quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

16/11/2009 - La Pasta Gialla

Oi Pessoal,

O Dicas hoje está bem Fabio Jr.: "senta aqui, não tenha tanta pressa, senta aqui..." Muitaaaaaaaa coisa para conversarmos. O e-mail é grande, divirtam-se!


LA PASTA GIALLA

Na última sexta-feira fomos, eu, Dalila, DD. Marido, sócios fundadores do PVEE (Partido da Viagem Economica Europeia), os companheiros Nívea, Joaquim, Afonso, Andreia, Flávia e Marquinhos, e, os candidatos à sócios: Priscila, Claudo, Cheila e Erik ao La Pasta Gialla, casa de Sergio Arno, que eu gastropaladarmente queria conhecer.

Mesa grande, conversa animada, votação do local para a próxima viagem (restaurante italiano, a Azzurra venceu, obviamente, batendo os outros destinos: EUA e Caribe), enfim, comer, beber, rir e jogar conversa fora, para completar a lista das melhores coisas da vida só cama.. no bom e no mau sentido...rsssssss.

Bom, vamos ao que interessa:

1) AMBIENTE - eu amei, primeiro porque sentei de frente para sobremesas!!! Quer coisa melhor que comer paquerando um chocolate, uma tortinha? Não tem! O lugar tem um salão interno, climatizado (não sentem embaixo do ar, é muito frio para quem fica na ponta), e uma varandinha charmosa. É bonito, tem uma coleção linda de garrafas de coca-cola, porém, as cadeiras não colaboram, fazem você ficar a noite inteira alternando a banda da bunda para não cansar.
NOTA - 7 (pelas cadeiras Kuduru e pelo ar condicionado)

2) SERVIÇO - Até a conta chegar, muito bom. Mesa grande, muitos pedidos, mas a atenção com os vinhos e a entrega dos pratos certinhos a cada um dos doze comensais valiam um 10! Porém, na hora do pagamento, o garçom ou o maitre coagiu DD. Marido a pagar os 10% integralmente, coisa que Guto até iria fazer, mas pela forma como foi tratado, acabou não fazendo e pagando só 5%.
NOTA - 6 pelo constrangimento.

3) COMIDA
Ai ai, por onde começo? Ser ou não ser eis a questão! Restaurantes italianos são filosofais! Seria o tomate o centro do mundo? A bruschetta sofre influência Darwiniana? Massa fresca ou seca? molho branco ou pomodoro? Carne ou pasta? É tudo tão dificil! Mas Fabi explica:
a) COUVERT - Obama ganhou o Nobel da paz, mas o meu voto era do pão com manteiga ou azeite, sim porque não existe coisa que apazigue mais uma fome pré cardapio que um bom, macio, quentinho e caseiro pão, melado com manteiga (de alho e ervas) ou azeite. Não existe! Faz judeus e palestinos serem amigos de infância. E um bom couvert é como um texto de Nostradamus, uma bola de cristal, nela Madame Dalila vê passado (fome), presente (couvert) e futuro(refeição) com uma precisão de acerto fenomenal. Aquela cestinha mágica de carboidratos veio com grissinis (eu amo aqueles palitos!!!) apimentados, crocantes, que faziam gangorra do paté para minha boca... da manteiga para minha boca.. delicioso! Além disso, ainda tinham pão de calabresa, torrada de alho e uma (acho eu) focaccia de tomate, com direito a vinagretinho de polvo, manteiguinha temperada, patezinho e azeitoninhas pretas. Como pode o ser vivo não comer pão? Não pode! Deveria ser garantia constitucional!
Comi tanto couvert que quase esqueci das bruschetas....
b) ENTRADAS - as bruschetinhas (não confundam Nabucodonosor com na bunda do senhor, hein?) são um dos carros chefes da casa, e meu cumpadre Afonso, lembrou-me do meu propósito ali, e lá fui eu, dando a volta na mesa, provar a bruscheta mista (tradicional, siri e carne seca). De comer rezando... A tradicional estava impecavelmente perfeita, pão bem torradinho, azeite e tomates molhados e não acidos, e queijoooo, queijooo derretendo. A de siri não me fez muita graça, parecia que Bob Esponja estava fazendo ponta no filme do He-Man, sabem? Nada a ver com o propósito italiano da coisa, é boa, mas estava deslocada no contexto tutto buona gente do pão. E a de carne seca foi uma gratissima surpresa. A carne, apesar de um tanto salgada, deitou em berço esplêndido no pão italiano, Dalila gostou bastante. Nota 9, pela intromissão do Bob Esponja na minha Tarantela.
c)PRATO PRINCIPAL - primeiramente Dalila e eu gostariamos de agradecer aos comensais que se fizeram presente, pelas inúmeras e variadas garfadas em seus pratos, pois a promiscuidade garfal admitida por vocês nos fizeram um bem danado. E é isso que importa: manter a cabeça aberta, a boca aberta, o estômago aberto a novas experiências, inclusive a de admitir que eu roube um naco do seu prato.
Bom, massa fresca é massa fresca, e Jaime Oliver já me convenceu disso toda vez que sova um raviolizinho como faz um sanduíche de sobronté-de-onté, o que, não é vero. Dá trabalho, se errar o ponto, lascou, já era a massa. Tem ciência e eu prestigio ela quando vejo no cardápio. Assim, pedi um ravioli de salmão com mascarpone (sou tarada por esse queijo, ele é Brad Pitt dos queijos, quando vejo no cardápio fico igual a groupie: Brad, Brad.. digo, Mascar, Pone, Mascar, Pone) e molho pomodoro ao basílico. Genteeeeee, divino. A massa derretia na boca, o salmãozinho desfiado ia se misturando com o mascarpone e passeava tranquilamente com Dalila, enquanto eu comia. E o molho? Nossa, o tomate foi Jackianamente estripado, cortado em pedaços minusculos, quase amassados, bemmmm vermelhos, sem acidez nenhuma e aquele toque do manjericão (basílico) que só dá o ar da graça e é um dos poucos verdinhos que amo, do alto da minha dieta loucabiótica.
Bom, como fomos de prato em prato, tenho de pontuar as delicias que provei: 1) cabrito assado por 6 horas ao molho de vinho (derramava na boca); 2) ravioli com polpetini do DD. Marido (macio e saboroso); 3) risoto de camarão, literalmente indefectível; 3) Cordeiro, muito bem feito, macio e temperado; 4) filé ao gorgozola, molinho que chegava a rasgar. Em suma, de tudo que comi, nada me desagradou, mas meu prato estava muitooooooo bom.
d) SOBREMESA - essa promessa de não comer chocolate está me matando! e não me digam que existem sobremesas sem chocolate, porque eu sei que existem, mas não se comparam ao ouro negro. Não me venham com tortas de limão, primeiro porquer quem é o limão? Limão é um invejoso, um sem graça, que por não ser doce como a laranja, nem exótico como o maracujá, se entregou às bebidas, mergulhando fundo nos drinks e cocas-cola, e fica amargo quando não é logo consumido. É a cara dele: ácido! Nem com muito açúcar deixa de ser azedo, coalha até leite. Enfim, torta de limão não é brownie, não é petit gateou. E onde eu estava com a cabeça? Pedi torta de coco? Deve ter sido influência do Bob Esponja invasor da bruschetta, óbvio que não ia dar certo, não tinha esquindin de iôiô de cocada alguma que saciasse a minha vontade de dar uma garfadinha no brownie de Flávia.. ai meu Deus, que vida dura essa a minha. Sou obrigada a reconhecer que o petit gateou de doce de leite que Nive e Juca pediram estava muito bem feito e no ponto, mas minha torta de coco, apesar de estar bem feita e gostosa para qualquer paladar normal, para a minha abstinência de chocolate não dava nem pro gasto.. é a vida, que se há de fazer? comer uma caixa de Lindt ou Godiva quando pagar a promessa...rs.
NOTA 9,5 - para a comida. 0,5 pelo siri na bruscheta...

3) PREÇO - antes que eu esqueça e Flávia me cobre, com duas garrafas de vinho chilenos e demais bebidas, deu R$ 70 por cabeça. Vale a pena, eu recomendo.

bjos,
Fabi

PS - Domingo fomos ao Acqua, na Bahia Marina, mas acho que todos conhecem. O wrap de camarão e o crepe de abacaxi com peito de perú estavam deliciosos.. adoro a vista e o lugar.
PS2 - Não tive tempo de escrever sobre o Dona Mariquita. Gostei muito da feijoada de frutos do mar e do mariene no coco. O sarapatel não sei o gosto, mas achei muito pequeno (tanto que não tive coragem de beliscar), a frigideira de siri também estava deliciosa, e a sobremesa de banana com queijo maravilhosa. Vale a pena conhecer.

3 comentários:

  1. O problema, Fabi, é ler suas dicas ANTES do jantar. Dá vontade de jogar nossa comida janela abaixo...

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  2. kkkkkk Oi Lú!! Jogue sua comida fora não! aposto que aquela focaccia maravilhosa daria um blog inteiro...rs
    bjão

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