrosados, que você não sabia quem era querubim e quem era cupido. Afe! Nota 10 pro prato.

Poc! Stampido de nova rolha de Rosé melhor amiga Glamour. Obaaaaaaaaa!!! Conversa mole, conversa fiada, somos nós as bambas dessa parada, já diziam Os Sungas (Mile, pra você!) Champa para dentro, meninas, hoje a gente pode!!!

Dalila só pedindo mais comidinhas!!! Que tal um carré de cordeiro? “Ah, Fabi, pede aí você” Esse povo é doido, me entregam os estômagos. E não é que dão sorte? O que foi aquilo? Magníficos carrés de cordeiros, macios, tenros, derretendo na boca, soltando aquele caldinho temperado de carne bem feita, daqueles que a gente pega o carré e passa no prato ,só pra ver se gruda mais molho... da próxima vez que eu vir um cordeirinho, acho que vou enxergar igual ao leão do desenho Madagascar: só vou ver um carré com pernas. A batatinha que os acompanhava é que foi pouca, porém igualmente maravilhosa!

Se o assunto do papo é.. hum hum, picante, vamos de ménage a trois, um prato de três sugestões do chefe que, para a minha pudica lombriga, só empolgou a torrada de polvo e gorgonzola (que ninguém na mesa queria pedir, mas todo mundo comeu e adorou, e, eu, obviamente, nada disse kkkkkkkkkkkkkkkkkkk). O parma com o camarão não estava muito legal (esperava ou o parma ou o camarão mais firme, mas ambos estavam em tartar, ou seja, crús, e não me empolgou muito), e o terceiro, confesso, não lembro se era ceviche ou o quê.....rssssss. Melhor pedir o polvo com gorgonzola sozinho.

Caro? É. Já viu coisa boa ser barata? Só acarajé e olhe lá! Conta deu cem pila por cabeça (mas lembrem-se que bebemos garrafas de espumante, e provamos muita coisa do cardápio). Serviço? Muito bom, especialmente quando se tem manobrista, se entra molhada no restaurante, se derruba coca cola (para curar a bebedeira), e se quebra uma flutê....rssss. Comida boa? Excelente. Só o filé e o carré valem a ida. É para mulher? É e não é. Apesar de meio clube da Luluzinha, com namorado/marido/ficante é um senhor lugar para animar a vida a dois.

Vale a pena? Vale cada centavo, porque cada sorriso, cada idéia trocada, cada sacanagem falada, cada confissão feita é o que faz valer a pena todas as amizades cultivadas nessa vida. Isauras, digo, meninas, a-m-o vocês! Dia 11 vem aí! Pacto de rolha, hein?? rssssss

Beijos!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A cabeça da cozinha.

Se o fogão é o coração, a geladeira, não tenho mais dúvidas, é a cabeça. É o cérebro eletrônico, frio e gelado, que orquestra cada almoço, jantar, café e sobronté de onté.
Minha frost free quebrou (nunca mais compro geladeira da Bosch) no domingo retrasado, e lá se vão quase duas semanas de liga para cá, tenta consertar de lá, compra peça, peça não chega, briga com o marido (que se encarregou de resolver), para ao final comprar outra nova ontem.
E não dá para viver sem. Não tem como. Água gelada, graças a Deus, não ficamos sem, pois temos um daqueles filtros que só faltam falar, mas e como fica o Danoninho de Nando? E aquele restinho de strogonoff do almoço que cairia muito bem no pão à noite? Onde guardar o pedaço de torta de chocolate? E a mousse de maracujá, que só presta gelada e firme? Não tem onde. Sem cérebro o corpo para. Sem geladeira, a cozinha não existe.
Não sei se é pior ficar sem meus matinais ou sem ter onde me inspirar e desabafar, sim, porque quantas vezes a gente não abre a geladeira e fica olhando para dentro, pensando no que comer, no meio do dia ou da noite, numa crise de criatividade, ou simplesmente durante o jogo de futebol? Inúmeras!!!! Cérebro que se preze é mentor de inúmeras idéias fantásticas! E a minha geladeira não poderia ser diferente!!! Dali não sai só alimento para o corpo, mas para alma também!!! Quem nunca se encheu de amor ao ver aquele pudinzinho de leite moça perfeito olhando para você? Quem nunca se alegrou ao lembrar daquele doce de festa roubado e esquecido há dois dias lá no frio da porta, escondido no meio dos ovos para ninguém mais ver? Quem nunca ficou feliz ao pegar o último queijinho ou último iogurte antes do outro? Ora, atirem o primeiro brocolis cru quem nunca pensou assim.
Meu cérebro novo chega amanhã, graças a Santa Insinuante e ao São Visa, e com fé em Santa Dalila, a pasta ao camarão e gorgonzola do Dia das Mães sairá!!!!
Cheiros.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Porquinho de Ramos

Eu sei, eu sei, se a Semana Santa se foi há tempos, imagine o Domingo de Ramos. Mas comida para mim é sagrada, e não poderia ter outro título esse texto.
Sexta feira passada, voltamos, eu, DD. Marido e Dalila, inseparável lombriga, ao Casa Lisboa, uma casa portuguesa com certeza, a convite do casal cliente-amigo-paciente, literalmente, Paulo e Graça Paternostro.
Depois de um sem números de marca-desmarca, por conta dessa louca vida, finalmente conseguimos sair com nossos amigos para degustar tcham-nam-nam??? UM PORQUINHO!!! Meu sogro vai me matar quando ler isso e descobrir que fui provar o leitão das gordurinhas de ouro sem levá-lo. Sorry!
Lembram-se da primeira ida à Casa Lisboa? Eu grávida, Dalila e Nando brigando na barriga, e o leitãozinho de encomenda? Pois é, foi esse porquinho que fomos, yummmmmmmmi, degustar.
Se você é vegeteba, está dieta, é do Greenpeace ou coisa que o valha, nem continue a ler. Cenas fortes serão descritas a seguir. Porém se você se acha um Anthony Bourdain dos trópicos, siga-me.
Chegamos à Casa Lisboa – como sempre impecável, do manobrista aos garçons – encontramos com o casal Paternostro e ainda tivemos a agradabilíssima companhia de Genival, primo de Paulo, e Da Ajuda, sua encantadora esposa, que entraram de companheiros de mesa, mas saíram devedores: me devem uma costela no bafo, um cozido e uma fatada! Tadinhos! Que prejuízo!
Lugar excelente, companhia 100%, vamos à COMIDA! Que é o que nos interessa.
Dalila, ficou toda ouriçada com várias inovações no cardápio (vou ter de voltar lá), especialmente com a descrição de um prato de sardinhas portuguesas, assadas com sal e acompanhadas de batatas e azeite, à moda do Douro ou Alentejo, salvo engano. Deu chuveiro na boca!!! E já seduzidas pela descrição da sardinha, começamos os trabalhos pela maravilhosa entrada de sardinha com Parma e molho de tomate no pão. Continua indefectível! O Parma assa, fica crocante por fora, abraça a sardinha num “vem neném” que misturado ao molho de tomate derretendo na boca faz valer cada garfada. Eh, lá em casa! Afe! Delicia!
Paulo pediu um queijinho brie morninho, sabem? Quentinho por fora, molinho por dentro, derretendo na boca, acompanhado de uma espécie de vinagrete caramelizada, que quando você mordia ia misturando o doce com o salgado, quase pornográfico de tão bom! Peçam, meu estômago e minha lombriga recomendam.
Depois das entradinhas, eis que surge no horizonte, a visão do paraíso do colesterol: o porquinho de ramos. Uma tábua de madeira, com leitãozinho deitado em berço esplêndido, ao som do afiar das facas e à luz do vinho profundo, fulguraram batatinhas fritas estilo chips com salada verde a iluminar o Novo Mundo!! Só um hino poderia descrever aquilo!
Vitor, maitre da casa, gentilmente, corta em pedaços estrategicamente divididos, para que cada um de nós prove a gordurinha (falei que não era para ler), a carne (um pouco sem sal, ao ver de todos comensais, é verdade) que simplesmente desmanchava pelo garfo e pela boca, e, claro, a pele do leitão, que não era à pururuca, mas, sabe-se lá Deus como, era crocante e vitrificada, como se tivesse sido caramelizada. I-r-r-e-s-i-s-t-i-v-e-l. Fantástico! Palmas para o Porquinho de Ramos (de alecrim, que davam perfume e aroma ímpar à carne do bichinho). Pensem numa foca com a bola no nariz e batendo palma? Pronto, era eu comendo o leitãozinho. (Sogrão, desculpa, mas não deu pra lhe esperar). Confesso que, como jantar,  há quem possa achar pesado . Como eu estava com meu personal gastro à mesa,  nem me preocupei com os omeprazol de depois...rsss. Comi, repeti e lambi os beiços, como diria minha vó Conceição. Nota 1000 pro porquinho de ramos.
Não me mandem à Roma para não ver o Papa, né gente? Pasteizinhos de Belém de sobremesa, clarooooooooooooo! Acompanhados de uma dose de Peach Tree e um expresso bem tirado, com petit four doce no pratinho. 
Não me perguntem o preço, pois o louco do Paulo não deixou a gente sequer ver a conta!!! 
Se morresse ali, diria: 
- São Pedro, abra as portas, já sei que estou no paraíso, chama o Anthony que tenho uma nova para contar pra ele e põe uma gelada aí, pra gente papear.
Beijocas!

P.S – O porquinho varia de peso, mas serve fácil de 06 a 08 pessoas, tem de ser pedido com antecedência de 48hs, mas vale cada centavo.
P.S 2 - Vítor, minha mãe amou o doce de Figo! Obrigada!

domingo, 11 de abril de 2010

O fim da abstinência ou A Pagadora de Promessa!

Estou de volta. Estava em crise. Dalila e eu tivemos várias DR´s ate eu resolver escrever novamente. Tudo por conta da promessa do chocolate. E para evitar o divórcio com minha lombriga querida, jurei para ela que não farei mais promessas envolvendo deixar de comer o ouro negro.
Cumpri minha promessa inteirinha. 7 longuissimos e infindáveis meses sem por nem Nescau (que cheirava tal qual abstêmica de cocaína) na boca. Dalila quase morreu, mas cumpri, paguei minha dívida com Nossa Senhora. DD. Marido está bem e eu vou contar para vocês como foi o dia do fim da promessa.
Primeiro ano do meu primogênito. Café da manhã: uma caixa de Lindt bolinhas (estrategicamente tirada da geladeira por Guto - ele sabe que as bolinhas só prestam em temperatura ambiente - derretendo e explodindo na boca).
Eu, sinceramente, naquela manhã consegui entender porque tem mulher que diz que troca sexo por chocolate. P-e-r-f-e-i-t-a-m-e-n-t-e compreensível. Minhas papilas gustativas tiveram vários OMS (orgamos, multiplos e sucessivos, na definição de minha amiga Luciana).
Não sei se vocês conhecem as bolinhas da Lindt. São as Lindor, no caso a versão assorted, que são maravilhosas. Chocolate suíço, ao leite, branco ou meio amargo, que ao por na boca, simplesmente explode, delicadamente, liberando uma espécie de ganache (meio mousse, meio calda) e invade os dentes, o cérebro e dá barato legal.
Somadas à caixa do Lindor, meu sogro, que vinha para festa, me deu de presente, um ovo de páscoa, tam-nam-nam? Ferrero Rocher! Só bolinha!!!!!!
Até Nando caiu matando naquela embalagem douradinha, na forminha marrom, crocante, que faz crec-crec-crec na mordida, tem aquela ganache deliciosa de avelã e uma avelãzinha inteira dentro, que vai misturando e envolvendo a boca, os dentes, e afe Maria!
Resultado da orgia chocolatística da manhã: uma senhora enxaqueca, de ver raiozinho e tudo mais! E ainda nem tinha começado o aniversário!!!...rsssss
Que Dilma, que Marina, que Serra que nada, eu voto é em Willy Wonka para presidente!!!
Na minha Top Five do Chocolate, fica um pedido: quem for a Paris ou vir de lá, favor trazer qualquer coisa da La Maison du Chocolat (8, boulevard de la Madeleine, 75009):


OS MELHORES CHOCOLATES DA MINHA VIDA:

1) Godiva, sempre! barra, bombom, não importa. Godiva é Godiva;
2) La Maison du Chocolat - não há trufa igual na face da terra, nem lâminas de chocolate ao leite e amargo. Andando por Paris, vi a lojinha do sightandseeing bus. Numa das idas à Galerias Lafayette, um frio da zorra, barrigona de 7 meses pesando, e eu e DD. Marido fomos andando, andando, andando e lembro, como se fosse hoje, daquele tapete vermelho na porta, das caixinhas de french macaroons, dos bombons mais variados, da vontade de entrar após babar a vitrine, e do cheiro, nossa, me lembro perfeitamente de abrir aquela porta de vidro e ser abduzida por um inebriante cheiro de cacau, de chocolate em barra, nossaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Lembro, das trufas, servidas em bandeija de prata, completamente limpa, que derretiam na boca. E que me fizeram gastar os tubos, porque, obviamente, lembro, muito bem da salgadíssima conta de mais de 40 euros em uma caixinha de 6 macaroons e outra de pouco mais de 10 lâminas finas de amargo e ao leite que levei semanas para comer, e só dei duas a Dr. Sérgio, fiel leitor e aficcionado por chocolate, tal qual eu!
3) Lindt, 70 ou 85% cacau - é que nem expresso puro. Forte, vigoroso e amargo. Ame-o ou Devore-o. Fico com os dois. Fomos à Sydney em 2008, para um casamento indiano - maravilhoso, por sinal - e uma das coisas que descobri no primeiro dia de viagem, no bairro de Darling Harbour, foi uma Lindt Store. A visão do Paraíso era aquilo ali. Torres de Lindor, tortas, bombons de vários recheios. Todo dia queria ir à Darling para comer um chocolatinho diferente;
4) Kopenhaguen - Barra ao leite ou amarga, recheada com ganache; amargo com aroma de laranja, língua de gato - que meu irmão Ricardo fez o favor de me iniciar no vício, eis que sempre que viajava ao Rio ou a SP (há mais de 20 anos atras) trazia uma caixinha...rss. Nhá Benta de maracujá ou morango, e outras cositas mais.
5) Mamuschka/Abuela de Goye (Bariloche) e Ferrero Rocher - AMO chocolate com avelã (das nozes em geral, é quem, junto com as amendoas, fica melhor com chocolate), e Ferrero é delicioso! Sou capaz de comer um atrás do outro até acabar o estoque! E Mamuschka e Abuela são os melhores chocolates de Bariloche, sendo que a Abuela, graças a Deus, está à mão, no Salvador Shopping. Já a Mamuschka, tsc, tsc, tsc.. só digo uma coisa, em cinco dias em Bariloche, fui umas oito ou dez vezes lá.. prove o com frutilla...ai, ai.

Beijos!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Top Five Risoto de Camarão.

Quando olho para qualquer travessa de arroz, Dalila, fiel escudeira e lombriga particular, sempre canta aquela musiquinha do Batman (tamnamnamnamnamnam, batman), porque não tenho qualquer dúvida: ele, o arroz, é o Curinga!!! O arroz é, definitivamente, Matt Damon, em a "Identidade Bourne". Observem:
Com feijão, é básico, prosaico, até meio estilo hi-low, quando a feijoada é de grife. Com moqueca, ele é o matador, formando aquela argamassa deliciosa de encher as panças. No sushi, é japa. Com açúcar, é arroz-doce! O cara é multifacetado, além de ser poliglota, pois é chamado de Gohan, Arborio, Canaroli, Selvagem. Viajadíssimo, com passaporte carimbado do Vietnã à Ilha de Páscoa! Não tem pra ninguém, só dá ele: o arroz, de festa ou do almocinho nosso de cada dia, como aquele temperado com alho, que só a mãe da minha amiga mineira Elky faz.

Para mim, no entanto, o apogeu do arroz é o risoto. É a festa black tie do Oryza (nome oficial da gramínea). No risoto, o arroz é Bond: sedutor, glamuroso, e infiel. Só precisa de umas companhiazinhas de alho, cebola, vinho branco, manteiga e parmesão ou pecorino, e voilá! Eis um risoto matador!

Como sou fã do prato, especialmente a versão dele com meu amado camarão, fiz um Top 5 do queridinho:
1) Com tomate e pecorino, La Lupa;
2) Apimentado, Sergio Arno 33;
3) De frutos do mar, Don Papito (que não é chamado de risoto, mas é tão bom...hummmmm)
4) Com molho de tomate, La Pasta Gialla;
5) Com lula, do Carpaccio Gourmet;

O Apimentado comi semana passada, com DD. Marido, em almoço corrídissimo no 33. Guto, no 33 só come Strazopreti, um macarrão drag queen bombado, sabem? Ele queria ser nhoque, mas deu no que deu. É uma delícia, com molho de tomate e linguiçinha. E eu, fã de risoto, vi o tal Apimentado e não tive dúvidas, pedi. Genteeeeeeeeeeeeeeee! maravilhoso, arrozinho arboreo, al dente, num molhinho de tomates encorpado (daquele mancha camisa, molha pão, que derrete na boca, sabem?), com generosos camarões em tamanho plus size, tudo quente (não me sirvam risoto frio, pelo amor de Julia Child) e apimentado no ponto, nem dragão, nem mocinha. D-e-l-i-c-i-o-s-o. Valeu cad um dos 30 e tantos reais que paguei. Vale a dica.

Beijos e cheiros!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A flor do jardim do Barra

Verde maçã para mim é cor de detergente de pia e bala Lillith, logo, todas as vezes que passei pelo Jardim Gourmet no 1º piso do Shopping Barra não me inspirei a comer nada. Confesso que o layout do lugar é bonitinho, mas, não sei porquê, não despertou em nada meu apetite (dizem que comida está associada ao vermelho e ao amarelo, vai que é verdade? sei lá).
Porém, não seria a imagem do frasco do Ypê Limão na minha frente que impediria o desbravar daquela trincheira de banquinhos brancos rodeada de florzinhas artificiais. Ainda mais depois que eu vi a indicação do lugar no Guia do Ócio (www.guidadocio.com.br).
Como meu  Motocubo, celular novinho, lindinho, que nem acabei de pagar, foi roubado no Ensaio Geral - festa particular, cara, e com PM´s, sim Policia Militar (pública, gratuita e paga por seu imposto), fazendo segurança, frise-se - e eu tinha de ir resgatar meu chip na Oi do Barra, eu, maridão e filhote acabamos almoçando ali em frente, ou seja, no Jardim Gourmet.
Sou apaixonada por ilhas de comidas pelos shoppings, são mais bacanas, tranquilas e longe do fedor de fritura, como bem disse o Guia do Ocio. E acabei me apaixonando pelo Jardim Gourmet.
Os banquinhos de madeira branca são confortáveis, o atendimento é rápido, eficaz e não inclui os 10% na conta (tem de pagar por fora mesmo, nem no cartão põe). E a comida... ahhhh a comida! Para os naturebas, lights e eternos vigilantes da balança como eu, melhor lugar não há. O cardápio é mais para o light do que para o engordation, porém não tem nada de insosso. Ao contrário, é delicioso.
Guto pediu uma lasanha de vegetais e eu um ravioli de camarão com molho de shitake e shimeji. Olha, a lasanha do DD. Marido estava divina (Nando comeu várias colheradas, inclusive). Massa branca, porém leve, muzzarela no ponto, molho branco também levíssimo, e um recheio de vários verdinhos ralados e delicadamente refogados (provavelmente em um pouco de manteiga e azeite de oliva). M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! E olhe que eu não tenho sangue marciano, como vocês sabem, não sou chegada em verdinhos. Dou a mão, o braço e o bumbum à palmatória!! Os vegetais derretiam na boca, misturados com o molinho, o queijo e a massa.... hummmmmmmm. Ah! a porção não é minúscula não, viu? Serve bem e mata a fome!
Meu ravioli, nem se fala. Massa da casa, fina, leve, recheada com camarõeszinhos macios, e o molho (pouco encorpado, é verdade) com shitake e shimeji (para os de dieta, esses dois cogumelos não tem caloria alguma, minha nutricionista libera um prato imenso deles) bem refogadinhos e igualmente derretendo na boca.
Melhor de tudo: a conta!! A lasanha custa R$14,90!!! super em conta! E o ravioli não chega a R$ 20 se não me falhe a memória. Pena que Nando tava com sono! As opções de sobremesa estavam tentadoras.. vou ter de voltar lá...rsss
bjos a todos! bom carnaval!!!!!!!!!!!!!

Risoto besa me mucho

Any given sunday desses, eu e DD. Marido fomos pegar um cineminha e almoçar - contando com as bençãos da vovó Luiza, que ficou com Nandão - o que, nessa cidade ovinho de codorna, só tem um lugar para conciliar os dois: o bendito Salvador Shopping, que às vezes acho é igual ao chapéu de Erik, da Caverna do Dragão: Deus sabe o que sairá daquela cartola.
No espírito comelístico-aventureiro de sempre, fomos andando pelos restaurantes, andando, até que o Carpaccio Gourmet psicou para mim. Eu juro.
Demos uma olhadinha no menu - desses tipo celular pré pago, sabem: carne + batata noisete + risoto + molho, sabem?? Império dos Carboidratos, sim porque desafio quem, com fome, equilibre aquelas delícias com folhinhas e verdinhos.. du-vi-do.
Enfim, estava em meus dias de Pedrita, ou seja, doida para lascar uma carninha na boca, sem maiores preocupações. E assim pedi um medalhão de filé, com molho poivre, batatinhas noisete (oh fritura gostosa aquela) e sei lá mais o quê. E DD. Marido pediu picanha e afins. Tudo certo, Dalila apreciando os pratos alheios, e lá vou eu sentar e garantir uma mesinha.
Aí, um grupo de arroz arbório do prato ao lado começou a cantar: besa me, besa me mucho.. como se fuera esta noche la ultima vez... eu olhei pro risoto da vizinha, ele olhou para mim, e foi amor a primeira cheirada.
Então, comecei a acenar para o maridão que tinha acabado de pagar o pedido e depois de muita mímica, ele pediu ao pessoal do restaurante para trocar a carninha para um risoto de camarão e lula, claro!
Oh, gente, gratíssima surpresaaaaaaaaaa! Para um fast food, o risoto estava delicioso! Molhadinho, com camarões médios e anéis de lula (ambos macios e nada chiclete), num molho de tomates categoria Dreher (descendo macio e reanimando!). Ah, claro que provei a picanha que Guto pediu, né gente? precisa perguntar se macaco quer banana?? Olha, super macia, temperada, gostosinha mesmo.
Pontos para o Carpaccio Gourmet, primeiro porque o pessoal não poupou esforço para trocar o prato, mesmo depois de pago (inclusive Guto me disse depois que a gerente ainda falou pra caixa que depois veria como fazer com o cumpom fiscal, mas que trocasse sim, bom né???).
Fui ver o filminho cantando besa me besa mucho...rssss
bjos

Dalila informa

Gente,
Ao contrário do que fui informada, não tem duas lojas da Amor aos Pedaços na Soteropolis!! A da Vila Laura é "genérica" da marca que, oficialmente, abre a primeira loja no Salvador Shopping por esses dias.
Fonte segura me disse que rola maior briga judicial por conta do "enrolation" aos baianos...rssss
Bjão

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A comida mara do Da Mara

Qual a melhor coisa de viajar? Conhecer coisas novas e, claro, comidas novas! E não é só Paris que tem seus encantos, tá? Eu e Dalila cavucamos coisas mil em any road trip. Por exemplo, em Feira de Santana, somos fãs do pão de alho de uma deli no final da Avenida Getulio Vargas, de comer dirigindo, sim, porque não esperamos a BR324 acabar para devorá-los.
Quando minha m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a cliente Maria de las Mercedes, espanhola de fé, raiz e fogo nas ventas - que me prometeu o melhor callos fora da Espanha - disse me que teríamos uma audiência em Valença, numa sexta-feira, só pensei em uma coisa: frutos do mar, aí vou eu!
Me lembro que meu cumpadre Lucas me ligou um dia pra pedir indicação de um restaurante em Valença, e eu não conhecendo, liguei para meu irmão caxeiro viajante, Carlindo, e ele, na tampa:  "Da Mara, sem erro, comida beleza, Fabi". Passei a indicação para Lucas e ali começaram as sessões de torturas, porque o danado - inda a Valença várias vezes - só me ligava para dizer "tô comendo moqueca de polvo"; "tô comendo mariscada" e sempre falando que o Da Mara era realmente mara... maravilhoso.
Eu, Mercedes e Zé, nosso motorista, chegamos as 15hs no lugar - simplérrimo - tremendo de fome, depois de nossa audiência.
Bom, vamos ao que interessa: o rango!!
1) Entradas
Casquinha de siri, beleza, todo mundo conhece. Casquinha de caranguejo, em Salvador, é igual a cabeça de bacalhau, todo mundo sabe que existe, mas ninguém nunca viu. E Casquinha de Polvo???? Gente!!! Pedimos uma de caraguejo e outra de polvo. A do crustáceo, quando eu comi, parecia que cantava para Dalila: "Chegou, chegou, tá na hora da alegria!"... era o Bozo em pessoa!!! Uma festa!! O que era aquilo??? Pedaços de carne de caranguejo, grelhados, com gostinho de grelha, sabem?? misturados em pedaços de tomate, cebola, temperos verdes, refogados juntos, no ponto! Com uma farofa r-e-c-h-e-a-d-a de cebolas douradas picadas por Jack, o estripador, e com um molho lambão daqueles!! Ai, a boca encheu d´água de novo.
E a de polvo?? PQP Futebol Clube!!!! o polvinho lindo, rosado, parecia saído de um SPA de amaciante de tão molinho que tava, nem um pouco chiclete, num refogadinho quentinho de temperos picados, cacetada! Delicioso. Nota 10, com estrelinha dourada!
2) Prato Principal
Lucas tinha falado tanto, de tantas moquecas, que acabamos pedindo Mariscada, na vã esperança de provar de tudo um pouco. Dalila, a esta altura, já estava imitando Mariene de Castro, cantando pros bichinhos "Diga a mãe que eu cheguei...". Uma senhora mariscada, que serve quatro pessoas tranquilamente, com peixe, ostra, sururu, siri catado, camarão, polvo, enfim, do mar só não tinha ouriço, petróleo e pedra, porque o resto tinha, e tava delicioso. E a alegria da pobre lombriga só aumentava! As guarniçoes de lá são de comer rezando pra não acabar: banana da terra cozida com temperos de moqueca e dendê -  diferente e genial - um pirão traveco, que é pirão no nome, mas vatapá no sabor e a tal da farofinha de cebolas Jackianamente douradas e crocantinhas, naquela farinha da região de Nazaré, fininhaaaaaaaaaa. Nota 10 com louvor!
Afe, comi de lamber os beiços, guardar na quentinha e querer uma rede depois!!! E Mara, do alto da sua simpatia, só pedia desculpa por não ter sobremesa e pela reforma em um dos banheiros, oh, Mara, esquece... tomamos um cafézinho e seguimos viagem, eu e Mercedes, a esta altura, já pensávamos que mais uma audiência no processo, marcada para março, terá lá suas compensações. Dalila me fez prometer pedir a moqueca de pitú na próxima. E pensar que tem gente que não gosta do caminho da roça...
Em Valença, indo pra Morro, de passagem para Camamu, Itacaré, Ilheus, enfim, no baixo Sul, pare e coma no Restaurante Da Mara... vale cada centavo dos R$ 77 (para três) pagos.
Cheiro de dendê para todos...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dalila Bourdain em mais uma aventura.

Eu e Dalila somos fãs de Anthony Bourdain, aquele chefe-apresentador do Discovery Travel & Living. O cara adora fritura - especialmente coisas derivadas de porquinhos - cerveja (alcool de maneira em geral, mas especialmente as loiras), e comidas do tipo "entope veias". E o melhor de tudo, é m-a-g-e-r-r-í-m-o!!! Vai entender o mundo.
Enfim, Dalila por achar que descende diretamente do Bourdain, não pode ouvir falar em aventura, novidade e comida (não necessariamente nessa ordem) que já se ouriça e me obriga a levá-la para comer.
Assim, quando Lize, minha sobrinha mini me, falou que ia sair para comer um "Cremosinho", colocou Dalila em estado de alerta para saber do que se tratava tal especialidade.
Se como eu você achou que Cremosinho seria alguma versão hypada de mingau de aveia, ou um Açaí turbinado, tsc, tsc, tsc... se enganou, meu caro Watson. O dito prato é um dos carros chefes do Boteco da Graça, um barzinho, como diriam minhas amigas mineiras, "copo sujo", ali na subida da Faculdade de Direito da UFBA, na Graça.
Na última sexta-feira, fomos eu, DD. Marido, e os companheiros de PVEE (Partido da Viagem Econômica Européia, para aqueles que moram em marte ou novos leitores do Dicas): Fau e Marquinhoas; Déia e Fonsão. Sob a nobre desculpa de ajudarmos a companheira Andreia a relaxar para a prova da OAB, bebemos estupendas Devassas e Nobel geladas e conhecemos o dito boteco.
O lugar é de uma simplicidade tibetana, na verdade é uma sombra de árvore, do outro lado da rua, à beira de um barranco (aliás, sugiro sentar mais perto da rua, para os que costumam "carcar o dente", pois fica mais fácil estender a mão e chamar o taxi, e corre-se menos risco de, literalmente, descambar morro abaixo), sem qualquer confortozinho, a começar pelas famigeradas cadeirinhas de madeira de abrir e fechar... não duvide, sua bunda sairá de lá cantando: "vesti uma camisa listrada e saí por aí".
Bom, como tudo vale a pena, quando o estômago não é pequeno. Aguente firme na cadeirinha e peça o tal do Cremosinho. Gente, há muito, muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante, não comia um petisco de boteco tão gostoso! Trata-se de uma fusão do escondidinho com arrumadinho, ou seja, pedaçaos acebolados de fumeiro e carne do sol (pedimos a versão mista), com um vinagrete de tomate, cobertos por um purê de aimpim com requeijão cremoso, bem molinho - eis o porquê do nome - em uma travessa de fazer a inveja da mesa do lado. Como petisco, comem de 4 a 6 pessoas. Como prato, de 2 a 3. Delicioso. Adoramos!
Dalila, não satisfeita em provar a novidade, ficou doida quando leu "sarapatel" no menu. É claro que pedimos!! Eu e Flávia, que vinhamos da mini porção do Dona Mariquita, achamos o apoio de Andréia, e caímos, com pimenta e farinha, matando no bendito sarapa - que no Boteco ainda se apresenta nas versões carneiro e avestruz (não pedimos esse para não começar o ano enterrando a cabeça por aí, pé de pato, mangalô três vezes!). Muito bommmmmmmmmm.
Não satisfeitos em garantir as Sinvastatinas dos próximos anos - para limar o colesterol ali ingerido -  Fau, grávidissima de Maria Eduarda, sentiu o cheiro de batatas fritas e lá fomos nós provar as do local, que foram aprovadas, pois clássico que é clássico vem quente, crocante por fora e molinha por dentro, e Dudinha não nasceria com cara de fritas por nossa causa, oras!.
O preço foi o melhor de tudo! Com bebidas (8 refris, 5 Devassas e umas 3 ou 4 Nobel) pagamos R$ 33,00 o casal!! Viva a economia! Nota 10,00 pra comida e localização (do lado de casa, pô!), 8 pro serviço (casa cheia, demorou um pouco, apesar da simpatia dos garçons); e 5 para as cadeirinhas cdf.
Dalila Bourdain saiu rindo de alegria que nem seu ascedente quando come uma carninha de porco....

E viva o Outback.

Toda vez que eu ia ao Outback olhava a foto dos hambugers no cardápio e queria pedir, mas a costelinha e os filés sempre ganhavam no jogo do quem enche mais minhas papilas gustativas de baba.
Porém, no domingão estava com vontade de comer sanduba, mas não qualquer sanduba, queria um de respeito, que desse moral, e não tivesse sabor de isopor temperado. Então, lá fomos ao Outback ver qual era de mesmo dos pães sarados de lá.
Para quem conhece o Joe & Leo´s do Rio, o estilo é aquele: uma ilha sandubão gigante, cercado de fritas por todos os lados. Um dia aquilo sonhou em ser lanche, mas cresceu demais e virou refeição. É enorme! Eu não aguentei comer tudo. E é, sim, delicioso, primeiro porque não é carne de hamburguer uniformizada, é temperada e varia de um tipo pro outro; segundo porque os molhos e ingredientes também variam, e dão um toque especial. Eu pedi o Flame burguer e DD. Marido pediu o The Outbacker. Completamente diferente o sabor. O meu, mais para carne de churrasco, com molhinho BBQ apimentado e cebolas; o de Gutão mais para cheeseburguer mesmo, mais tradicional, meio caseiro. Muito bons!! Para quem não admite pagar mais de 10 pila num pedaço de pão, caia fora. Cada um custa R$ 23 e fração. O lado econômico da coisa, foram os pedidos kids de D. Luiza e João Pedro, que comeram Chicken Fngers ao custo de R$ 15,00 cada, valendo cada centavo (pedaços deliciosos de peito de frango, Bourdaniamente empanados e crocantes, com molho de mostarda e mel, o de JP com fritas e o de Mammys com Golden Homemade Potatoes, para mim, a melhor batata da casa). JP ainda provou um milk shake de chocolate que estava lindo aos meus olhos, delicioso no desejo de Dalila, açucarado para minha mãe, e proibidos a minha promessa... é a vida, que se há de fazer? voltar lá quando pagar a promessa...risos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Soterogourmetizando por aí...

Dalila está de mal comigo. Desde que fiz a promessa de só voltar a comer chocolate no aniversário de Nando (coisa de sete meses sem o petróleo do cacau), a lombriga está revoltada! Disse-me que não tem nada a ver com isso, que a caixa de Lindt na geladeira está sacaneando ela, enfim, está me azucrinando. Para piorar a situação, ela ouviu a minha conversa com Dr. Sérgio - fiel leitor, colega de trabalho e eventual fornecedor de alfajores - sobre a abertura de uma Abuela Goye no Salvador Shopping. A casa caiu.
Primeiro, porque, de fato, abriu uma filial da Abuela sim, ou seja, aqueles maravilhosos chocolates, geléias (experimente a de frutas silvestres) e alfajores de Bariloche vieram tentar nossos paladares, olfatos, bolsos e dietas... ai ai. Ao entrar na loja, quase tenho um piripaque.. se fossem os da Mamuschka acho que tinha saido correndo gritando por socorro. Quem nunca teve a oportunidade de conhecer Bariloche, vá. Seja pela neve, pela beleza do Nahuel Huapi, pela arquitetura, seja pelo chocolate. Quem já conhece, vá ao Salvador,  compe umas caixinhas e coma por nós!!!!
Se fossem só os Chocolates da Abuela, beleza, mas hoje a lombriga descobriu que no primeiro andar do dito shopping abrirá a segunda filial da Amor aos Pedaços aqui (a primeira fica na Vila Laura e pouquissima gente sabe que existe). Golpe de misericórdia! A bicha endoidou e passou o dia a me pedir doceeeeeeeeeeeeeeeee, na verdade a me pedir chocolate da Abuela e o Pavê de Nozes da Amor aos Pedaços. Oh lombriga difícil, tcham!
Para amenizar a situação da bichinha, passei no McDonalds e comprei o novo sundae de banana camarelada. Afeeeeee, uma delícia. Comprei esperando uma montanha de açúcar e aquele gosto de banana industrializada, mas, gratissima surpresa, a combinação sorvete de baunilha, amendoim e calda de banana ficou sensacional para algo que custa R$ 3,00 e se compra no carro. Muito bom mesmo!
Dalila fez bico, mas desamuou o cara.. vai entender o que se passa na cabeça dessa lombriga...

Desagravo de um bolo ciumento.

Após a minha expressa declaração de amor ao pão, o bolo ficou revoltado! Achou injusto que ele, irmão do pão - ambos são filhos da Dona Farinha de Trigo - não tivesse o mesmo tratamento. Ele sempre foi ciumento. Em verdade, o bolo tem problemas de auto afirmação, especialmente quando põem sua masculinidade em questão. Quando é de chocolate, aimpim e milho, não tem dúvida, é cabra macho sim senhor. O problema começa quando dizem que ele é de baunilha, morango, maracujá, e banana.. tudo fruta. Aí o bicho pega. Para complicar, ele se ofende quando colocam qualquer recheiozinho, qualquer coberturinha, e chamam de torta! Mate o homem, mas não troque o nome! E ainda por cima torta, como se ele, bolo, fosse errado, defeituoso, e não é! Todos sabemos que ele, o bolo, é masculino. O problema de auto afirmação só passa quando vira o centro das atenções, ou seja, quando chamado em casamentos, aniversários, bodas, enfim, aí ele rouba a cena, porque todo mundo quer vê-lo, quer conhecê-lo, até foto querem tirar... é uma alma dificil, eu sei, mas sou fã do cara. Não saio de festa sem comê-lo.
O pior de tudo é que esse escarceu todo não tem razão de ser, porque o bolo sabe que passei toda a gravidez de Luís Fernando ao lado dele! Sempre! Ele e café, ele e café, não tinha para ninguém, eu, ele e café sempre saíamos juntos. Dona Luiza, tadinha, minha mãe, sofreu fazendo assadeiras e mais assadeiras do seu famoso bolo de goiabada com ameixa, só para eu tomar no famigerado café das 17h! Até apresentá-lo ao pessoal do escritório apresentei, levando um Tupperware cheio de fatias do famoso bolo de minha mãe.
Bolo, cara, te adoro também! Não seja assim tão ciumento, meu rei! A vida passa, o café passa, e o que sobra? migalhas, bolo.. não façamos do nosso relacionamento meras migalhas, mas sim fatias inteiras de felicidade! Gosto muitíssimo de ti, viu? não esqueça não. Deus é testemunha que às 17h só penso em você, seja na versão goiabada com ameixa de D. Luiza (receita abaixo, em sua homenagem!); seja o de laranja, da doceria Dona Xícara, na Afonso Celso; seja um pedaço do molhadinho de banana, do crocante tapioca ou molinho de aimpim, todos da DeliCia, na Graça. Fique assim não, Fabi e Dalila te amam.

BOLO DE GOIABADA COM AMEIXA DE DONA LUIZA

Ingredientes:

4 ovos
1 e 1/2 xícara de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo com fermento
2 colheres (sopa) de manteiga
1 garrafa de leite de coco pequena ou 1 copo de leite
200g de ameixa seca e
200g de goiabada

Modo de fazer
Derreta a goiaba com meia xícara agua até a consistência de geléia, podendo ficar alguns pedacinhos inteiros. Reserve. Pegue a ameixa seca, sem caroço, e leve ao fogo com 1 xícara de água, deixando ferver para ficar no ponto de geléia. Reserve também, deixando ambos esfriarem.
Separe as gemas das claras. Bata as claras em ponto de neve e separe. Depois, bata as gemas com açúcar misturando bem. Junte a manteiga até obter um creme amarelo claro. Acrescente a farinha de trigo, o leite e por último as claras batidas em neve, misturando delicadamente. Incoporada as claras, é hora de misturar as geléias. Despeje a mistura em uma forma untada e polvilhada. Asse por uns 40 minutos em forno médio, pré aquecido, ou até que, espetando um palito, esse saia limpo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O pão meu de cada dia.

Não sei viver sem pão. Ponto final, fim da estória, the end, finito!
Descubri isso aos quatro anos de idade, quando meu pai - seu Costa também era viciado num pãozinho - dava a minha mãe, toda a tarde, um dinheirinho para comprar meu lanche. E lá íamos, D. Luiza e eu, à Portinha, onde, sentada no balcão, comia um pão delícia e um suquinho de maracujá (que ainda é meu suco favorito). Aliás, pão delícia, depois do acarajé, é a segunda maravilha baiana. E não tem jeito, ali começou o amor pelos pães.
Nem pense em me dizer que bolacha água e sal ou cream cracker dá no mesmo, é uma heresia! (além de um engodo calórico, eis que quatro magrelas e um cacetinho são as mesmissimas gramas na balança). Abro mão de tudo numa dieta, menos pão. Um integralzinho que seja tem de existir.
Oh gente, cá pra nós, tem coisa melhor que pãozinho francês, nosso cacetinho, quente com manteiga (sim, manteiga, Aviação, Presidént, Regina.. da boa! nem me fale em margarina) derretendo?
Já sei, já sei, tá de dieta?? Certo, certo, um integralzinho esquentado na torradeira com geléia diet.. ohhhhhhhhhhh delicia!
O pão, enfim, é o Antonio Bandeiras da mesa.. o George Clooney do café da manhã. Ele sempre vai lhe sorrir de canto de boca, lançar aquele olhar meio de lado, já saindo, indo embora, louco por você, e dizer: te quiero! Na verdade é o contrário, você é quem vai entender "me coma", mas é tudo sedução mesmo.
Viciada em pães, nas dietas, passava a ver o cacetinho quase como um drug dealer, meio sorumbático, como diria minha amiga Lú, e o olhar 43 tava mais para o de vendedor de cocaína falando: "quer curtir um barato não? Francês do bom, 50g, tou quentinho, e com manteiga, baby, você vai ao céu.."
Pior que a família toda do dito cujo é assim, sedutora, porque amido é uma miséria! Começa a dar barato já na boca! Então croissant, delícia, mineiro, brioche, de forma, fatia ou leite, de milho é tudo do mesmo saco da farinha de trigo!!
Depois de Paris, desisti de procurar croissants decentes na soterpólis, porque só tem dois que se salvam: por incrível que pareça o do McDonalds, no McCafé; e o do Fran´s.. e mesmo assim com ressalvas. Já os cacetinhos, na guerra do meu bairro (Perini x Deli&Cia), fico com a segunda, porém a megastore espanhola ganha no fatia e na ciabata. Os da categoria delícia são melhores na Pãozinho do Céu, especialmente o recheado com peito de perú (que a Belle´s também serve divinamente). Brioches, brioches mesmo, esqueça! Para enganar, DeliCia de novo. Forma: Wickbold e mineiro: só os da minha sogrona, que, snif, snif, eu tenho que racionar as porções do estoque do freezer.
Ai, ai, pão é pão, o resto é bolachinha...Pão, adoro você!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sohozade e as mil e uma noites

Ok, Ok. Sou suspeita, suspeitissima, para falar do Soho, por conta da assessoria jurídica prestada, mas não resito. O Japa da Bahia Marina é meio Sherazade para mim, sabem? A cada novo almoço, jantar ou happy hour ele me conta uma história nova e eu sempre volto... bom, é melhor voltar que me matar, como fazia o rei biruta que a princesa levou no bico durante 1001 noites.
Era uma vez um dia 29/12.... eu e DD. Marido fomos comemorar os três anos de casamento onde, onde, onde? no sushi das árabias. E não é que ainda consigo me surpreender?! Dalila quando fala em Soho se veste até de gueixa só para comer um sashimizinho de agulhão, mas desta vez ela estava de odalisca, para ver o que o Sohozade iria nos dar. Assim, ao passar pela entrada, esfregamos a lâmpada mágica e pedimos para que o gênio Bartô mandasse algo divino para nossas papilinhas gustativas que, a esta altura, já o chamavam de habib...
Para lá das roskas de lichia e jabuticaba, depois de uns hot rolls, pikachus e soho makis, já na Bagdá do verso do cardápio, encontramos um filé thai que pqp....afeeeeeeee maria!
Se você não tem vocação para dragão, nem vá, mas se adora um ardozinho, se jogue! Pedaços de filé, com pimentão, tomatinhos cereja e abobrinhas, em um molho pega pra capar com leite de coco e pimenta de comer assoprando, quer dizer, rezando. Delicioso.
Os críticos mais severos sempre dizem que os japas no país são inventivos demais, misturam comidas asiáticas com brasileira, mas eu, confesso, só quero bom lugar, boa comida, e boa bebida.. e isso sobra no Soho... e não vejo problema em dar uma maçaricada num salmãozinho para aqueles que enguiam só de por o peixinho cru na boca. Nas 1001 noites Sherazade enrola o rei da Pérsia por tanto tempo para ao final lhe pedir que seja poupada, ou seja, liberdade conquistada pela criatividade.. Então, galera, deixem os japas brazucas criarem, então!
Não comi sobremesa, porque não cabia mais nem uma gota de sakê no estômago, quiçá de açúcar, mas recomendo a torta crocante, a búlgara (melhor de Salvador) ou mix de sobremesas Soho, para aqueles, que, como eu, têm vontade de descer todo o cardápio...
beijocas! Respondam a enquete!

Dicas AB - Antes do Blog

Meus caros,

As dicas abaixo foram AB, ou seja, antes do blog. Logo, algum lugar pode ter mudado, fechado, virado locadora, abduzido, enfim, relevem, OK?

Beijos,

Fabi

16/11/2009 - La Pasta Gialla

Oi Pessoal,

O Dicas hoje está bem Fabio Jr.: "senta aqui, não tenha tanta pressa, senta aqui..." Muitaaaaaaaa coisa para conversarmos. O e-mail é grande, divirtam-se!


LA PASTA GIALLA

Na última sexta-feira fomos, eu, Dalila, DD. Marido, sócios fundadores do PVEE (Partido da Viagem Economica Europeia), os companheiros Nívea, Joaquim, Afonso, Andreia, Flávia e Marquinhos, e, os candidatos à sócios: Priscila, Claudo, Cheila e Erik ao La Pasta Gialla, casa de Sergio Arno, que eu gastropaladarmente queria conhecer.

Mesa grande, conversa animada, votação do local para a próxima viagem (restaurante italiano, a Azzurra venceu, obviamente, batendo os outros destinos: EUA e Caribe), enfim, comer, beber, rir e jogar conversa fora, para completar a lista das melhores coisas da vida só cama.. no bom e no mau sentido...rsssssss.

Bom, vamos ao que interessa:

1) AMBIENTE - eu amei, primeiro porque sentei de frente para sobremesas!!! Quer coisa melhor que comer paquerando um chocolate, uma tortinha? Não tem! O lugar tem um salão interno, climatizado (não sentem embaixo do ar, é muito frio para quem fica na ponta), e uma varandinha charmosa. É bonito, tem uma coleção linda de garrafas de coca-cola, porém, as cadeiras não colaboram, fazem você ficar a noite inteira alternando a banda da bunda para não cansar.
NOTA - 7 (pelas cadeiras Kuduru e pelo ar condicionado)

2) SERVIÇO - Até a conta chegar, muito bom. Mesa grande, muitos pedidos, mas a atenção com os vinhos e a entrega dos pratos certinhos a cada um dos doze comensais valiam um 10! Porém, na hora do pagamento, o garçom ou o maitre coagiu DD. Marido a pagar os 10% integralmente, coisa que Guto até iria fazer, mas pela forma como foi tratado, acabou não fazendo e pagando só 5%.
NOTA - 6 pelo constrangimento.

3) COMIDA
Ai ai, por onde começo? Ser ou não ser eis a questão! Restaurantes italianos são filosofais! Seria o tomate o centro do mundo? A bruschetta sofre influência Darwiniana? Massa fresca ou seca? molho branco ou pomodoro? Carne ou pasta? É tudo tão dificil! Mas Fabi explica:
a) COUVERT - Obama ganhou o Nobel da paz, mas o meu voto era do pão com manteiga ou azeite, sim porque não existe coisa que apazigue mais uma fome pré cardapio que um bom, macio, quentinho e caseiro pão, melado com manteiga (de alho e ervas) ou azeite. Não existe! Faz judeus e palestinos serem amigos de infância. E um bom couvert é como um texto de Nostradamus, uma bola de cristal, nela Madame Dalila vê passado (fome), presente (couvert) e futuro(refeição) com uma precisão de acerto fenomenal. Aquela cestinha mágica de carboidratos veio com grissinis (eu amo aqueles palitos!!!) apimentados, crocantes, que faziam gangorra do paté para minha boca... da manteiga para minha boca.. delicioso! Além disso, ainda tinham pão de calabresa, torrada de alho e uma (acho eu) focaccia de tomate, com direito a vinagretinho de polvo, manteiguinha temperada, patezinho e azeitoninhas pretas. Como pode o ser vivo não comer pão? Não pode! Deveria ser garantia constitucional!
Comi tanto couvert que quase esqueci das bruschetas....
b) ENTRADAS - as bruschetinhas (não confundam Nabucodonosor com na bunda do senhor, hein?) são um dos carros chefes da casa, e meu cumpadre Afonso, lembrou-me do meu propósito ali, e lá fui eu, dando a volta na mesa, provar a bruscheta mista (tradicional, siri e carne seca). De comer rezando... A tradicional estava impecavelmente perfeita, pão bem torradinho, azeite e tomates molhados e não acidos, e queijoooo, queijooo derretendo. A de siri não me fez muita graça, parecia que Bob Esponja estava fazendo ponta no filme do He-Man, sabem? Nada a ver com o propósito italiano da coisa, é boa, mas estava deslocada no contexto tutto buona gente do pão. E a de carne seca foi uma gratissima surpresa. A carne, apesar de um tanto salgada, deitou em berço esplêndido no pão italiano, Dalila gostou bastante. Nota 9, pela intromissão do Bob Esponja na minha Tarantela.
c)PRATO PRINCIPAL - primeiramente Dalila e eu gostariamos de agradecer aos comensais que se fizeram presente, pelas inúmeras e variadas garfadas em seus pratos, pois a promiscuidade garfal admitida por vocês nos fizeram um bem danado. E é isso que importa: manter a cabeça aberta, a boca aberta, o estômago aberto a novas experiências, inclusive a de admitir que eu roube um naco do seu prato.
Bom, massa fresca é massa fresca, e Jaime Oliver já me convenceu disso toda vez que sova um raviolizinho como faz um sanduíche de sobronté-de-onté, o que, não é vero. Dá trabalho, se errar o ponto, lascou, já era a massa. Tem ciência e eu prestigio ela quando vejo no cardápio. Assim, pedi um ravioli de salmão com mascarpone (sou tarada por esse queijo, ele é Brad Pitt dos queijos, quando vejo no cardápio fico igual a groupie: Brad, Brad.. digo, Mascar, Pone, Mascar, Pone) e molho pomodoro ao basílico. Genteeeeee, divino. A massa derretia na boca, o salmãozinho desfiado ia se misturando com o mascarpone e passeava tranquilamente com Dalila, enquanto eu comia. E o molho? Nossa, o tomate foi Jackianamente estripado, cortado em pedaços minusculos, quase amassados, bemmmm vermelhos, sem acidez nenhuma e aquele toque do manjericão (basílico) que só dá o ar da graça e é um dos poucos verdinhos que amo, do alto da minha dieta loucabiótica.
Bom, como fomos de prato em prato, tenho de pontuar as delicias que provei: 1) cabrito assado por 6 horas ao molho de vinho (derramava na boca); 2) ravioli com polpetini do DD. Marido (macio e saboroso); 3) risoto de camarão, literalmente indefectível; 3) Cordeiro, muito bem feito, macio e temperado; 4) filé ao gorgozola, molinho que chegava a rasgar. Em suma, de tudo que comi, nada me desagradou, mas meu prato estava muitooooooo bom.
d) SOBREMESA - essa promessa de não comer chocolate está me matando! e não me digam que existem sobremesas sem chocolate, porque eu sei que existem, mas não se comparam ao ouro negro. Não me venham com tortas de limão, primeiro porquer quem é o limão? Limão é um invejoso, um sem graça, que por não ser doce como a laranja, nem exótico como o maracujá, se entregou às bebidas, mergulhando fundo nos drinks e cocas-cola, e fica amargo quando não é logo consumido. É a cara dele: ácido! Nem com muito açúcar deixa de ser azedo, coalha até leite. Enfim, torta de limão não é brownie, não é petit gateou. E onde eu estava com a cabeça? Pedi torta de coco? Deve ter sido influência do Bob Esponja invasor da bruschetta, óbvio que não ia dar certo, não tinha esquindin de iôiô de cocada alguma que saciasse a minha vontade de dar uma garfadinha no brownie de Flávia.. ai meu Deus, que vida dura essa a minha. Sou obrigada a reconhecer que o petit gateou de doce de leite que Nive e Juca pediram estava muito bem feito e no ponto, mas minha torta de coco, apesar de estar bem feita e gostosa para qualquer paladar normal, para a minha abstinência de chocolate não dava nem pro gasto.. é a vida, que se há de fazer? comer uma caixa de Lindt ou Godiva quando pagar a promessa...rs.
NOTA 9,5 - para a comida. 0,5 pelo siri na bruscheta...

3) PREÇO - antes que eu esqueça e Flávia me cobre, com duas garrafas de vinho chilenos e demais bebidas, deu R$ 70 por cabeça. Vale a pena, eu recomendo.

bjos,
Fabi

PS - Domingo fomos ao Acqua, na Bahia Marina, mas acho que todos conhecem. O wrap de camarão e o crepe de abacaxi com peito de perú estavam deliciosos.. adoro a vista e o lugar.
PS2 - Não tive tempo de escrever sobre o Dona Mariquita. Gostei muito da feijoada de frutos do mar e do mariene no coco. O sarapatel não sei o gosto, mas achei muito pequeno (tanto que não tive coragem de beliscar), a frigideira de siri também estava deliciosa, e a sobremesa de banana com queijo maravilhosa. Vale a pena conhecer.

19/11/2009 - Taboada

Oi Pessoal!!!!

Estou tão eufórica pelo final de semana gastronomico-comemorativo-engordation-plus-blaster-tabajara, que nem sei por onde começo!
Não, eu não voltei a comer chocolate... snif.. snif.. mas a vida tem lá suas compensações.

A primeira delas, nada como ter uma sobrinha influente-importante-cheia de cortesias!!! Final de semana em um resort (digo o milagre, mas não posso dar o nome do santo), daqueles all inclusive. Diga-se que esses lugares deveriam ser chamados de SPA de engorda, ou ter incluído um vasto suprimento de digestivos do tipo engov, sal de Andrews e magnésia bisurada, porque vá comer e beber lá na casa do 0800! Minha cabeça (e bolso) de pobre não consegue entender como rico pode ter depressão. Quero ficar rica só para ver se descubro.. enfim, comemos de lavar a jega, como se diz aqui na terrinha.

Mas vamos ao que interessa. Fomos no TABOADA!! O bistrô francês que falei no último e-mail-texto-crônica-sei-lá-o-quê.  Eu, DD. Marido, Dalila e um grande casal de amigos (que nos fez a imensa e grata surpresa de nos convidar para padrinhos de casamento deles - Dalila vai de Dama de Estômago, claro), David e Angela.

Eu dei três opções ao meu amigo australiano, e ele escolheu o bistrozinho, iupieeeeeeeeeeeeeeee, sorte a nossa, porque queria muito conhecer os toldozinhos vermelhos. Vamos aos comentários:

1) Ambiente:
Aconcheganterrimo, com luz indireta, velas, cadeiras confortáveis, toalhas brancas (adoro!), reproduções (ou verdadeiras, não sei) das obras de Carybé, fotos antigas do Rio Vermelho, enfim, tão romântico que até Dalila suspirava. A casa é a antiga residência dos Taboada, é do inicio do século XIX, com piso em madeira, bem em frente à piscina da academia Villa Forma (tão me dando motivo pra voltar a malhar ali!). Nota 10

2) Serviço:
Muito bom!! Especialmente o de manobrista, pois depois de pagar a conta, o carro já nos esperava! Garçons atenciosos e, como sempre, o olho do dono, que estava fiscalizando tudoooooooo. Nota 9,8 (um dos garçons trocou meu prato com o de Guto na hora de servir).

3) A COMIDAAAAAAAAAAAAAAA
Gente, por onde começo?  Nota da escritora: estava m-o-r-r-e-n-d-o de fome! Tava só com o almocinho do Neide´s (babá de Nando) no estômago! Mas, porém, contudo, todavia, nem digam que a fome temperou os pratos!!! Primeiro porque comi um couvertzinho de pães caseiros, torradas e patezinhos cremosinhos de azeitonas (deretia na boca); salmão e outro que estavam divinos e ajudou para que a garrafa do vinho não me derrubasse de cara.
Comida francesa, restaurante francês, agimos como franceses: entrada, prato principal e sobremesa, oui mercier!!!!
A minha entrada: foie de canard, ou seja, fígado de pato. Pode parar! Nem façam essa cara, não torçam o nariz! Ei, psiu, carinha de nojo pra comer abará, passarinha, sarapatel e maniçoba vocês não têm, então? Nem vem! UMA DELICIA! Pena que não era foie gras, que amooooooooooo, mas que entradinha maravilhosa, uma consistência de terrine, macia, derretendo na boca, frio, com pãozinho, ave, literalmente, ave! Daliva já cantava La vie en rose...
DD. Marido pediu uma bruschetta. Enorme, diga-se de passagem, que estava deliciosa também! mas meu foie de canard estava insuperável!
De prato principal pedi um risoto de camarão (sim, eu sou viciada no crustáceo. Sim, eu sou pobre, e quando saio quero comer camarão, lagosta e caviar, oras! Tô pagando!) Genteeeeeeeeeeeeee, delicia! molhadíssimo, muito bem recheado de camarões, com um molho de tomate fantastic! E como sou futuca-prato-educadinha, DD. Marido foi de risto de filé (divinamente delicioso) e, Angela, tadinha, que não é de comer muito, nos ofertou parte do seu canard, digo, pato, que cá pra nós, estava macio, suculento e com um molho de jabuticaba que pqp... eu devia ouvir mais Dalila: "começou no pato, termina no pato" ela dizia, mas não, eu não ouvi! Ela ficou o resto da noite "eu te dissse, eu te disse", mesmo com a maravilha de risoto que comi.. fazer o quê? Terapia! Já disse a ela.. precisamos nos entender melhor, discutir a relação, lombriga também tem sexto sentido.
Para finalizar, fechamos com um auntetico crepe suzette que veio em uma excelente calda de laranja bem tirada, com o toque discreto do licor de laranja, mas, que, infelizmente, tinha uma massa não muito saborosa. Na verdade, é que no dia dos namorados comemos um no Chez Bernard, e marcou.... amor à primeira mordida, sabem? Não deu para trair com o Taboada.
Nota 9,0, pelo crepe suzete.


É isso, gente! noite perfeita, companhia perfeita, a-m-a-m-o-s! Manoel Carlos e Caras é que têm razão: essa vida é festa, sorriso no rosto e vamos em frente!!!... Próxima parada: La Pasta Gialla (mas só depois da minha cirurgia na próxima sexta. Não, não vou extrair Dalila, nem fazer bariátrica - não posso! não sobrará estômago pra provar tudo isso! - só vão pegar a banda de rock: A Vesícula e Suas Pedras que tenho na barriga).

Um cheiro!

Fabi

26/10/2009 - Zen Thai

Oi Povo!!!!

Eu sei, eu sei, ando mais sumida que dinheiro no meu próprio bolso! Mas quem é rainha, nunca perde a gaiatice, claro!

Sábado e Domingo, meu DD. Marido em um arroubo de generosidade (leia-se ousadia  no cartão de crédito), proporcionou-me e à Dalila, inseparável escudeira estomacal, saidinhas que merecem caneta, digo, teclado, dessa que vos escreve.


1) ZEN THAI
Finalmente fui conhecer o Tailandês de Salvador!!! Eu malhei (não é piada, tá? vez em quando tomo tenência e vamos eu e Dalila à academia) na Villa Forma e sempre gostei muitoooo do lugar, especialmente da piscina aquecidinha à noite... só não sabia o porquê. Descobri: fica em frente ao Zen Thai! Precisamos voltar à nadar..

A) Ambiente - amei! Modernoso, meia-luz, cheio de referências à Tailândia, sem ser hare krishna demais. Cadeiras acolchoadas, altas, bacana. Adorei um Ganesha na escada, hare baba, asiático termina sempre em indiano!!!
Nota 10.

B) Serviço - Muitoooooo bom! Sem sacanagem! Da hostess ao garçom, Marcos, todos extremamente atenciosos, rápidos e eficientes. Atenção especial à descrição da tabela de pimentas e a carta de vinhos. Nota 10, com louvor.

C) de COMIDA!!!! - Em terra de cego, quem tem olho é vidente! Então, como boa baiana, fã de pimenta, sou daqueles paladares que sempre espera comer fogo e arrotar show pirotécnico. E não seria diferente a expectativa "ardorsal" de um thai!! Em abril do ano passado, na ida à Sidney, eu e o DD. Marido tivemos excelentes experiências no quesito comida asiática, especialmente a tailandesa e a indiana, e acho que fomos - eu pelo menos - ao Zen querendo que o mar pegasse fogo para comermos peixe frito!!
De cara pedimos um Mix de entradas muito bom (a exceção da costelinha que estava meio desenxabida, com cara de quem fugiu do Outback ou do DOC e se perguntava "que é que eu tou fazendo aqui"), contendo roll de carangueijo, bolinho de salmão e uma cestinha "apastelzada" de carne com amendoins e noz moscada. Excelentes!!! Elas vêm acompanhadas de uma "escala" de molhos de pimenta... da mais fraca a mais ardida, em potinhos de molhos, com mais um chutney de manga e uns vinagretezinhos para por em cima.
NOSSAAAAAA, amei! especialmente o roll de caranguejo e a cestinha!!A pimenta mais forte é bem fogo nas ventas, e, por cima, foi tudo de bom, é a verdinha inocente, mas não se engane, pimenta no dos outros é sempre caviar.
Como prato principal Guto pediu um pad thai de carne (grau 1 de ardor) e eu um talharim de arroz com lulas em grau 2 pimentas de ardor. Comparados aos que comemos em Sidney são só boas, mas, como diria o tabaréu soteropolitano, "a nível de Bahia, de Salvador", muito bons! Especialmente o meu, que com duas pimentas de indicação, no meu ver poderia ser uma só...mas como disse, pimenta no dos outros é doce de leite..
DD. Marido tem horror, trauma mesmo, de mexilhões. Já eu, adoro, mesmo com um memorável episódio gastro-intestinal que não convém recordar. E por ser fã dos bichinhos, sempre com um olho no Padre e outro na missa rezada na mesa ao lado, quase peço um para provar do pessoal à direita, que saboreava os molusquinhos em um lindo caldo que cheirava e soava como a musiquinha que a cobra de Mogli, o menino lobo canta: "venha a mimmmmmmm" mas fiquei só na inveja branca da mesa..
Não sei porque não sigo meus instintos. Como fiz promessa (sério mesmo, sem sacanagem) de só comer chocolate no aniversário de Nando, meu filhotão (e lá se vão seis meses sem o ouro negro), tenho de manter o nariz - e a boca - na direção de outros doces. Ocorre que, não sei onde estava com o paladar - provavelmente na mesa alheia -na hora da alegria, deixei me levar pela indicação do garçom e pedi um mil folhas de abacaxi e não o cheesecake de lichia que Dalila gritava... Na minhca cabeça imaginei algo com um apfelstrudel de abacaxi com sorvete em cima, enfim, folhado, ou folheado = massa folheada. Ledo engano, senhoras e senhores! Veio umas fatias fininhas de abacaxi em calda caseiro, com um sorvete de coco em cima, temperado com hortelã e cardamomo por cima... como abacaxi, estava um excelente sorvete!!! Não chega a arrepender, mas o folhado da fruta achei muito doce. Compensa pelo sorvete que é delicioso. Dalila saiu emburrada, mas que se há de fazer? A Inês já estava na missa de sétimo dia!
Então, gente, para quem não curte pimenta, não curte comida exótica (hellooooo, a gente come sarapatel e maniçoba, bicho!), nem misturas com curry, leite de coco e afins, não vale a pena. Para os que são chegados a uma ardidinha,a um "vamos ver no que vai dar", e pensa com o estômago, VALE E MUITO! Enfim, um excelente jantar! Nota 8,5 (pelo arrependimento da sobremesa..)

D) Preço - Bom e barato só pastel de feira, então preparem o bolso ou o cartão de crédito... preço de Soho, La lupa e afins.

E) OBS - ao sair do Zen vi um lugar com uns toldinhos vermelhos tão bonitinhos que só podia ser comida!! é o Taboada... pesquisando na internet achei esse site http://www.guiagourmetbahia.com.br/home.php e já decidi que a próxima parada é o bistrô francês da esquina da Villa Forma para ver o que há além daqueles lindinhos toldinhos vermelhinhos.. espero que croissantzinhos, crepezinhos suzetinhos, quichezinhos e outras coisinhas lindas e deliciosas!


2) SPADACCINO.
Mãe e pai com filho pequeno em final de semana de chuva vai para? Para o hospício, se ficar em casa com os pequenos ou ao Shopping! Prefiro o shopping, apesar de sérias dúvidas acerca da sanidade mental familiar..

Assim, domingo, DD. Marido, dd. Filhão e minha mãe à tiracolo, de baby-sitter, ou como ela mesmo se auto intitula office vó, fomos ao Salvador Shopping almoçar e comprar um organizador de brinquedos.
Há uns quinze, vinte dias, tinhamos almoçado no Australia, lá no shopping também, porque, viciados em Sidney no tal do filé de boi Angus, criamos inúmeras hipoteses de degustar uma carninha, o que se tornou em completa decepção para nós, Dalila inclusive, pois estava mais para cangurú perneta do que para Australia mesmo. Como almoço de Bonaparte, vale a ida.. e só.
Contudo, porém e todavia, sabe-se que nunca almoço o meu prato, especialmente em praças de alimentação: almoço o lugar, o que o meu vizinho de mesa pediu, o cheiro... tudo culpa de Dalila, a super lombriga e seus poderes extrasensoriais. Então, no almoço do Australia, infeliz com meu arroz Vaticano - papa, papa -  de funghi, fiquei lendo, vendo e cheirando o que vinha da opção ao lado, o Spadaccino. Com umas fotos e pratos de comida italiana, estilo o Masseria tb do shopping, bati os olhos no quadro negro com o menu do dia: Gnocci de beterraba ao molho de gorgonzola. Bingo! Era a senha para voltar lá. E fomos.
Para comida de shopping?? Muito bom!! O tal do gnocci é uma delícia (para quem não gosta de gorgonzola e creme de leite, pode ser um tanto enjoativo, para quem gosta: vai adorar). E mais: pedi um raviolini com molho de linguiça e tomates fantástico! bem recheado de muzza, molho saboroso, um delicia, capice? bem domingão mesmo! Ah! e o detalhe, como Guto e eu pedimos o mesmo prato, pagamos um preço só! Otimo! Dia de muito, véspera de pouco já dizia meu pai...rss. Depois do rombo do Zen, a economia veio a calhar!!! Recomendo.


Beijos, Gente!!!


PS - mandei depois do almoço para não dar fome!

18/05/2009 - Boca de Galinha

Oi Povo!

Estou devendo esse comentário há dois meses pelo menos!!... Mas como tenho uma desculpa lá em casa de dois meses, que mama, chora, quer colo e é lindo, chamado Luís Fernando, acredito que estou desculpada...rsss 

Depois do comentário de Boca de Galinha, vou tentar resumir a experiência cultural-gastronomica-social-endividadora que foi Londres e Paris.. para a turma do PVEE (partido da viagem economica europeia) que esteve comigo, será uma homenagem... mando em breve.

Ah!! Vocês já sabem que o bairro do Sodré está passando pelo Projeto de Santa Tereza - Revitalização do Sodré que atrairá empreendimentos âncoras para a região, entre eles restaurantes (La Parrilla Porteña, Emporio Ravioli e Bráz Pizzaria confirmados), um hotel da rede Txai (40 apartamentos). Já pensaram? Quanta novidade para minha lombriga?



Sigam-me os bons, como diria Lú, amiga-cumadre..


05/02/09

Oi pessoal,

Ao som de "psiu, psiu, menina linda do bumbum empinadinho" e coisas do gênero: "diga pra mim qual o seu nome, eu quero ser, quero ser o seu homem" fomos fazer um passeio - como diria Maria Menezes - p-i-t-o-r-e-s-c-o pela enseada dos Tanheiros, rumo a Plataforma, para almoçar último domingo no famoso Boca de Galinha.

Para os que moraram na lua ou Marte nos últimos meses, Boca de Galinha é, na boa definição de S. Costa, meu pai, um "cacete-armado" em Plataforma, com vista pro mar, que serve comida baiana, e está na lista dos top five points de Salvador, desde que saiu em programas de TV, jornal, e na boca dos "des-colados" etc...

Eu e Dalila - fiel escudeira e inseparável lombriga - temos várias considerações a fazer....

"Você já foi a Bahia, nego? Não? Então vá..." No espírito baianíssimo de ser, antes de irem à Boca acendam seis velas: Shiva, Lenon, Gandi, Che, Dalai Lama e Buda! Além claro de incorporar um espírito Caetanístio-gilbertino-cayminente de ser, pois é preciso uma boa dose de paciência, um desprovimento total e completo para aceitar a simplicidade (leia-se, cadeira plástica, filas, sol escaldante na moleira), a baianidade (leia-se espera longaaaaaa, barulho da zorra, "menu" de caderninho) e outras cositas mais para ir comer uma moqueca tão longe....


Como passeio, Boca de Galinha é um ótimo restaurante, porque pela comida, tão somente, não compensa o deslocamento e o desconforto. Em compensação, como você já deve estar de sandalinha rasteira, com sua camisa de Che e um discurso de igualdade BobMarleyano pronto, considerando a vista, o passeio de barquinho, e o preço, com uma boa turma, vale, e muito, a pena conhecer!

Há duas opções de se chegar em Boca, uma via Avenida Suburbana, retorna no Bompreço e entra na direita da Igreja Universal de Plataforma, ou via mar, deixando o carro na Sorveteria da Ribeira, pega-se um barquinho no Terminal Maritimo Municipal (bem em frente a sorveteria mesmo), paga-se R$ 1,00 por pessoa (com direito a maravilhosa trilha musical apontada e um desfile de moda praia impagável), e atravessa-se a enseada até a estação de trem/barco Almeida Brandão, em Plataforma. Dali, sobe as escadarias (lembra da rasteirinha..), pega a direita e na terceira ou quarta casa (ou até você vê algumas SUV´s e importados na porta) pode entrar.. ou sentar do lado de fora, sinta-se em casa, de Noca.. literalmente...

Pegamos o bargodeiro (barquinho pagodeiro) por volta de meio dia e pouco e lá fomos eu + Dalila +Nando, com o DD. Marido, e os companheiros de almoço Flávia, Joaquim, Nívea, D. Esmeralda, Paulo e Marcos Carneiro, além da pequena Maria Fernanda (que amou o almoço pitoresco). E, sem dúvidas, a ida pelo mar tem uma vista muito linda (além da sensação incrível que é ver a Sorveteria da Ribeira chegando em sua direção na volta, e o cardápio dos sorventes passando pela cabeça, naquele sol.. ai ai..)

Bom, vamos ao que interessa:

1) AMBIENTE - é um puxadinho, numa casa simples, que tem uma senhora vista mar.. é quente, cheio, com cadeira de plástico Brahma, garçons suados, ventiladores que não dão conta do recado, e que quando o trem passa na linha da Leste a criançada (e muito marmanjo também) corre pra ver.. Só isso já vale ida, digo, a risada! Se acendeu as velas, relaxe e aproveite. Meu marido viu até Jesus nesse dia.... um pescador andando pelas águas rasas da Baía, mariscando! Topou até aqui? beleza!

2) COMES E BEBES - não existe cardápio. Boca tem cadernetas onde escreve os peixes do dia, que saem em moqueca (além da de camarão, que é "fixa"). Tira gosto é um só e, invariavelmente, envolve peixe, farinha e o chiado e cheirinho da fritura, que, na fome da fila de espera faz você pedir uma porção e se lambuzar sem pensar em HDL, LDL e afins...
A cerveja é gelada! Olha só, uma maravilha! De frente pro mar, cerveja gelada, bons amigos, petisco frito, só faltou Anthony Bourdain e um torresmo pra acompanhar.
A moqueca, em sim, lembra a que Maria, secretária do lar de mais de 40 anos, faz.. é de caldo mais ralo, com muito tempero. Saborosa, mas para quem é fã de um caldinho encorpado, deixa a desejar. E, no dia que fomos, o camarão parecia que estava de rotavirus, magrooooo, desidratado que só.. de dar pena. Estava em quantidade, mas tamanho....
Pedimos uma moqueca de "arraia" (raia), que, pelo caldo que ficou no prato devia estar muito boa (essa comentarista não suporta raia..). O feijão que acompanha é uma delícia e a farofa idem, fazendo a invariável "argamassa" que tanto nos deixa sonolentos depois do almoço.

3) PREÇO - barato demais.. duas moquecas de camarão, meia de arraia, umas boas garrafas de cerveja e refrigerantes, para oito pessoas 8 pessoas e meia deu 20 conto.. beleza em épocas de farinha pouca, meu pirão primeiro!

A nota? Pra mim, sem meus amigos, as risadas e os papos, 6 pra comida, 10 pela vista. Vale a pena? Vale.. é um lado da cidade que pouca gente conhece (não ia a Plataforma/Itacaranha há mais de 20 anos, desde que minha vó Ceição vendeu a casa que tinha até jaqueira no quintal), a criançada acha o máximo o barquinho, o trem, e, cá pra nós? sustentar camarão pra família grande a 20 por cabeça é uma maravilha.....

Dendê, alcool, barquinho e sorvete da Ribeira (que para mim, pelo menos o de Mangaba, meu vício, anda perdendo para a Frio Gostoso) é uma combinação perfeita para um sábadou ou domingo de preguiça... só faltou uma rede embalada por Gandi, Buda, e Shiva... um puro com Che, e Caê, Gile e Caymmi cantando na volta...

Beijos!

Fabi