quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

22/01/2008 - Dicas de Verão II

Oi Pessoal,

Continuando as incursões comestíveis pela Soteropólis de sempre, a bat-advogada-metida-a-gourmet e seu fiel escudeiro, Guto, seguem comendo, (engordando, claro!) e se divertindo por aí.

Em busca da refeição perfeita e caçando os destruidores de papilas gustativas, a paladina do palato esteve nesse fim de semana em dois lugares que andam na boca do povo: o DOC Casual Dinner e o Santa Pizza.

Vamos ao que interessa. O DOC ganha de lavada!!! O Santa Pizza é, como diz minha amiga Lú, "balaio novo, três dias de fogo", para o meu gosto, não se sustenta mais meio verão.

Então já para os comentários:

1) DOC CASUAL DINNER - confesso que esperava um local de vanguarda, mas vi um ambiente de gente jovem, descolado, com um quê de tradicional-elegante-chic que não consigo achar palavras agora. E apesar do conceito da casa ser de comida rápida ou jantar casual, o ar noir-madeiroso não passa essa impressão (hoje eu estou dificil com os conceitos, mas vamos lá).
    a) Ambiente - Casa na esquina da rua das Dálias com a Paulo VI (em frente ao Aice sushi ou zushi, nunca sei), com fachada de vidro, mesinhas de espera de madeira numa espécie gazebo na entrada. Parte interna bem amadeirada, escura, com som ambiente de DVD´s em plasmas ou LCD´s. Bonito, confortável, gostei. Nota 8,00 (esperamos demais por uma mesa, e a hostess parecia estar dando preferência a outras pessoas...)
    b) Serviço - Esse me surpreendeu. Apesar de ter enviado um dos pratos para a mesa ao lado, primam pela limpeza das mesas e troca de copos e pratos com agilidade e simpatia. Nota 9,00 (pelo meu camarãozinho ir para na mesa ao lado).
    c) COMIDA - Não comparem coisas incomparáveis. É a primeira dica para ir ao DOC. Como a casa é uma steak house (como o Outback, ai que saudade...) o forte é carne, ponto. Então, não dá para compararar as costelinhas da grife Angus (raça de boi famosa no mundo todo - sabiam que um hamburguer no Burj Al Arab, aquele hotel famoso em Dubai, custa 60 doláres e é feito de carne da mesma raça, abatida em não mais que 20 dias? Discovery Travel & Living é o canal!!! Ainda vou me hospedar naquele hotel) bem molinhas, num delicioso molho barbecue, acompanhado de esplêndidas, macias, e suculentas bananas e batatas rôsti, com nada do cardápio depois.
É simples assim: provem a bruscheta da casa (não pelo queijo (que achei pouco), ou pelo tomate (muito bem escolhido), mas simplesmente pelo pão italiano feito no próprio DOC pelo chef Caco Marinho).
Depois sigam pelo cardápio, passeando pelos camarões empanados no coco, para por último provarem a costelinha, ok??
Senão correm o risco de fazerem que nem meu amigo, e leitor assíduo das minhas baboseiras gastronômicas, Marcos Carneiro, e acharem o camarão fraco. Ora, tudo fica fraco depois das costelinhas que derretem na boca.. até meus dedinhos ficam fracos para digitar só de lembrar daqueles ossinhos se separando da carninha... nham, nham, nham...
Ah! Tem a sobremesa! Eu como com os olhos, é fato. E a foto de um simples pudim todo emperequetado no cardápio me chamou a atenção. Contudo, Dalila, minha lombriga, depois que li sobre a de chocolate (acho que é Chocolate em textura, em experiência, sei lá) ficou muito ouriçada com a possibilidade de comer, numa só sobremesa, chocolate em ganache, sorvete, bolo, e afins. Dalila sempre ganha de mim. Perdi, pedi e não me arrependi. O crocante que vem de enfeite é uma delícia, imaginem o resto da sobremesa. Detalhe, é grande para uma pessoa só (não obstante a minha revolta com os filadores de sobremesa, essa, de fato, dá para dividir sem espetar a mão do vizinho com o garfo). A companhia, maravilhosa, de empunhadores de garfos da mais alta qualidade foi também sensacional! Nota 9,00 (pelo queijo da bruscheta). Como diria Esqueleto de He-man, "Eu voltarei..."

2) SANTA PIZZA - Acho que das pizzarias recém inauguradas em Salvador (Piola, Carcamano, Santa Pizza e Colombo), mesmo sem conhecer a Carcamano ainda, a Santa Pizza não faz milagre. Ao contrário, xinga os deuses das boas redondas. O lugar, escondido naquele larguinho do parque cruz aguiar, atrás da rua ilhéus, onde era o Paraíso Tropical, mais parece uma casa de antiguidades ou bazar de decoração, que uma pizzaria mesmo. Apesar de ser romântico, com velas nas mesas, muita madeira, e pouca luz, não decola, nem empolga. Ficamos, eu, cumpadre Afonso e Guto com a sensação de que é lugar para anoréxico que finge que come ou para paulistas, que moram em Salvador, com saudade das filiais de Sampa. Só pode.
    a) Ambiente - Como eu disse misto de bazar de quinquilharia com antiquario, tudo que se vê na decoração está à venda. E, confesso, que só achei bonitinho o porta guardanapos de louça pintado. O resto já vi e revi em lugares que vendem artesanato por todo o canto da boa terra. Nota 7,00 (pela luz de velas, né gente, ainda sou romântica).
    b) Serviço - Simpático, educado, e mentiroso. Pedi a hostess um lugar ventilado e ela me levou para debaixo de uma amendoeira. Ótimo, fresco, mas perguntei a ela, tem mosquitinho? Eu sou alérgica a picada de inseto. Ela disse não. E eu besta caí. De short, passei o jantar balançando as pernas para os muriçocos largarem a fontana de trevi que minhas pernas viraram. Nota 6,00 só para não ser injusta com os graçons.
    c) COMIDA - Essa foi a pior parte da noite. Meninos, imaginem, eu, Guto e Afonso, trio bom de garfo, diante de uma pizza individual (lá só sai assim), de quatro míseros pedaços, e-n-t-u-p-i-d-a de salsinha, isso, salsinha, na borda? Foi de chorar de rir.
A pizza individual vem em um prato enorme, de cerâmica lindo, do tamanho de uma pizza média da pizza Hut. Mas a pizza, mesmo, o disco de massa, é do tamanho de uma brotinho!!! Tem só 4 pedacinhos! Coisa para a mulherada seca, anoréxica que finge que come, enquanto o namorado finge que gosta de osso.
E o que vem no resto do prato de cerâmica lindo? Salsinha e mais salsinha, em montes verdejantes, que faz você não querer ver tempero verde pelo resto de seus dias. E, pior, não é barata. Um disquinho desses custa, em média, R$ 24,00!! Não para por aí.
A pizzinha veio o quê, o quê, o quê? Tcham-nam: FRIA!.. Isso mesmo, fria. Não posso nem dizer que foi o vento do lugar que estávamos, a pizza chegou à mesa fria. Como o pedido não demorou, deduzimos que os discos devem ficar pré-assados e os recheios são colocados em cima, amornados e depois seguem para emsa. E não dá para esquentar depois, porque a porra da salsinha não deixa!
É verdade que o sabor dos recheios (no meu caso gorgonzola com a abacaxi e frango picante com doritos) estava muito bom, mas como estavam frios, não dava para empolgar.
Olhem, gorgonzola é queijo gordo, e como todo gordo, derrete fácil no calor, certo? Pois a pizza tinha pedaços frios e inteiros de gorgonzola. Por mais que eu insistisse em tentar gostar da pizza, A SALSINHA NÃO DEIXAVA. Quem cozinha deve entender o que eu estou falando. Como tinha um verdadeiro cinturão de arbusto de salsa ao redor da pizza, e queijo, molho de tomate e afins são colantes naturais, ao cortar a pizza, você esbarra na salsinha, que acaba dominando o sabor da redonda, mesmo com o forte sabor do gorgonzola.
Para ser sincera? Não volto. Não gostei mesmo! Tenho salsinha no meu sangue até a geração de meus netos.
Nota - 1,00 (a H2O2 estava gelada e bem servida...rs).


Beijocas e até a próxima!

Fabi


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