sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A comida mara do Da Mara

Qual a melhor coisa de viajar? Conhecer coisas novas e, claro, comidas novas! E não é só Paris que tem seus encantos, tá? Eu e Dalila cavucamos coisas mil em any road trip. Por exemplo, em Feira de Santana, somos fãs do pão de alho de uma deli no final da Avenida Getulio Vargas, de comer dirigindo, sim, porque não esperamos a BR324 acabar para devorá-los.
Quando minha m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a cliente Maria de las Mercedes, espanhola de fé, raiz e fogo nas ventas - que me prometeu o melhor callos fora da Espanha - disse me que teríamos uma audiência em Valença, numa sexta-feira, só pensei em uma coisa: frutos do mar, aí vou eu!
Me lembro que meu cumpadre Lucas me ligou um dia pra pedir indicação de um restaurante em Valença, e eu não conhecendo, liguei para meu irmão caxeiro viajante, Carlindo, e ele, na tampa:  "Da Mara, sem erro, comida beleza, Fabi". Passei a indicação para Lucas e ali começaram as sessões de torturas, porque o danado - inda a Valença várias vezes - só me ligava para dizer "tô comendo moqueca de polvo"; "tô comendo mariscada" e sempre falando que o Da Mara era realmente mara... maravilhoso.
Eu, Mercedes e Zé, nosso motorista, chegamos as 15hs no lugar - simplérrimo - tremendo de fome, depois de nossa audiência.
Bom, vamos ao que interessa: o rango!!
1) Entradas
Casquinha de siri, beleza, todo mundo conhece. Casquinha de caranguejo, em Salvador, é igual a cabeça de bacalhau, todo mundo sabe que existe, mas ninguém nunca viu. E Casquinha de Polvo???? Gente!!! Pedimos uma de caraguejo e outra de polvo. A do crustáceo, quando eu comi, parecia que cantava para Dalila: "Chegou, chegou, tá na hora da alegria!"... era o Bozo em pessoa!!! Uma festa!! O que era aquilo??? Pedaços de carne de caranguejo, grelhados, com gostinho de grelha, sabem?? misturados em pedaços de tomate, cebola, temperos verdes, refogados juntos, no ponto! Com uma farofa r-e-c-h-e-a-d-a de cebolas douradas picadas por Jack, o estripador, e com um molho lambão daqueles!! Ai, a boca encheu d´água de novo.
E a de polvo?? PQP Futebol Clube!!!! o polvinho lindo, rosado, parecia saído de um SPA de amaciante de tão molinho que tava, nem um pouco chiclete, num refogadinho quentinho de temperos picados, cacetada! Delicioso. Nota 10, com estrelinha dourada!
2) Prato Principal
Lucas tinha falado tanto, de tantas moquecas, que acabamos pedindo Mariscada, na vã esperança de provar de tudo um pouco. Dalila, a esta altura, já estava imitando Mariene de Castro, cantando pros bichinhos "Diga a mãe que eu cheguei...". Uma senhora mariscada, que serve quatro pessoas tranquilamente, com peixe, ostra, sururu, siri catado, camarão, polvo, enfim, do mar só não tinha ouriço, petróleo e pedra, porque o resto tinha, e tava delicioso. E a alegria da pobre lombriga só aumentava! As guarniçoes de lá são de comer rezando pra não acabar: banana da terra cozida com temperos de moqueca e dendê -  diferente e genial - um pirão traveco, que é pirão no nome, mas vatapá no sabor e a tal da farofinha de cebolas Jackianamente douradas e crocantinhas, naquela farinha da região de Nazaré, fininhaaaaaaaaaa. Nota 10 com louvor!
Afe, comi de lamber os beiços, guardar na quentinha e querer uma rede depois!!! E Mara, do alto da sua simpatia, só pedia desculpa por não ter sobremesa e pela reforma em um dos banheiros, oh, Mara, esquece... tomamos um cafézinho e seguimos viagem, eu e Mercedes, a esta altura, já pensávamos que mais uma audiência no processo, marcada para março, terá lá suas compensações. Dalila me fez prometer pedir a moqueca de pitú na próxima. E pensar que tem gente que não gosta do caminho da roça...
Em Valença, indo pra Morro, de passagem para Camamu, Itacaré, Ilheus, enfim, no baixo Sul, pare e coma no Restaurante Da Mara... vale cada centavo dos R$ 77 (para três) pagos.
Cheiro de dendê para todos...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dalila Bourdain em mais uma aventura.

Eu e Dalila somos fãs de Anthony Bourdain, aquele chefe-apresentador do Discovery Travel & Living. O cara adora fritura - especialmente coisas derivadas de porquinhos - cerveja (alcool de maneira em geral, mas especialmente as loiras), e comidas do tipo "entope veias". E o melhor de tudo, é m-a-g-e-r-r-í-m-o!!! Vai entender o mundo.
Enfim, Dalila por achar que descende diretamente do Bourdain, não pode ouvir falar em aventura, novidade e comida (não necessariamente nessa ordem) que já se ouriça e me obriga a levá-la para comer.
Assim, quando Lize, minha sobrinha mini me, falou que ia sair para comer um "Cremosinho", colocou Dalila em estado de alerta para saber do que se tratava tal especialidade.
Se como eu você achou que Cremosinho seria alguma versão hypada de mingau de aveia, ou um Açaí turbinado, tsc, tsc, tsc... se enganou, meu caro Watson. O dito prato é um dos carros chefes do Boteco da Graça, um barzinho, como diriam minhas amigas mineiras, "copo sujo", ali na subida da Faculdade de Direito da UFBA, na Graça.
Na última sexta-feira, fomos eu, DD. Marido, e os companheiros de PVEE (Partido da Viagem Econômica Européia, para aqueles que moram em marte ou novos leitores do Dicas): Fau e Marquinhoas; Déia e Fonsão. Sob a nobre desculpa de ajudarmos a companheira Andreia a relaxar para a prova da OAB, bebemos estupendas Devassas e Nobel geladas e conhecemos o dito boteco.
O lugar é de uma simplicidade tibetana, na verdade é uma sombra de árvore, do outro lado da rua, à beira de um barranco (aliás, sugiro sentar mais perto da rua, para os que costumam "carcar o dente", pois fica mais fácil estender a mão e chamar o taxi, e corre-se menos risco de, literalmente, descambar morro abaixo), sem qualquer confortozinho, a começar pelas famigeradas cadeirinhas de madeira de abrir e fechar... não duvide, sua bunda sairá de lá cantando: "vesti uma camisa listrada e saí por aí".
Bom, como tudo vale a pena, quando o estômago não é pequeno. Aguente firme na cadeirinha e peça o tal do Cremosinho. Gente, há muito, muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante, não comia um petisco de boteco tão gostoso! Trata-se de uma fusão do escondidinho com arrumadinho, ou seja, pedaçaos acebolados de fumeiro e carne do sol (pedimos a versão mista), com um vinagrete de tomate, cobertos por um purê de aimpim com requeijão cremoso, bem molinho - eis o porquê do nome - em uma travessa de fazer a inveja da mesa do lado. Como petisco, comem de 4 a 6 pessoas. Como prato, de 2 a 3. Delicioso. Adoramos!
Dalila, não satisfeita em provar a novidade, ficou doida quando leu "sarapatel" no menu. É claro que pedimos!! Eu e Flávia, que vinhamos da mini porção do Dona Mariquita, achamos o apoio de Andréia, e caímos, com pimenta e farinha, matando no bendito sarapa - que no Boteco ainda se apresenta nas versões carneiro e avestruz (não pedimos esse para não começar o ano enterrando a cabeça por aí, pé de pato, mangalô três vezes!). Muito bommmmmmmmmm.
Não satisfeitos em garantir as Sinvastatinas dos próximos anos - para limar o colesterol ali ingerido -  Fau, grávidissima de Maria Eduarda, sentiu o cheiro de batatas fritas e lá fomos nós provar as do local, que foram aprovadas, pois clássico que é clássico vem quente, crocante por fora e molinha por dentro, e Dudinha não nasceria com cara de fritas por nossa causa, oras!.
O preço foi o melhor de tudo! Com bebidas (8 refris, 5 Devassas e umas 3 ou 4 Nobel) pagamos R$ 33,00 o casal!! Viva a economia! Nota 10,00 pra comida e localização (do lado de casa, pô!), 8 pro serviço (casa cheia, demorou um pouco, apesar da simpatia dos garçons); e 5 para as cadeirinhas cdf.
Dalila Bourdain saiu rindo de alegria que nem seu ascedente quando come uma carninha de porco....

E viva o Outback.

Toda vez que eu ia ao Outback olhava a foto dos hambugers no cardápio e queria pedir, mas a costelinha e os filés sempre ganhavam no jogo do quem enche mais minhas papilas gustativas de baba.
Porém, no domingão estava com vontade de comer sanduba, mas não qualquer sanduba, queria um de respeito, que desse moral, e não tivesse sabor de isopor temperado. Então, lá fomos ao Outback ver qual era de mesmo dos pães sarados de lá.
Para quem conhece o Joe & Leo´s do Rio, o estilo é aquele: uma ilha sandubão gigante, cercado de fritas por todos os lados. Um dia aquilo sonhou em ser lanche, mas cresceu demais e virou refeição. É enorme! Eu não aguentei comer tudo. E é, sim, delicioso, primeiro porque não é carne de hamburguer uniformizada, é temperada e varia de um tipo pro outro; segundo porque os molhos e ingredientes também variam, e dão um toque especial. Eu pedi o Flame burguer e DD. Marido pediu o The Outbacker. Completamente diferente o sabor. O meu, mais para carne de churrasco, com molhinho BBQ apimentado e cebolas; o de Gutão mais para cheeseburguer mesmo, mais tradicional, meio caseiro. Muito bons!! Para quem não admite pagar mais de 10 pila num pedaço de pão, caia fora. Cada um custa R$ 23 e fração. O lado econômico da coisa, foram os pedidos kids de D. Luiza e João Pedro, que comeram Chicken Fngers ao custo de R$ 15,00 cada, valendo cada centavo (pedaços deliciosos de peito de frango, Bourdaniamente empanados e crocantes, com molho de mostarda e mel, o de JP com fritas e o de Mammys com Golden Homemade Potatoes, para mim, a melhor batata da casa). JP ainda provou um milk shake de chocolate que estava lindo aos meus olhos, delicioso no desejo de Dalila, açucarado para minha mãe, e proibidos a minha promessa... é a vida, que se há de fazer? voltar lá quando pagar a promessa...risos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Soterogourmetizando por aí...

Dalila está de mal comigo. Desde que fiz a promessa de só voltar a comer chocolate no aniversário de Nando (coisa de sete meses sem o petróleo do cacau), a lombriga está revoltada! Disse-me que não tem nada a ver com isso, que a caixa de Lindt na geladeira está sacaneando ela, enfim, está me azucrinando. Para piorar a situação, ela ouviu a minha conversa com Dr. Sérgio - fiel leitor, colega de trabalho e eventual fornecedor de alfajores - sobre a abertura de uma Abuela Goye no Salvador Shopping. A casa caiu.
Primeiro, porque, de fato, abriu uma filial da Abuela sim, ou seja, aqueles maravilhosos chocolates, geléias (experimente a de frutas silvestres) e alfajores de Bariloche vieram tentar nossos paladares, olfatos, bolsos e dietas... ai ai. Ao entrar na loja, quase tenho um piripaque.. se fossem os da Mamuschka acho que tinha saido correndo gritando por socorro. Quem nunca teve a oportunidade de conhecer Bariloche, vá. Seja pela neve, pela beleza do Nahuel Huapi, pela arquitetura, seja pelo chocolate. Quem já conhece, vá ao Salvador,  compe umas caixinhas e coma por nós!!!!
Se fossem só os Chocolates da Abuela, beleza, mas hoje a lombriga descobriu que no primeiro andar do dito shopping abrirá a segunda filial da Amor aos Pedaços aqui (a primeira fica na Vila Laura e pouquissima gente sabe que existe). Golpe de misericórdia! A bicha endoidou e passou o dia a me pedir doceeeeeeeeeeeeeeeee, na verdade a me pedir chocolate da Abuela e o Pavê de Nozes da Amor aos Pedaços. Oh lombriga difícil, tcham!
Para amenizar a situação da bichinha, passei no McDonalds e comprei o novo sundae de banana camarelada. Afeeeeee, uma delícia. Comprei esperando uma montanha de açúcar e aquele gosto de banana industrializada, mas, gratissima surpresa, a combinação sorvete de baunilha, amendoim e calda de banana ficou sensacional para algo que custa R$ 3,00 e se compra no carro. Muito bom mesmo!
Dalila fez bico, mas desamuou o cara.. vai entender o que se passa na cabeça dessa lombriga...

Desagravo de um bolo ciumento.

Após a minha expressa declaração de amor ao pão, o bolo ficou revoltado! Achou injusto que ele, irmão do pão - ambos são filhos da Dona Farinha de Trigo - não tivesse o mesmo tratamento. Ele sempre foi ciumento. Em verdade, o bolo tem problemas de auto afirmação, especialmente quando põem sua masculinidade em questão. Quando é de chocolate, aimpim e milho, não tem dúvida, é cabra macho sim senhor. O problema começa quando dizem que ele é de baunilha, morango, maracujá, e banana.. tudo fruta. Aí o bicho pega. Para complicar, ele se ofende quando colocam qualquer recheiozinho, qualquer coberturinha, e chamam de torta! Mate o homem, mas não troque o nome! E ainda por cima torta, como se ele, bolo, fosse errado, defeituoso, e não é! Todos sabemos que ele, o bolo, é masculino. O problema de auto afirmação só passa quando vira o centro das atenções, ou seja, quando chamado em casamentos, aniversários, bodas, enfim, aí ele rouba a cena, porque todo mundo quer vê-lo, quer conhecê-lo, até foto querem tirar... é uma alma dificil, eu sei, mas sou fã do cara. Não saio de festa sem comê-lo.
O pior de tudo é que esse escarceu todo não tem razão de ser, porque o bolo sabe que passei toda a gravidez de Luís Fernando ao lado dele! Sempre! Ele e café, ele e café, não tinha para ninguém, eu, ele e café sempre saíamos juntos. Dona Luiza, tadinha, minha mãe, sofreu fazendo assadeiras e mais assadeiras do seu famoso bolo de goiabada com ameixa, só para eu tomar no famigerado café das 17h! Até apresentá-lo ao pessoal do escritório apresentei, levando um Tupperware cheio de fatias do famoso bolo de minha mãe.
Bolo, cara, te adoro também! Não seja assim tão ciumento, meu rei! A vida passa, o café passa, e o que sobra? migalhas, bolo.. não façamos do nosso relacionamento meras migalhas, mas sim fatias inteiras de felicidade! Gosto muitíssimo de ti, viu? não esqueça não. Deus é testemunha que às 17h só penso em você, seja na versão goiabada com ameixa de D. Luiza (receita abaixo, em sua homenagem!); seja o de laranja, da doceria Dona Xícara, na Afonso Celso; seja um pedaço do molhadinho de banana, do crocante tapioca ou molinho de aimpim, todos da DeliCia, na Graça. Fique assim não, Fabi e Dalila te amam.

BOLO DE GOIABADA COM AMEIXA DE DONA LUIZA

Ingredientes:

4 ovos
1 e 1/2 xícara de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo com fermento
2 colheres (sopa) de manteiga
1 garrafa de leite de coco pequena ou 1 copo de leite
200g de ameixa seca e
200g de goiabada

Modo de fazer
Derreta a goiaba com meia xícara agua até a consistência de geléia, podendo ficar alguns pedacinhos inteiros. Reserve. Pegue a ameixa seca, sem caroço, e leve ao fogo com 1 xícara de água, deixando ferver para ficar no ponto de geléia. Reserve também, deixando ambos esfriarem.
Separe as gemas das claras. Bata as claras em ponto de neve e separe. Depois, bata as gemas com açúcar misturando bem. Junte a manteiga até obter um creme amarelo claro. Acrescente a farinha de trigo, o leite e por último as claras batidas em neve, misturando delicadamente. Incoporada as claras, é hora de misturar as geléias. Despeje a mistura em uma forma untada e polvilhada. Asse por uns 40 minutos em forno médio, pré aquecido, ou até que, espetando um palito, esse saia limpo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O pão meu de cada dia.

Não sei viver sem pão. Ponto final, fim da estória, the end, finito!
Descubri isso aos quatro anos de idade, quando meu pai - seu Costa também era viciado num pãozinho - dava a minha mãe, toda a tarde, um dinheirinho para comprar meu lanche. E lá íamos, D. Luiza e eu, à Portinha, onde, sentada no balcão, comia um pão delícia e um suquinho de maracujá (que ainda é meu suco favorito). Aliás, pão delícia, depois do acarajé, é a segunda maravilha baiana. E não tem jeito, ali começou o amor pelos pães.
Nem pense em me dizer que bolacha água e sal ou cream cracker dá no mesmo, é uma heresia! (além de um engodo calórico, eis que quatro magrelas e um cacetinho são as mesmissimas gramas na balança). Abro mão de tudo numa dieta, menos pão. Um integralzinho que seja tem de existir.
Oh gente, cá pra nós, tem coisa melhor que pãozinho francês, nosso cacetinho, quente com manteiga (sim, manteiga, Aviação, Presidént, Regina.. da boa! nem me fale em margarina) derretendo?
Já sei, já sei, tá de dieta?? Certo, certo, um integralzinho esquentado na torradeira com geléia diet.. ohhhhhhhhhhh delicia!
O pão, enfim, é o Antonio Bandeiras da mesa.. o George Clooney do café da manhã. Ele sempre vai lhe sorrir de canto de boca, lançar aquele olhar meio de lado, já saindo, indo embora, louco por você, e dizer: te quiero! Na verdade é o contrário, você é quem vai entender "me coma", mas é tudo sedução mesmo.
Viciada em pães, nas dietas, passava a ver o cacetinho quase como um drug dealer, meio sorumbático, como diria minha amiga Lú, e o olhar 43 tava mais para o de vendedor de cocaína falando: "quer curtir um barato não? Francês do bom, 50g, tou quentinho, e com manteiga, baby, você vai ao céu.."
Pior que a família toda do dito cujo é assim, sedutora, porque amido é uma miséria! Começa a dar barato já na boca! Então croissant, delícia, mineiro, brioche, de forma, fatia ou leite, de milho é tudo do mesmo saco da farinha de trigo!!
Depois de Paris, desisti de procurar croissants decentes na soterpólis, porque só tem dois que se salvam: por incrível que pareça o do McDonalds, no McCafé; e o do Fran´s.. e mesmo assim com ressalvas. Já os cacetinhos, na guerra do meu bairro (Perini x Deli&Cia), fico com a segunda, porém a megastore espanhola ganha no fatia e na ciabata. Os da categoria delícia são melhores na Pãozinho do Céu, especialmente o recheado com peito de perú (que a Belle´s também serve divinamente). Brioches, brioches mesmo, esqueça! Para enganar, DeliCia de novo. Forma: Wickbold e mineiro: só os da minha sogrona, que, snif, snif, eu tenho que racionar as porções do estoque do freezer.
Ai, ai, pão é pão, o resto é bolachinha...Pão, adoro você!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sohozade e as mil e uma noites

Ok, Ok. Sou suspeita, suspeitissima, para falar do Soho, por conta da assessoria jurídica prestada, mas não resito. O Japa da Bahia Marina é meio Sherazade para mim, sabem? A cada novo almoço, jantar ou happy hour ele me conta uma história nova e eu sempre volto... bom, é melhor voltar que me matar, como fazia o rei biruta que a princesa levou no bico durante 1001 noites.
Era uma vez um dia 29/12.... eu e DD. Marido fomos comemorar os três anos de casamento onde, onde, onde? no sushi das árabias. E não é que ainda consigo me surpreender?! Dalila quando fala em Soho se veste até de gueixa só para comer um sashimizinho de agulhão, mas desta vez ela estava de odalisca, para ver o que o Sohozade iria nos dar. Assim, ao passar pela entrada, esfregamos a lâmpada mágica e pedimos para que o gênio Bartô mandasse algo divino para nossas papilinhas gustativas que, a esta altura, já o chamavam de habib...
Para lá das roskas de lichia e jabuticaba, depois de uns hot rolls, pikachus e soho makis, já na Bagdá do verso do cardápio, encontramos um filé thai que pqp....afeeeeeeee maria!
Se você não tem vocação para dragão, nem vá, mas se adora um ardozinho, se jogue! Pedaços de filé, com pimentão, tomatinhos cereja e abobrinhas, em um molho pega pra capar com leite de coco e pimenta de comer assoprando, quer dizer, rezando. Delicioso.
Os críticos mais severos sempre dizem que os japas no país são inventivos demais, misturam comidas asiáticas com brasileira, mas eu, confesso, só quero bom lugar, boa comida, e boa bebida.. e isso sobra no Soho... e não vejo problema em dar uma maçaricada num salmãozinho para aqueles que enguiam só de por o peixinho cru na boca. Nas 1001 noites Sherazade enrola o rei da Pérsia por tanto tempo para ao final lhe pedir que seja poupada, ou seja, liberdade conquistada pela criatividade.. Então, galera, deixem os japas brazucas criarem, então!
Não comi sobremesa, porque não cabia mais nem uma gota de sakê no estômago, quiçá de açúcar, mas recomendo a torta crocante, a búlgara (melhor de Salvador) ou mix de sobremesas Soho, para aqueles, que, como eu, têm vontade de descer todo o cardápio...
beijocas! Respondam a enquete!

Dicas AB - Antes do Blog

Meus caros,

As dicas abaixo foram AB, ou seja, antes do blog. Logo, algum lugar pode ter mudado, fechado, virado locadora, abduzido, enfim, relevem, OK?

Beijos,

Fabi

16/11/2009 - La Pasta Gialla

Oi Pessoal,

O Dicas hoje está bem Fabio Jr.: "senta aqui, não tenha tanta pressa, senta aqui..." Muitaaaaaaaa coisa para conversarmos. O e-mail é grande, divirtam-se!


LA PASTA GIALLA

Na última sexta-feira fomos, eu, Dalila, DD. Marido, sócios fundadores do PVEE (Partido da Viagem Economica Europeia), os companheiros Nívea, Joaquim, Afonso, Andreia, Flávia e Marquinhos, e, os candidatos à sócios: Priscila, Claudo, Cheila e Erik ao La Pasta Gialla, casa de Sergio Arno, que eu gastropaladarmente queria conhecer.

Mesa grande, conversa animada, votação do local para a próxima viagem (restaurante italiano, a Azzurra venceu, obviamente, batendo os outros destinos: EUA e Caribe), enfim, comer, beber, rir e jogar conversa fora, para completar a lista das melhores coisas da vida só cama.. no bom e no mau sentido...rsssssss.

Bom, vamos ao que interessa:

1) AMBIENTE - eu amei, primeiro porque sentei de frente para sobremesas!!! Quer coisa melhor que comer paquerando um chocolate, uma tortinha? Não tem! O lugar tem um salão interno, climatizado (não sentem embaixo do ar, é muito frio para quem fica na ponta), e uma varandinha charmosa. É bonito, tem uma coleção linda de garrafas de coca-cola, porém, as cadeiras não colaboram, fazem você ficar a noite inteira alternando a banda da bunda para não cansar.
NOTA - 7 (pelas cadeiras Kuduru e pelo ar condicionado)

2) SERVIÇO - Até a conta chegar, muito bom. Mesa grande, muitos pedidos, mas a atenção com os vinhos e a entrega dos pratos certinhos a cada um dos doze comensais valiam um 10! Porém, na hora do pagamento, o garçom ou o maitre coagiu DD. Marido a pagar os 10% integralmente, coisa que Guto até iria fazer, mas pela forma como foi tratado, acabou não fazendo e pagando só 5%.
NOTA - 6 pelo constrangimento.

3) COMIDA
Ai ai, por onde começo? Ser ou não ser eis a questão! Restaurantes italianos são filosofais! Seria o tomate o centro do mundo? A bruschetta sofre influência Darwiniana? Massa fresca ou seca? molho branco ou pomodoro? Carne ou pasta? É tudo tão dificil! Mas Fabi explica:
a) COUVERT - Obama ganhou o Nobel da paz, mas o meu voto era do pão com manteiga ou azeite, sim porque não existe coisa que apazigue mais uma fome pré cardapio que um bom, macio, quentinho e caseiro pão, melado com manteiga (de alho e ervas) ou azeite. Não existe! Faz judeus e palestinos serem amigos de infância. E um bom couvert é como um texto de Nostradamus, uma bola de cristal, nela Madame Dalila vê passado (fome), presente (couvert) e futuro(refeição) com uma precisão de acerto fenomenal. Aquela cestinha mágica de carboidratos veio com grissinis (eu amo aqueles palitos!!!) apimentados, crocantes, que faziam gangorra do paté para minha boca... da manteiga para minha boca.. delicioso! Além disso, ainda tinham pão de calabresa, torrada de alho e uma (acho eu) focaccia de tomate, com direito a vinagretinho de polvo, manteiguinha temperada, patezinho e azeitoninhas pretas. Como pode o ser vivo não comer pão? Não pode! Deveria ser garantia constitucional!
Comi tanto couvert que quase esqueci das bruschetas....
b) ENTRADAS - as bruschetinhas (não confundam Nabucodonosor com na bunda do senhor, hein?) são um dos carros chefes da casa, e meu cumpadre Afonso, lembrou-me do meu propósito ali, e lá fui eu, dando a volta na mesa, provar a bruscheta mista (tradicional, siri e carne seca). De comer rezando... A tradicional estava impecavelmente perfeita, pão bem torradinho, azeite e tomates molhados e não acidos, e queijoooo, queijooo derretendo. A de siri não me fez muita graça, parecia que Bob Esponja estava fazendo ponta no filme do He-Man, sabem? Nada a ver com o propósito italiano da coisa, é boa, mas estava deslocada no contexto tutto buona gente do pão. E a de carne seca foi uma gratissima surpresa. A carne, apesar de um tanto salgada, deitou em berço esplêndido no pão italiano, Dalila gostou bastante. Nota 9, pela intromissão do Bob Esponja na minha Tarantela.
c)PRATO PRINCIPAL - primeiramente Dalila e eu gostariamos de agradecer aos comensais que se fizeram presente, pelas inúmeras e variadas garfadas em seus pratos, pois a promiscuidade garfal admitida por vocês nos fizeram um bem danado. E é isso que importa: manter a cabeça aberta, a boca aberta, o estômago aberto a novas experiências, inclusive a de admitir que eu roube um naco do seu prato.
Bom, massa fresca é massa fresca, e Jaime Oliver já me convenceu disso toda vez que sova um raviolizinho como faz um sanduíche de sobronté-de-onté, o que, não é vero. Dá trabalho, se errar o ponto, lascou, já era a massa. Tem ciência e eu prestigio ela quando vejo no cardápio. Assim, pedi um ravioli de salmão com mascarpone (sou tarada por esse queijo, ele é Brad Pitt dos queijos, quando vejo no cardápio fico igual a groupie: Brad, Brad.. digo, Mascar, Pone, Mascar, Pone) e molho pomodoro ao basílico. Genteeeeee, divino. A massa derretia na boca, o salmãozinho desfiado ia se misturando com o mascarpone e passeava tranquilamente com Dalila, enquanto eu comia. E o molho? Nossa, o tomate foi Jackianamente estripado, cortado em pedaços minusculos, quase amassados, bemmmm vermelhos, sem acidez nenhuma e aquele toque do manjericão (basílico) que só dá o ar da graça e é um dos poucos verdinhos que amo, do alto da minha dieta loucabiótica.
Bom, como fomos de prato em prato, tenho de pontuar as delicias que provei: 1) cabrito assado por 6 horas ao molho de vinho (derramava na boca); 2) ravioli com polpetini do DD. Marido (macio e saboroso); 3) risoto de camarão, literalmente indefectível; 3) Cordeiro, muito bem feito, macio e temperado; 4) filé ao gorgozola, molinho que chegava a rasgar. Em suma, de tudo que comi, nada me desagradou, mas meu prato estava muitooooooo bom.
d) SOBREMESA - essa promessa de não comer chocolate está me matando! e não me digam que existem sobremesas sem chocolate, porque eu sei que existem, mas não se comparam ao ouro negro. Não me venham com tortas de limão, primeiro porquer quem é o limão? Limão é um invejoso, um sem graça, que por não ser doce como a laranja, nem exótico como o maracujá, se entregou às bebidas, mergulhando fundo nos drinks e cocas-cola, e fica amargo quando não é logo consumido. É a cara dele: ácido! Nem com muito açúcar deixa de ser azedo, coalha até leite. Enfim, torta de limão não é brownie, não é petit gateou. E onde eu estava com a cabeça? Pedi torta de coco? Deve ter sido influência do Bob Esponja invasor da bruschetta, óbvio que não ia dar certo, não tinha esquindin de iôiô de cocada alguma que saciasse a minha vontade de dar uma garfadinha no brownie de Flávia.. ai meu Deus, que vida dura essa a minha. Sou obrigada a reconhecer que o petit gateou de doce de leite que Nive e Juca pediram estava muito bem feito e no ponto, mas minha torta de coco, apesar de estar bem feita e gostosa para qualquer paladar normal, para a minha abstinência de chocolate não dava nem pro gasto.. é a vida, que se há de fazer? comer uma caixa de Lindt ou Godiva quando pagar a promessa...rs.
NOTA 9,5 - para a comida. 0,5 pelo siri na bruscheta...

3) PREÇO - antes que eu esqueça e Flávia me cobre, com duas garrafas de vinho chilenos e demais bebidas, deu R$ 70 por cabeça. Vale a pena, eu recomendo.

bjos,
Fabi

PS - Domingo fomos ao Acqua, na Bahia Marina, mas acho que todos conhecem. O wrap de camarão e o crepe de abacaxi com peito de perú estavam deliciosos.. adoro a vista e o lugar.
PS2 - Não tive tempo de escrever sobre o Dona Mariquita. Gostei muito da feijoada de frutos do mar e do mariene no coco. O sarapatel não sei o gosto, mas achei muito pequeno (tanto que não tive coragem de beliscar), a frigideira de siri também estava deliciosa, e a sobremesa de banana com queijo maravilhosa. Vale a pena conhecer.

19/11/2009 - Taboada

Oi Pessoal!!!!

Estou tão eufórica pelo final de semana gastronomico-comemorativo-engordation-plus-blaster-tabajara, que nem sei por onde começo!
Não, eu não voltei a comer chocolate... snif.. snif.. mas a vida tem lá suas compensações.

A primeira delas, nada como ter uma sobrinha influente-importante-cheia de cortesias!!! Final de semana em um resort (digo o milagre, mas não posso dar o nome do santo), daqueles all inclusive. Diga-se que esses lugares deveriam ser chamados de SPA de engorda, ou ter incluído um vasto suprimento de digestivos do tipo engov, sal de Andrews e magnésia bisurada, porque vá comer e beber lá na casa do 0800! Minha cabeça (e bolso) de pobre não consegue entender como rico pode ter depressão. Quero ficar rica só para ver se descubro.. enfim, comemos de lavar a jega, como se diz aqui na terrinha.

Mas vamos ao que interessa. Fomos no TABOADA!! O bistrô francês que falei no último e-mail-texto-crônica-sei-lá-o-quê.  Eu, DD. Marido, Dalila e um grande casal de amigos (que nos fez a imensa e grata surpresa de nos convidar para padrinhos de casamento deles - Dalila vai de Dama de Estômago, claro), David e Angela.

Eu dei três opções ao meu amigo australiano, e ele escolheu o bistrozinho, iupieeeeeeeeeeeeeeee, sorte a nossa, porque queria muito conhecer os toldozinhos vermelhos. Vamos aos comentários:

1) Ambiente:
Aconcheganterrimo, com luz indireta, velas, cadeiras confortáveis, toalhas brancas (adoro!), reproduções (ou verdadeiras, não sei) das obras de Carybé, fotos antigas do Rio Vermelho, enfim, tão romântico que até Dalila suspirava. A casa é a antiga residência dos Taboada, é do inicio do século XIX, com piso em madeira, bem em frente à piscina da academia Villa Forma (tão me dando motivo pra voltar a malhar ali!). Nota 10

2) Serviço:
Muito bom!! Especialmente o de manobrista, pois depois de pagar a conta, o carro já nos esperava! Garçons atenciosos e, como sempre, o olho do dono, que estava fiscalizando tudoooooooo. Nota 9,8 (um dos garçons trocou meu prato com o de Guto na hora de servir).

3) A COMIDAAAAAAAAAAAAAAA
Gente, por onde começo?  Nota da escritora: estava m-o-r-r-e-n-d-o de fome! Tava só com o almocinho do Neide´s (babá de Nando) no estômago! Mas, porém, contudo, todavia, nem digam que a fome temperou os pratos!!! Primeiro porque comi um couvertzinho de pães caseiros, torradas e patezinhos cremosinhos de azeitonas (deretia na boca); salmão e outro que estavam divinos e ajudou para que a garrafa do vinho não me derrubasse de cara.
Comida francesa, restaurante francês, agimos como franceses: entrada, prato principal e sobremesa, oui mercier!!!!
A minha entrada: foie de canard, ou seja, fígado de pato. Pode parar! Nem façam essa cara, não torçam o nariz! Ei, psiu, carinha de nojo pra comer abará, passarinha, sarapatel e maniçoba vocês não têm, então? Nem vem! UMA DELICIA! Pena que não era foie gras, que amooooooooooo, mas que entradinha maravilhosa, uma consistência de terrine, macia, derretendo na boca, frio, com pãozinho, ave, literalmente, ave! Daliva já cantava La vie en rose...
DD. Marido pediu uma bruschetta. Enorme, diga-se de passagem, que estava deliciosa também! mas meu foie de canard estava insuperável!
De prato principal pedi um risoto de camarão (sim, eu sou viciada no crustáceo. Sim, eu sou pobre, e quando saio quero comer camarão, lagosta e caviar, oras! Tô pagando!) Genteeeeeeeeeeeeee, delicia! molhadíssimo, muito bem recheado de camarões, com um molho de tomate fantastic! E como sou futuca-prato-educadinha, DD. Marido foi de risto de filé (divinamente delicioso) e, Angela, tadinha, que não é de comer muito, nos ofertou parte do seu canard, digo, pato, que cá pra nós, estava macio, suculento e com um molho de jabuticaba que pqp... eu devia ouvir mais Dalila: "começou no pato, termina no pato" ela dizia, mas não, eu não ouvi! Ela ficou o resto da noite "eu te dissse, eu te disse", mesmo com a maravilha de risoto que comi.. fazer o quê? Terapia! Já disse a ela.. precisamos nos entender melhor, discutir a relação, lombriga também tem sexto sentido.
Para finalizar, fechamos com um auntetico crepe suzette que veio em uma excelente calda de laranja bem tirada, com o toque discreto do licor de laranja, mas, que, infelizmente, tinha uma massa não muito saborosa. Na verdade, é que no dia dos namorados comemos um no Chez Bernard, e marcou.... amor à primeira mordida, sabem? Não deu para trair com o Taboada.
Nota 9,0, pelo crepe suzete.


É isso, gente! noite perfeita, companhia perfeita, a-m-a-m-o-s! Manoel Carlos e Caras é que têm razão: essa vida é festa, sorriso no rosto e vamos em frente!!!... Próxima parada: La Pasta Gialla (mas só depois da minha cirurgia na próxima sexta. Não, não vou extrair Dalila, nem fazer bariátrica - não posso! não sobrará estômago pra provar tudo isso! - só vão pegar a banda de rock: A Vesícula e Suas Pedras que tenho na barriga).

Um cheiro!

Fabi

26/10/2009 - Zen Thai

Oi Povo!!!!

Eu sei, eu sei, ando mais sumida que dinheiro no meu próprio bolso! Mas quem é rainha, nunca perde a gaiatice, claro!

Sábado e Domingo, meu DD. Marido em um arroubo de generosidade (leia-se ousadia  no cartão de crédito), proporcionou-me e à Dalila, inseparável escudeira estomacal, saidinhas que merecem caneta, digo, teclado, dessa que vos escreve.


1) ZEN THAI
Finalmente fui conhecer o Tailandês de Salvador!!! Eu malhei (não é piada, tá? vez em quando tomo tenência e vamos eu e Dalila à academia) na Villa Forma e sempre gostei muitoooo do lugar, especialmente da piscina aquecidinha à noite... só não sabia o porquê. Descobri: fica em frente ao Zen Thai! Precisamos voltar à nadar..

A) Ambiente - amei! Modernoso, meia-luz, cheio de referências à Tailândia, sem ser hare krishna demais. Cadeiras acolchoadas, altas, bacana. Adorei um Ganesha na escada, hare baba, asiático termina sempre em indiano!!!
Nota 10.

B) Serviço - Muitoooooo bom! Sem sacanagem! Da hostess ao garçom, Marcos, todos extremamente atenciosos, rápidos e eficientes. Atenção especial à descrição da tabela de pimentas e a carta de vinhos. Nota 10, com louvor.

C) de COMIDA!!!! - Em terra de cego, quem tem olho é vidente! Então, como boa baiana, fã de pimenta, sou daqueles paladares que sempre espera comer fogo e arrotar show pirotécnico. E não seria diferente a expectativa "ardorsal" de um thai!! Em abril do ano passado, na ida à Sidney, eu e o DD. Marido tivemos excelentes experiências no quesito comida asiática, especialmente a tailandesa e a indiana, e acho que fomos - eu pelo menos - ao Zen querendo que o mar pegasse fogo para comermos peixe frito!!
De cara pedimos um Mix de entradas muito bom (a exceção da costelinha que estava meio desenxabida, com cara de quem fugiu do Outback ou do DOC e se perguntava "que é que eu tou fazendo aqui"), contendo roll de carangueijo, bolinho de salmão e uma cestinha "apastelzada" de carne com amendoins e noz moscada. Excelentes!!! Elas vêm acompanhadas de uma "escala" de molhos de pimenta... da mais fraca a mais ardida, em potinhos de molhos, com mais um chutney de manga e uns vinagretezinhos para por em cima.
NOSSAAAAAA, amei! especialmente o roll de caranguejo e a cestinha!!A pimenta mais forte é bem fogo nas ventas, e, por cima, foi tudo de bom, é a verdinha inocente, mas não se engane, pimenta no dos outros é sempre caviar.
Como prato principal Guto pediu um pad thai de carne (grau 1 de ardor) e eu um talharim de arroz com lulas em grau 2 pimentas de ardor. Comparados aos que comemos em Sidney são só boas, mas, como diria o tabaréu soteropolitano, "a nível de Bahia, de Salvador", muito bons! Especialmente o meu, que com duas pimentas de indicação, no meu ver poderia ser uma só...mas como disse, pimenta no dos outros é doce de leite..
DD. Marido tem horror, trauma mesmo, de mexilhões. Já eu, adoro, mesmo com um memorável episódio gastro-intestinal que não convém recordar. E por ser fã dos bichinhos, sempre com um olho no Padre e outro na missa rezada na mesa ao lado, quase peço um para provar do pessoal à direita, que saboreava os molusquinhos em um lindo caldo que cheirava e soava como a musiquinha que a cobra de Mogli, o menino lobo canta: "venha a mimmmmmmm" mas fiquei só na inveja branca da mesa..
Não sei porque não sigo meus instintos. Como fiz promessa (sério mesmo, sem sacanagem) de só comer chocolate no aniversário de Nando, meu filhotão (e lá se vão seis meses sem o ouro negro), tenho de manter o nariz - e a boca - na direção de outros doces. Ocorre que, não sei onde estava com o paladar - provavelmente na mesa alheia -na hora da alegria, deixei me levar pela indicação do garçom e pedi um mil folhas de abacaxi e não o cheesecake de lichia que Dalila gritava... Na minhca cabeça imaginei algo com um apfelstrudel de abacaxi com sorvete em cima, enfim, folhado, ou folheado = massa folheada. Ledo engano, senhoras e senhores! Veio umas fatias fininhas de abacaxi em calda caseiro, com um sorvete de coco em cima, temperado com hortelã e cardamomo por cima... como abacaxi, estava um excelente sorvete!!! Não chega a arrepender, mas o folhado da fruta achei muito doce. Compensa pelo sorvete que é delicioso. Dalila saiu emburrada, mas que se há de fazer? A Inês já estava na missa de sétimo dia!
Então, gente, para quem não curte pimenta, não curte comida exótica (hellooooo, a gente come sarapatel e maniçoba, bicho!), nem misturas com curry, leite de coco e afins, não vale a pena. Para os que são chegados a uma ardidinha,a um "vamos ver no que vai dar", e pensa com o estômago, VALE E MUITO! Enfim, um excelente jantar! Nota 8,5 (pelo arrependimento da sobremesa..)

D) Preço - Bom e barato só pastel de feira, então preparem o bolso ou o cartão de crédito... preço de Soho, La lupa e afins.

E) OBS - ao sair do Zen vi um lugar com uns toldinhos vermelhos tão bonitinhos que só podia ser comida!! é o Taboada... pesquisando na internet achei esse site http://www.guiagourmetbahia.com.br/home.php e já decidi que a próxima parada é o bistrô francês da esquina da Villa Forma para ver o que há além daqueles lindinhos toldinhos vermelhinhos.. espero que croissantzinhos, crepezinhos suzetinhos, quichezinhos e outras coisinhas lindas e deliciosas!


2) SPADACCINO.
Mãe e pai com filho pequeno em final de semana de chuva vai para? Para o hospício, se ficar em casa com os pequenos ou ao Shopping! Prefiro o shopping, apesar de sérias dúvidas acerca da sanidade mental familiar..

Assim, domingo, DD. Marido, dd. Filhão e minha mãe à tiracolo, de baby-sitter, ou como ela mesmo se auto intitula office vó, fomos ao Salvador Shopping almoçar e comprar um organizador de brinquedos.
Há uns quinze, vinte dias, tinhamos almoçado no Australia, lá no shopping também, porque, viciados em Sidney no tal do filé de boi Angus, criamos inúmeras hipoteses de degustar uma carninha, o que se tornou em completa decepção para nós, Dalila inclusive, pois estava mais para cangurú perneta do que para Australia mesmo. Como almoço de Bonaparte, vale a ida.. e só.
Contudo, porém e todavia, sabe-se que nunca almoço o meu prato, especialmente em praças de alimentação: almoço o lugar, o que o meu vizinho de mesa pediu, o cheiro... tudo culpa de Dalila, a super lombriga e seus poderes extrasensoriais. Então, no almoço do Australia, infeliz com meu arroz Vaticano - papa, papa -  de funghi, fiquei lendo, vendo e cheirando o que vinha da opção ao lado, o Spadaccino. Com umas fotos e pratos de comida italiana, estilo o Masseria tb do shopping, bati os olhos no quadro negro com o menu do dia: Gnocci de beterraba ao molho de gorgonzola. Bingo! Era a senha para voltar lá. E fomos.
Para comida de shopping?? Muito bom!! O tal do gnocci é uma delícia (para quem não gosta de gorgonzola e creme de leite, pode ser um tanto enjoativo, para quem gosta: vai adorar). E mais: pedi um raviolini com molho de linguiça e tomates fantástico! bem recheado de muzza, molho saboroso, um delicia, capice? bem domingão mesmo! Ah! e o detalhe, como Guto e eu pedimos o mesmo prato, pagamos um preço só! Otimo! Dia de muito, véspera de pouco já dizia meu pai...rss. Depois do rombo do Zen, a economia veio a calhar!!! Recomendo.


Beijos, Gente!!!


PS - mandei depois do almoço para não dar fome!

18/05/2009 - Boca de Galinha

Oi Povo!

Estou devendo esse comentário há dois meses pelo menos!!... Mas como tenho uma desculpa lá em casa de dois meses, que mama, chora, quer colo e é lindo, chamado Luís Fernando, acredito que estou desculpada...rsss 

Depois do comentário de Boca de Galinha, vou tentar resumir a experiência cultural-gastronomica-social-endividadora que foi Londres e Paris.. para a turma do PVEE (partido da viagem economica europeia) que esteve comigo, será uma homenagem... mando em breve.

Ah!! Vocês já sabem que o bairro do Sodré está passando pelo Projeto de Santa Tereza - Revitalização do Sodré que atrairá empreendimentos âncoras para a região, entre eles restaurantes (La Parrilla Porteña, Emporio Ravioli e Bráz Pizzaria confirmados), um hotel da rede Txai (40 apartamentos). Já pensaram? Quanta novidade para minha lombriga?



Sigam-me os bons, como diria Lú, amiga-cumadre..


05/02/09

Oi pessoal,

Ao som de "psiu, psiu, menina linda do bumbum empinadinho" e coisas do gênero: "diga pra mim qual o seu nome, eu quero ser, quero ser o seu homem" fomos fazer um passeio - como diria Maria Menezes - p-i-t-o-r-e-s-c-o pela enseada dos Tanheiros, rumo a Plataforma, para almoçar último domingo no famoso Boca de Galinha.

Para os que moraram na lua ou Marte nos últimos meses, Boca de Galinha é, na boa definição de S. Costa, meu pai, um "cacete-armado" em Plataforma, com vista pro mar, que serve comida baiana, e está na lista dos top five points de Salvador, desde que saiu em programas de TV, jornal, e na boca dos "des-colados" etc...

Eu e Dalila - fiel escudeira e inseparável lombriga - temos várias considerações a fazer....

"Você já foi a Bahia, nego? Não? Então vá..." No espírito baianíssimo de ser, antes de irem à Boca acendam seis velas: Shiva, Lenon, Gandi, Che, Dalai Lama e Buda! Além claro de incorporar um espírito Caetanístio-gilbertino-cayminente de ser, pois é preciso uma boa dose de paciência, um desprovimento total e completo para aceitar a simplicidade (leia-se, cadeira plástica, filas, sol escaldante na moleira), a baianidade (leia-se espera longaaaaaa, barulho da zorra, "menu" de caderninho) e outras cositas mais para ir comer uma moqueca tão longe....


Como passeio, Boca de Galinha é um ótimo restaurante, porque pela comida, tão somente, não compensa o deslocamento e o desconforto. Em compensação, como você já deve estar de sandalinha rasteira, com sua camisa de Che e um discurso de igualdade BobMarleyano pronto, considerando a vista, o passeio de barquinho, e o preço, com uma boa turma, vale, e muito, a pena conhecer!

Há duas opções de se chegar em Boca, uma via Avenida Suburbana, retorna no Bompreço e entra na direita da Igreja Universal de Plataforma, ou via mar, deixando o carro na Sorveteria da Ribeira, pega-se um barquinho no Terminal Maritimo Municipal (bem em frente a sorveteria mesmo), paga-se R$ 1,00 por pessoa (com direito a maravilhosa trilha musical apontada e um desfile de moda praia impagável), e atravessa-se a enseada até a estação de trem/barco Almeida Brandão, em Plataforma. Dali, sobe as escadarias (lembra da rasteirinha..), pega a direita e na terceira ou quarta casa (ou até você vê algumas SUV´s e importados na porta) pode entrar.. ou sentar do lado de fora, sinta-se em casa, de Noca.. literalmente...

Pegamos o bargodeiro (barquinho pagodeiro) por volta de meio dia e pouco e lá fomos eu + Dalila +Nando, com o DD. Marido, e os companheiros de almoço Flávia, Joaquim, Nívea, D. Esmeralda, Paulo e Marcos Carneiro, além da pequena Maria Fernanda (que amou o almoço pitoresco). E, sem dúvidas, a ida pelo mar tem uma vista muito linda (além da sensação incrível que é ver a Sorveteria da Ribeira chegando em sua direção na volta, e o cardápio dos sorventes passando pela cabeça, naquele sol.. ai ai..)

Bom, vamos ao que interessa:

1) AMBIENTE - é um puxadinho, numa casa simples, que tem uma senhora vista mar.. é quente, cheio, com cadeira de plástico Brahma, garçons suados, ventiladores que não dão conta do recado, e que quando o trem passa na linha da Leste a criançada (e muito marmanjo também) corre pra ver.. Só isso já vale ida, digo, a risada! Se acendeu as velas, relaxe e aproveite. Meu marido viu até Jesus nesse dia.... um pescador andando pelas águas rasas da Baía, mariscando! Topou até aqui? beleza!

2) COMES E BEBES - não existe cardápio. Boca tem cadernetas onde escreve os peixes do dia, que saem em moqueca (além da de camarão, que é "fixa"). Tira gosto é um só e, invariavelmente, envolve peixe, farinha e o chiado e cheirinho da fritura, que, na fome da fila de espera faz você pedir uma porção e se lambuzar sem pensar em HDL, LDL e afins...
A cerveja é gelada! Olha só, uma maravilha! De frente pro mar, cerveja gelada, bons amigos, petisco frito, só faltou Anthony Bourdain e um torresmo pra acompanhar.
A moqueca, em sim, lembra a que Maria, secretária do lar de mais de 40 anos, faz.. é de caldo mais ralo, com muito tempero. Saborosa, mas para quem é fã de um caldinho encorpado, deixa a desejar. E, no dia que fomos, o camarão parecia que estava de rotavirus, magrooooo, desidratado que só.. de dar pena. Estava em quantidade, mas tamanho....
Pedimos uma moqueca de "arraia" (raia), que, pelo caldo que ficou no prato devia estar muito boa (essa comentarista não suporta raia..). O feijão que acompanha é uma delícia e a farofa idem, fazendo a invariável "argamassa" que tanto nos deixa sonolentos depois do almoço.

3) PREÇO - barato demais.. duas moquecas de camarão, meia de arraia, umas boas garrafas de cerveja e refrigerantes, para oito pessoas 8 pessoas e meia deu 20 conto.. beleza em épocas de farinha pouca, meu pirão primeiro!

A nota? Pra mim, sem meus amigos, as risadas e os papos, 6 pra comida, 10 pela vista. Vale a pena? Vale.. é um lado da cidade que pouca gente conhece (não ia a Plataforma/Itacaranha há mais de 20 anos, desde que minha vó Ceição vendeu a casa que tinha até jaqueira no quintal), a criançada acha o máximo o barquinho, o trem, e, cá pra nós? sustentar camarão pra família grande a 20 por cabeça é uma maravilha.....

Dendê, alcool, barquinho e sorvete da Ribeira (que para mim, pelo menos o de Mangaba, meu vício, anda perdendo para a Frio Gostoso) é uma combinação perfeita para um sábadou ou domingo de preguiça... só faltou uma rede embalada por Gandi, Buda, e Shiva... um puro com Che, e Caê, Gile e Caymmi cantando na volta...

Beijos!

Fabi

26/01/2009 - Casa Lisboa

Oi pessoal,

Precisei apelar para Ivete Sangalo cantando "Vai buscar Dalila.... vai buscar Dalila ligeiro, ligeiro, ligeiro...." para conseguir que minha temperamental lombriga fizesse as pazes comigo.

Explico: como ela anda tendo de dividir espaço com Luís Fernando, meu filhão que carrego há 32 semanas na barriga, não andava lá muito feliz nem tentada a provocar qualque experiência comensal a esta que vos escreve.

Após alguns meses de terapia de grupo, eu, Dalila e Nando conseguimos nos entender, superando o trauma dos primeiros meses de enjôo, as azias insuportáveis e, enfim, o pouquíssimo espaço para a comida.

Na verdade, nada como uma viagem para despertar o ânimo de paz entre este trio. Então, as cinco noites em Paris foram fundamentais para que a o meu Hamaz (Nando) e Israel (Dalila) fizessem a paz, e, após muito chocolate, croissant, queijo e iguarias jamais provadas, dessem uma trégua a Faixa de Gaza (Eu).

Enfim, ontem, selamos nosso tratado de paz em grande estilo e estamos de volta. O Dicas da Fabi 2009 deseja a todos um ano gastronômico maravilhoso e ele começou muito bem, ora pois!

Ontem fomos ao Casa Lisboa, português ali do Jardim Apipema, onde recebemos, eu, o DD. Marido, a Lombriga, Nando e os sogrões um tratamento - barba, cabelo e bigode - que há muito não via em um restaurante.

Vamos à resenha:

1) Ambiente - o restaurante fica em uma casa do lado do Mariposa/Jóia, na entrada de uma rua sem saída, que tem um pracinha no meio e um monte de prédio igual, todos batizados de Maria alguma coisa.
Discreto, mas charmoso, tem uma decoração clean, mas bem aconchegante, um hostess e o próprio dono, Mario (simpaticissimo, por sinal), sempre à porta para receber, e além de um salão intimista, um alpendre com mesas do lado de fora muito legal também.
As mesas forradas com boas toalhas brancas acompanham confortáveis e altas cadeiras de madeira e convidam à comilança. Nota 9,8 (esqueceram os guardanapos antes dos aperitivos chegarem à mesa).

2) COMIDA

Já na entrada fomos surpreendidos pela visão magnifica de uma leitoa inteira assada que cheirava igual a desenho animado, sabem? deixando eu e meu sogro (mineirão que só ele) babando e quase fluuando que nem os personagens da Disney por torta de maçã.. Gente a leitoa tava rindo para nós.. eu tenho certeza.
Pior que fomos lá comer bacalhau, mas eu e seu Alair ao bater os olhos no porquinho mudamos radicalmente de opinião. O problema estava criado: a leitoa não está no cardápio, e só sai por encomenda. São cinco quilos! servem umas 8 a 10 pessoas! e tem de pedir com no mínimo 48hs..
Eu juro que eu estava quase levantando e indo na mesa dos portugueses que comiam a leitoa para, exibindo o barrigão de gravidez, pedir, pelo amor de Deus, um pedacinho da carne, para Nando não sair a cara do porquinho.
Fui impedida pela leitura do cardápio e a imagem da entrada que o garçom indicava sardinhas enroladas no presunto Parma assadas com molho de tomate e pão... Dalila esqueceu o porco...

Entradas - Como já eram quase 2 da tarde e eu sem almoçar, éramos a imagem do Demônio da Tazmania na mesa, eu, Nando e Dalila precisavamos urgente de comida! Então, pedimos as benditas sardinhas, uma cesta de pães requintados (só pedi porque tinha esse nome, juro!) e um caldo verde.
Primeiro vieram as sardinhas. Eu, sempre fã das pobres coitadas enlatadas, quase desmaiei ao provar um pedaço daquilo.. gente, era a visão do paraíso. Um toco de pão tipo baguete, regado de azeite de oliva, com duas sardinhas assadinhas em cima, e molho de tomate no topo e escorrendo pros lados.. além de um molhinho meio iorgute/meio vinagrete de alho no canto.. Pensem num negócio bom? multiplique por cem, chega perto. O Parma fica assado crocante, a carne da sardinha pega o gosto do defumado do parma e aquilo tudo molhado de tomate.. .nossa.. comi rezando... Nota 10!
Não provei do caldo verde, porque eu já ando fervendo e não aguentaria experimentar nada quente, mas os companheiros de mesa aprovaram, e tinha uma linguiça dentro que tava com uma cara ótima!!!!...rs.
Agora a tal cesta de pães requintados foi a surpresa do dia.. gente, que era aquilo? Quando o português falou em um tal muffin de milho fiz uma cara de que não ia curtir muito algo que lembrasse uma broa salgada, mas dei a língua a palmatória...rs Não só os pães (principalmente o de parmesão) estavam divinos, quanto os acompanhamentos (vinagretinho de polvo, queijo temperado, azeitonas e pasta de grão de bico), mas o bendito muffin deu problema....rs.. eu e minha sogra dividimos até o último farelo! e como ela não se fez de rogada, pediu uns de brinde para levar para casa e o português arrumou!!! Iupieeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!! Nota 10!

Prato principal - Meu problema com cardápios é a minha capacidade imaginativa-gustativa... eu começo pensando em bacalhau e no final já me imagino comendo a massa!....e ontem não foi diferente. Certa de comer o peixe larguei tudo por um arroz de frutos do mar, porque tal qual um viciado em drogas, eu podia jurar que o polvo, a lagosta, o camarão, a lula e os mariscos estavam dançando fado na minha frente e me convidando a bailar.. não pude resistir. Só pedi ao garçom porção individual, porque ninguém na mesa precisava me ver dançar fado com os amigos de Bob Esponja. Além disso, pedimos um Bacalhau à Lisboa e um Bacalhau Gratinado Lentamente.
Não preciso dizer que o arroz com a banda do fundo do mar cantadora de fado me deixou em estado de êxtase, né? Gente, na porção individual comeu eu, provou Guto, meu sogro e ainda levei pra casa! Sabe a D. Lagosta cantadora? veio uma rabeta inteira dela!!! Tudo bem, tudo bem, a banda de fado de Netuno parecia ter sido atacada por Jack, estripador, pois estavam sem cabeças, mas vieram todos! um rabo de lagosta, um camarão azul inteiro, um rabo de lula inteiro, uma perna de polvo inteiro! Isso sem falar nos demais pedaços dentro do arroz, que tinha um caldinho levemente apimentado, com pedaços de aspargos e pimentão dentro... coisa de louco! Nota 10 com louvor!
Como eu não conseguiria sair sem provar os demais pratos, digo-lhe com precisão: o tal do Gratinado lentamente faz jus ao nome, macio, derretendo na boca, em cima de uma caminha de purê de batatas assadas, com azeite caindo pelas tabelas e vegetais que de tão bonitos dá até vontade de comer, me deixou impressionada. O seu companheiro, Bacalhau Lisboa, não ficava para traz. Mais tenro e seco, posto que grelhado, tinha um quê de noz moscada, mas acompanhava batatas ao murro e molho de tomate que p...q..p.... delicioso!!! Nota 10 para os bacalhaus também!!!! Ah! o prato para dois comem 3 com satisfação...
Ai, ai.. extasiada com a comilança, Dalila já dançava fado com Nando na barriga.... mas faltava o grande final....

Sobremesa - Como comi demais, não tinha espaço para nada muito grande, então decidi não arriscar, em Portugal façamos como os portugueses, Mario, manda aí uns pasteizinhos de Belém... Pessoas, estou ouvindo os sinos até agora!!!!!! Pensem em pasteís com folhado crocante e semi caramelado, com um recheio bem levinho, adoçado no ponto que derretiam na boca? Eram eles!!! quatro unidades lindas no prato, acompanhando um cafezinho expresso bem tirado.. Nossa, até quem é diabético pediu perdão a Deus e cometeu o pecado!!! M-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!!!! Comi e saí de lá com vontade de levar uns pra casa para tomar com o café das 17hs....Nota 10.

3) SERVIÇO - Como eu disse hoje ao meu fiel leitor, Dr. Sérgio, há anos não entro e saio de um restaurante tão satisfeita... Da entrada, literal, da porta, ao café fomos muito bem tratados e servidos, e senti uma enorme segurança nas dicas dos garçons, que não queriam empurrar um prato, mas narravam as delicias do chef pro dia e os pratos da casa com muito prazer e certeza. O dono do lugar de mesa em mesa ouvindo e conversando com os clientes faz a diferença também. Simpatissimo, brincou conosco várias vezes, fez questão de dar o telefone dele para encomendarmos a leitoa, e ainda mandou dois pãezinhos de parmesão e dois muffins extras para nós!!! NOTA 10, com louvor...

4) PREÇO - Como tudo que é bom custa caro, não engano vocês, leitores, o local não é barato... em média de R$ 50,00 a 70,00 por cabeça, mas valeu cada centavinho que meu DD. Marido pagou....rs.. 

Toda vez que Ivete cantar "Vai buscar Dalila, vai buscar Dalila ligeiro..." se for para o Casa Lisboa ela estará pronta!!!!...

Beijocas a todos!

Fabi, Dalila e Nando...

17/03/2008 - Salvador Shopping

Olá Pessoal,

Como diria o Rei "eu voltei, agora pra ficar... porque aqui, aqui é o meu lugar". Voltei com mais uma Dica da Fabi para "você meu amigo de fé, meu irmão camarada..."
Entonces. Quinta-feira passada, após bater perna no Salvador Shopping, resolvi sentar no Ferreiro, ali na área gourmet do shopping.

Confesso que a casa me atraia desde a inauguração simplesmente por ter o nome parecido com os dos meus bombons de chocolate prediletos (Ferrero Rocher - nota 4,6 na Veja como Ovo de Páscoa, ocês viram?). Enfim, na minha imensa capacidade imaginativa, sonhei com contas chegando recheadas de bombons, sobremesas à base de bombons, garçons insistindo em me dar bombons... não é só Alice que vê coelho, né gente? Para alguém como eu que sempre que pensa em estômago embrulhado imagina o órgão em papel vermelho de bolinhas brancas com laçarote em cima, não é nada nada dificil crer em um restaurante assim.

Vamos ao que interessa, gostei do lugar, hein^? "São tantas emoções, bicho". Primeira informação, o dono é o mesmo do Leite, restaurante tradicional (125 anos) e famoso de Recife, o que já garantiu alguns pontos no meu score. O lugar é dividido em boteco (mesas na varanda) e restaurante (mesas internas forrradas com toalhas), mas nada impede que você aprecie as boas coisas dos dois. E, obviamente, foi o que fizemos: eu, Alice, e meu DD. Coelho, digo, Marido.

Eu deveria ter dois estômagos, pois em ocasiões como essas poderia provar de tudooooooooooo, mas como não tenho, tive de ir selecionando coisinhas deliciosas pelo caminho. Segue a ordem:

1) Suco de uva - da fruta!!! Não via suco de uva da fruta desde a época do Cacau de Ouro, casa de sucos que ficava no lugar onde é hoje o SuanLouan, na AIrosa Galvão. Peçam! Vale cada centavo. Nota 10. Aliás, o lugar é cheio de sucos de fruta frescos, o que, ultimamente, tem sido a única opção que eu posso fazer, a fim de acalmar meu gastroenterologista cada vez que tenho crise de gastrite...rs.

2) Couvert - Estavamos com tanta fome que precisávamos acalmar Dalila, minha inseparável lombriga, até que o jantar saísse. Além disso o maitre falou palavras mágicas na frente de um mineiro "alho ao forno" que, automaticamente, fez com que Guto pedisse o tal couvert. Muitoooooooooooooo legal. Adorei. Passa longe dos pães de queijo do babybeef e cia ltda, e traz inéditos grissinis (palitinho de massa com erva doce que comemos em fondues e patês); saladinha de tomate com manjericão, presunto no azeite e noz moscada, patê de presunto com queijo, cestinha de brioche e torradinhas (muito bons, por sinal), azeitonas pretas derretendo na boca e o bendito alho ao forno. Vampiros de plantão fujam! É alho pra todo lado e eu amei! O tal alho ao forno é algo sensacional. Pense numa cabeça inteira de alho quase caramelizado, é isso. Você vai tirando os alhos dos gominhos, misturando com a salada (que também tem alho fresco, o que a torna bem forte de sabor), comendo um, comendo outro e quando vê, acabou o courvet. Nota 09 para o courvet, pois a manteiga veio muito gelada.

3) Comidinhas de boteco - Bom, no meio da sessão acalma lombriga, um dos garçons passava toda hora por nós cantarolando as maravilhas emagrecedoras dos petiscos que ele carregava, tais como, empadinhas de carne, palmito, camarão e queijo; quibes, coxinhas e afins. Até ali nada além dos olhos marejados de Guto namorando uma empadinha, que não foi comida, em razão dos ciúmes do alho ao forno que insistia em nos chantagear.
Contudo, Dalila ao ouvir do garçom cantador "coxinha de caranguejo" praticamente me pôs a implorar pelo petisco. E nós, que já estávamos olhando o menu do jantar, paramos para fazer as vontades da moça.
Gente, que delícia era aquela?? Pense em uma casquinha de caranguejo, só carninha. Pense em uma massa de coxinha. Pense nisso tudo bem fritinho (os chiados do óleo sempre foram música para meus ouvidos). Junte tudo, ponha limão por cima e coma!!! Depois reze, por aquilo é divino!!! Eu amei! E se não bastasse toda a carninha do caranguejo dentro, ainda vem uma patolinha no fundo, cheia de carne!!!! Só digo uma coisa: deu para dividir com Guto!!!! Vou voltar lá só para tomar chopp  (Brahma) ou uma Stelinha Artois (que geladinha é tudo de bom) e comer as empadinhas renegadas e a cozinha de caranguejo. Nota 10.

4) Jantar - Com Dalila mais calma, as coisas perdem um pouco do brilho e meu paladar, depois de tanto alho ao forno, ficou completamente compremetido, então não curti bem o jantar. Pedimos um filé ao funghi para dividir (os pratos lá são individuais, mas das duas uma, ou estou ficando velha ou é praga do gastro, pois já não consigo jantar mais como antes). Enfim, vou ser bem honesta, o filé estava delicioso, bem selado, ao ponto, molinho, mas o molho de funghi estava cremoso demais e com funghi de menos. E o "risoto" de queiijo, na minha humilde mão de cozinheira-metida-a-gourmet, mais parecia arroz esquentado com creme de leite e parmesão. Deixou a desejar, mesmo vindo em uma super apresentação, com aquelas tampas que o garçom retira na sua frente e que eu adoro!!! mis-en-cene da zorra....rs.. Nota 7,00 pela carne.

5) Sobremesa - O Leite em Recife, é famoso pela Cartola. Uma sobremesa de banana grelhada com telhado de requeijão, açúcar e canela. É muito gostosa, mas não é a minha praia. Eu achei seca demais, sem um caldinho ou algo fluído que fizesse a ligação ou amenizasse as duas texturas: banana e requeijão. Guto, como bom mineiro adorador de queijo, comeu tudo, mas eu ainda prefiro coisas cremosas. Nota 7,5.

Resumo da ópera: Eu dou nota 8,00 pelas entradas, courvet e atendimento (muito simpático e ágil conosco). O menu tinha massas e risotos com descrições interessantes que me pedem para retornar... isso sem falar na inesquecível coxinha de caranguejo.

Semana que vem quero ir ao Grandechefe (acho que é esse o nome), restaurante novo no Morro do Gato. Conto tudo depois a vocês!

Beijocas,

Fabi

P.S - A conta com os bombons só nos balõezinhos imaginativos desta cabeça-estômago....rs

03/12/2007 - La Lupa

Oi Pessoal,

No Dicas de hoje ficam registradas minhas impressões sobre o La Lupa da Ladeira da Barra, mas antes uma notícia de bastidor: Bartô (Soho) inaugura seu Boteco do Bartô agora em dezembro (e, não, a aquela Temakeria na Bartolomeu de Gusmão não é de Bartô do Soho).

O Boteco promete, eu literalmente fiquei com a boca cheia d´água na descrição do cardápio que Bartô me deu. A idéia do chef é valorizar os pratos típicos dos barzinhos bacanas, com seu toque pessoal, claro. Chamou minha atenção a descrição de um caldinho de camarão (não obstante eu ter dito a ele que nesta iguaria, para mim, o Bar do Chico é imbatível) e um arrumadinho de bacalhau.

É ver, ou melhor, comer para crer! A casa fica no Largo do Rio Vermelho (onde Cira do acarajé fica), entre o Suco24hs e o Hotel Bahia alguma coisa que tem ali.

Bom, vamos ao que interessa: COMIDA!!!!! Ontem, domingão, meu DD. Marido convidou-me, acintosamente, a deixar a dieta... que sacrificio! e para comer onde? No La Lupa, massa! literalmente, pasta! (os carboidratos deveriam nos emagrecer, não é? que mal pode fazer um pãozinho francês quente cheio de manteiga? nenhum!). Enfim, voltando ao almoço, é claro que topei na hora (fiquei sem jantar para compensar a gula, mas fui, claro!). Vejam, ou melhor, leiam a experiência. Eu recomendo! Semana que vem: impressões sobre a reforma do cardápio do Lafayette. Aguardem.


La Lupa

1) LOCALIZAÇÃO E AMBIENTE - Eu adorei!! Ao contrário do casebre do Pelourinho (que fechou mesmo), a nova casa é uma deliciosa varanda-meio-gazebo na Ladeira da Barra, com vista para o mar, dentro do playgrounde do prédio Yacht Privilege. A decoração em vidro, pequenos azuleijos floridos, madeira e piso de cimento queimado ficou linda com a claridade natural do lugar. As cadeiras de madeira antiga são altas e podem ser desconfortáveis para quem seja baixinho, pois vai ficar com os pézinhos balançando...rs. Enfim, excelente ambientação e localização (do lado da minha casa, praticamente...rs)... depois do almoço fiquei pensando que morar naquele prédio deve ser tudo de bom. Eu interfonaria e pediria meu almoço!....

2) ANTIPASTO e VINO - O pão italiano e o de azeitonas continua como deve ser: cascudinho por fora e macio por dentro. Com um extravirgem de primeira qualidade estava t-u-d-o de bom. Como meu DD. Marido pediu um Carmenere chileno, 2005, novinho e maravilhoso, nos aventuramos pela mesa de queijos - novidade da casa - e que delícia de aventura!! Os queijos podem ser escolhidos e pesados a vontade e estavam fantásticos!! Não deixe de pegar o Pecorino (parmesão feito de leite de ovelha, ardido e maravilhoso), os de cabra au poivre e com ervas derretiam na boca, um gorgonzola novo casado com um tipo tilsit bem molinho por dentro fechavam o prato. Amamos. Ah!! Se o garçom dos queijos perguntar se quer geléia, não recuse a de laranja e coma com o pecorino! Coisa de louco.
O cardápio da nova casa traz muitas opções de petiscos para comer na varanda do restaurante, como pizetas e bruscheta, além da beringela com muzzarela (muito boa) trazida da velha casa.


3) PASTA - Sou fã do La Lupa pela pasta fresca, mais precisamente pelo papardeli mare monti (algo que mistura massa, camarão e creme de leite só podia me conquistar), mas por causa da dieta, a opção de ontem tinha de ser menos calórica, então fiquei no risoto de camarão com molho de tomate e pecorino (estou viciada no dito queijo!) e Gutão foi de ravioli recheado com robalo. A espera (risoto de arroz canaroli é que nem de arroz arbório, leva meia hora para ficar pronto) valeu cada minutinho.
S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l.
Meu risoto veio molhado, no ponto, al dente e, o melhor, fervendo! (odeio comida meio quente). Enfim, de comer rezando. O ravioli/raviolini/sei lá como é o nome da massa de Guto tem um aspecto a principio assutador: é cinza-chumbo, parece feita com tintura de lula!... mas o sabor, meus caros, que sabor! eles vêem com tomates que nem em Pomarola de lata se vê tão vermelhos (aliás, quero saber onde vendem tomates assim em SSA!), misturados com alho e manjericão.... ai ai..
Ambos os pratos são leves e maravilhosos. Individuais, em boa quantidade e perfeitos! Não percam... (ah, o mare monti continua lá no cardápio para quem quiser provar....rs).
Sansão, meu computador, marido de Dalila, minha lombriga, sofrem com esses e-mails!!!!


4) SOBREMESA - Essa foi a parte mais esquista e maravilhosa do almoço. Quando chegamos ao restaurante vi uma mesa cheia de japa/china falando, obiviamente, em japa/china. E fomos acomodados justamente ao lado deles.
Eu acho japa/china muito engraçado, porque a fala é cheia de aiii..eiii....rs. Enfim, almoçamos, e pedimos a sobremesa: Brigadeiro de chocolate amargo com café (acompanhados dos irretocárveis docinhos de chocolate com cornflakes - acreditem, ainda faço aquilo em casa).
A sobremesa chegou e meus olhinhos ficaram cheios de amor...A visão do paraíso: uma taça com um creme mezzo ganache, mezzo mousse, com grãozinhos de café em cima e farelos de chocolate amargo (e, claro, com meus dois docinhos de cornflakes do lado).
Olha, vocês sabem que minha escala é decente, sacanagem e pqp. A danada da taça é pqp.... maravilha!!
Porém, tive de dividir com Guto! (maldita dieta)...rs.
E, pior, no meio da sobremesa, eu olho para o meu DD. Marido e vejo ele dando risada e fazendo sinal de positivo com o dedão. Quando paro para entender a coisa, vejo Guto "dialogando" com os japa/china da mesa do lado! E, mais, chamando a mulher para vir na nossa mesa.
E não é que a véia veio? Quem era ela? Nada mais, nada menos que a dona do Aogobom, aquele excelente natureba-chinês do Rio Vermelho!! Se apresentou, perguntou se "a sobremesa é boa, né?"
Disse que ela é a responsável pelas sobremesas do Aogobom e que se lembra de mim no restaurante dela, (da ida com D. Luiza e os elogios à torta de maçã que fizemos, só pode!), mas não se conteve, pegou a colher dela e roubou meu brigadeiro, com o consentimento e convite de meu marido.
Ai meu pai, quase esfaqueio a japa/china... mas depois fiquei pensando na possibilidade da sobremesa de graça do Aogobom e desisti da idéia...

Bom, é isso. Almoço de domingo perfeito. Nota 10 para o novo La Lupa.

Beijocas,

Fabi

P.S - Não deixem de ver a cozinha pelo vidro. O dono é um italiano com um tique nervoso de enconstar a cabeça no ombro e gritar com os sous-chefe e demais membros.. a risada disso já vale a ida ao lugar...

P.S 2 - O recesso vem aí, quem sabe o blog não sai dessa vez?

22/01/2008 - Dicas de Verão II

Oi Pessoal,

Continuando as incursões comestíveis pela Soteropólis de sempre, a bat-advogada-metida-a-gourmet e seu fiel escudeiro, Guto, seguem comendo, (engordando, claro!) e se divertindo por aí.

Em busca da refeição perfeita e caçando os destruidores de papilas gustativas, a paladina do palato esteve nesse fim de semana em dois lugares que andam na boca do povo: o DOC Casual Dinner e o Santa Pizza.

Vamos ao que interessa. O DOC ganha de lavada!!! O Santa Pizza é, como diz minha amiga Lú, "balaio novo, três dias de fogo", para o meu gosto, não se sustenta mais meio verão.

Então já para os comentários:

1) DOC CASUAL DINNER - confesso que esperava um local de vanguarda, mas vi um ambiente de gente jovem, descolado, com um quê de tradicional-elegante-chic que não consigo achar palavras agora. E apesar do conceito da casa ser de comida rápida ou jantar casual, o ar noir-madeiroso não passa essa impressão (hoje eu estou dificil com os conceitos, mas vamos lá).
    a) Ambiente - Casa na esquina da rua das Dálias com a Paulo VI (em frente ao Aice sushi ou zushi, nunca sei), com fachada de vidro, mesinhas de espera de madeira numa espécie gazebo na entrada. Parte interna bem amadeirada, escura, com som ambiente de DVD´s em plasmas ou LCD´s. Bonito, confortável, gostei. Nota 8,00 (esperamos demais por uma mesa, e a hostess parecia estar dando preferência a outras pessoas...)
    b) Serviço - Esse me surpreendeu. Apesar de ter enviado um dos pratos para a mesa ao lado, primam pela limpeza das mesas e troca de copos e pratos com agilidade e simpatia. Nota 9,00 (pelo meu camarãozinho ir para na mesa ao lado).
    c) COMIDA - Não comparem coisas incomparáveis. É a primeira dica para ir ao DOC. Como a casa é uma steak house (como o Outback, ai que saudade...) o forte é carne, ponto. Então, não dá para compararar as costelinhas da grife Angus (raça de boi famosa no mundo todo - sabiam que um hamburguer no Burj Al Arab, aquele hotel famoso em Dubai, custa 60 doláres e é feito de carne da mesma raça, abatida em não mais que 20 dias? Discovery Travel & Living é o canal!!! Ainda vou me hospedar naquele hotel) bem molinhas, num delicioso molho barbecue, acompanhado de esplêndidas, macias, e suculentas bananas e batatas rôsti, com nada do cardápio depois.
É simples assim: provem a bruscheta da casa (não pelo queijo (que achei pouco), ou pelo tomate (muito bem escolhido), mas simplesmente pelo pão italiano feito no próprio DOC pelo chef Caco Marinho).
Depois sigam pelo cardápio, passeando pelos camarões empanados no coco, para por último provarem a costelinha, ok??
Senão correm o risco de fazerem que nem meu amigo, e leitor assíduo das minhas baboseiras gastronômicas, Marcos Carneiro, e acharem o camarão fraco. Ora, tudo fica fraco depois das costelinhas que derretem na boca.. até meus dedinhos ficam fracos para digitar só de lembrar daqueles ossinhos se separando da carninha... nham, nham, nham...
Ah! Tem a sobremesa! Eu como com os olhos, é fato. E a foto de um simples pudim todo emperequetado no cardápio me chamou a atenção. Contudo, Dalila, minha lombriga, depois que li sobre a de chocolate (acho que é Chocolate em textura, em experiência, sei lá) ficou muito ouriçada com a possibilidade de comer, numa só sobremesa, chocolate em ganache, sorvete, bolo, e afins. Dalila sempre ganha de mim. Perdi, pedi e não me arrependi. O crocante que vem de enfeite é uma delícia, imaginem o resto da sobremesa. Detalhe, é grande para uma pessoa só (não obstante a minha revolta com os filadores de sobremesa, essa, de fato, dá para dividir sem espetar a mão do vizinho com o garfo). A companhia, maravilhosa, de empunhadores de garfos da mais alta qualidade foi também sensacional! Nota 9,00 (pelo queijo da bruscheta). Como diria Esqueleto de He-man, "Eu voltarei..."

2) SANTA PIZZA - Acho que das pizzarias recém inauguradas em Salvador (Piola, Carcamano, Santa Pizza e Colombo), mesmo sem conhecer a Carcamano ainda, a Santa Pizza não faz milagre. Ao contrário, xinga os deuses das boas redondas. O lugar, escondido naquele larguinho do parque cruz aguiar, atrás da rua ilhéus, onde era o Paraíso Tropical, mais parece uma casa de antiguidades ou bazar de decoração, que uma pizzaria mesmo. Apesar de ser romântico, com velas nas mesas, muita madeira, e pouca luz, não decola, nem empolga. Ficamos, eu, cumpadre Afonso e Guto com a sensação de que é lugar para anoréxico que finge que come ou para paulistas, que moram em Salvador, com saudade das filiais de Sampa. Só pode.
    a) Ambiente - Como eu disse misto de bazar de quinquilharia com antiquario, tudo que se vê na decoração está à venda. E, confesso, que só achei bonitinho o porta guardanapos de louça pintado. O resto já vi e revi em lugares que vendem artesanato por todo o canto da boa terra. Nota 7,00 (pela luz de velas, né gente, ainda sou romântica).
    b) Serviço - Simpático, educado, e mentiroso. Pedi a hostess um lugar ventilado e ela me levou para debaixo de uma amendoeira. Ótimo, fresco, mas perguntei a ela, tem mosquitinho? Eu sou alérgica a picada de inseto. Ela disse não. E eu besta caí. De short, passei o jantar balançando as pernas para os muriçocos largarem a fontana de trevi que minhas pernas viraram. Nota 6,00 só para não ser injusta com os graçons.
    c) COMIDA - Essa foi a pior parte da noite. Meninos, imaginem, eu, Guto e Afonso, trio bom de garfo, diante de uma pizza individual (lá só sai assim), de quatro míseros pedaços, e-n-t-u-p-i-d-a de salsinha, isso, salsinha, na borda? Foi de chorar de rir.
A pizza individual vem em um prato enorme, de cerâmica lindo, do tamanho de uma pizza média da pizza Hut. Mas a pizza, mesmo, o disco de massa, é do tamanho de uma brotinho!!! Tem só 4 pedacinhos! Coisa para a mulherada seca, anoréxica que finge que come, enquanto o namorado finge que gosta de osso.
E o que vem no resto do prato de cerâmica lindo? Salsinha e mais salsinha, em montes verdejantes, que faz você não querer ver tempero verde pelo resto de seus dias. E, pior, não é barata. Um disquinho desses custa, em média, R$ 24,00!! Não para por aí.
A pizzinha veio o quê, o quê, o quê? Tcham-nam: FRIA!.. Isso mesmo, fria. Não posso nem dizer que foi o vento do lugar que estávamos, a pizza chegou à mesa fria. Como o pedido não demorou, deduzimos que os discos devem ficar pré-assados e os recheios são colocados em cima, amornados e depois seguem para emsa. E não dá para esquentar depois, porque a porra da salsinha não deixa!
É verdade que o sabor dos recheios (no meu caso gorgonzola com a abacaxi e frango picante com doritos) estava muito bom, mas como estavam frios, não dava para empolgar.
Olhem, gorgonzola é queijo gordo, e como todo gordo, derrete fácil no calor, certo? Pois a pizza tinha pedaços frios e inteiros de gorgonzola. Por mais que eu insistisse em tentar gostar da pizza, A SALSINHA NÃO DEIXAVA. Quem cozinha deve entender o que eu estou falando. Como tinha um verdadeiro cinturão de arbusto de salsa ao redor da pizza, e queijo, molho de tomate e afins são colantes naturais, ao cortar a pizza, você esbarra na salsinha, que acaba dominando o sabor da redonda, mesmo com o forte sabor do gorgonzola.
Para ser sincera? Não volto. Não gostei mesmo! Tenho salsinha no meu sangue até a geração de meus netos.
Nota - 1,00 (a H2O2 estava gelada e bem servida...rs).


Beijocas e até a próxima!

Fabi


18/01/2008 - Dicas de Verão I

Oi Pessoal,

Eu sei, eu sei, sou enrolada e demoro a escrever. Meu povo é verão! Eu tive recesso (micro-férias) e isso ocupa demais o bom tempo dessa que vos escreve. Passei uma semana bem dificil com mammys dodói (tudo OK com D. Luiza já) e não tive tempo para fazer meus metidos-a-gourmet comentários....rs.

Enfim, estou de volta e vamos à comilança. Os indicados ao prêmio da Academia da Gula hoje são: Sophia, creperia nova no Largo da Vitória; Batô Boteco, barzinho do chefe do Soho no Largo do Rio Vermelho; Piola, pizzaria paulista-argentina-sei-lá-o-quê também no bairro de Iemanjá; e Cabana da Cely, bar ou caranguejaria, se preferirem, aqui na Barra.

O Oscar vai para: BARTÔ BOTECO!!!! S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l ou, nas palavras do meu amigo Lucas Pinto: p... que pariu! Como lá comemos muitooooooooo, vou deixar a análise para o final.

Tem um PS no final sobre a Renard Chocolates, hein?

Vamos aos comentários das minhas meninas papilas gustativas:


1) SOPHIA - Casa despretensiosa, com jeito de point descolado, em frente a Doces Sonhos no início do Corredor da Vitória, com um ar de Mariposa.
    a) Ambiente - Passando pela rua você quase não o nota, pois, no meu parco entendimento decorativo, as cores do lugar não chamam muito a atenção. A varandinha do lado de fora, contudo, é charmosa, e, cá para nós, menos barulhenta que o salão interno. Este, apesar de bem decorado, não empolga, não causa aquele frisson de: "que lindo" que eu costumo sentir. Nota 6,00.
    b) Serviço - Meio lento no começo, decolou do meio da refeição para o final. Nota 6,00 (hoje estou muito mediana, não acham?)
    c) COMIDA - Vamos por partes, como diria Jack, o estripador:
Eu e o meu DD. Marido empolgamos com a descrição dos stick rolls (algo parecido com rolinho do chinês, mas com recheio diferente, sacaram?). Então pedimos um que prometia: frango defumado com purê de banana da terra ao molho de gengibre.
Cheguei a babar pensando na coisa. Nunca mais prometo nada às minhas papilas, elas vão me processar um dia. Decepção. Tudo aquilo que prometia encantar, não decolou.
A impressão que tive foi que o chef tentou amenizar os sabores marcantes do frango defumado, do gengibre e da banana, e pegou leve em todos. Resultado: nenhum deles impressiona ou sobressai. Não gostei. Nota: 3,00 (porque tava com fome).
Depois do arraso do stick roll, confesso, fiquei com medo de inovar no crepe. Então pedimos duas coisas simplérrimas: frango com catupiry e filet au poivre. Só então a noite começou a decolar!
Massa muito boa, crocante, nem um pouco elástica, recheio no ponto (especialmente o poivre, que o povo insiste em entupir os molhos de pimenta, quando na verdade a idéia da coisa não é assim absurda! e olhe que amo pimenta). Nota 9,00 (ainda pensando no stick roll...rs)
Realizados com os crepes, partimos para uma tortinha Búlgara básica. Meninos, eu vi! Lembrei de Juca Pirama quando me dei conta de que precisava de uma lupa para enxergar os minúsculos pedacinhos de Búlgara que chegaram à mesa!! Me senti numa montanha russa gustativa-estomacal que desce e sobe muito rápido!
Muito pequena, até os dentes reclamaram que não sobrou nada entre eles! Nota 5,00, porque apesar de pequena, estava gostosa.
Enfim, entres mortos e feridos, salvaram-se os crepes!
Só volto lá se Dalila, minha lombriga, insistir muito em comer, especificamente, crepe de filet au poivre.


2) PIOLA - Qualquer coisa dentro de uma pirâmide de aço e vidro já me chamaria a atenção. Qualquer coisa que sirva comida dentro de uma pirâmide de aço e vidro, e perto da academia de onde saio sempre com fome, não me chama a atenção, BERRA comigo, isso sim.
A casa é uma franquia que tem lojas em vários cantos e com seu jeito moderninho é muito divertida, com música alta, garçons e garçonetes bonitos e diferentes (tinha uma menina com um cabelo igual a de Vampira, do X-Men, achei massa aquilo!!!).
    a) Ambiente - descolado, colorido, meio asséptico, alguns diriam, com música alta (não insuportável, mas no dia que fui quase saí dançando uns reggaes jamaicanos que tocavam). Ar condicionado forte para as friorentas de plantão. Vi um lugar bacana, com gente jovem e bacana tabalhando, e frenquentado por gente bonita. Nota 8,00 (vai que tem gente que não gosta de reggae???)
    b) Serviço - Nota 100000. Manobristas educados, agéis e simpáticos. Garçons idem, e a pizza, gente, sai mais rápido que um sanduba do Mc! EU AMEI.
    c) COMIDA - Aviso aos navegantes: quem não gosta de massa fina, nem vá. Para um dos incentivadores do blog Dicas da Fabi, Dr. Sérgio: pode levar a criançada. A pizza não leva leite na fabricação.
Depois do choque incial de receber a redonda em 5 minutos, só fiz uma coisa: me deleitar com a pizza mezzo capricciosa (cujos camarões precisavam ser cortados e a rúcula estava fresquinha) e mezzo esqueci o nome, mas era de gorgonzola com salminho picante, sabores que eu viria a descobrir depois, terem sido pedidos pela minha cumadre Flávia naquela mesma semana. O mundo é uma papila só....rs.
NOTA 10. Massa boa, recheio generoso, sabor excelente. Recomendo.
P.S - Não é absurdamente cara, hein? R$ 44,00 a redonda grande mais cara que vi lá.
P.S 2 - Não comi sobremesa lá, pois meu marido havia prometido chocolates da Renard, que aquela altura estava fechada e eu tive de me contentar com o sorvete de Diamante Negro que tinha no congelador lá de casa.


3) CABANA DA CELY BARRA - Boteco ou caranguejaria (acho que essa nova categoria deve ser incluída na Veja!) já conhecido de todos aqueles que adoram um martelinho e uma chupadinha (olhem as cabeças sujas, hein) naquele bicho horroroso, mas delicioso (vocês estão demais) que é o carangueijo (guejo ou gueijo, nunca gravo, whatever), com certeza aprovaram a instalação dessa unidade aqui na Barra, porque quem, como a tatú aqui, mora pras bandas de cá, não se animavam muito em ir até Piatã só para comer um bom crustáceo. Detalhe, fomos lá (eu, Guto, Alda, Lucas e Cila, companheiros de comilança) apresentar o caranguejo a um amigo Londrino que passa meses meio sabáticos aqui, Dave.
    a) Ambiente - é um botecão, gente, então é mesa na rua, cerveja gelada, e barulho, muito barulho. Não sentem na parte interna, se quiserem conversar. A zoada de martelinhos, copos, risadas, papos, garçons e afins não permitem dizer um "ai" sequer... Lá fora me parece mais tranquilo, e ainda dá para ouvir o sambinha que sempre rola no Habeas Copus, na frente. Nota 3,00, porque Lucas Pinto, companheiro de copo e eu não conseguíamos trocar uma idéia com um convidado inglês que estava conosco e se entupia de paste...rs.
    b) Serviço - Para um boteco, numa sexta-feira de verão, LOTADO até dizer chega, com espera pra mesa, o serviço estava além das expectativas baianas (lerdeza, esquecimento, trocas e, depois, sorriso, para compensar tudo). Funcionou, não atrasou, não erraram a conta e os pedidos não demoraram. Nota 8,00 (ainda pelo barulho...rs).   
    c) COMIDA - Fantásticos pastéis de camarão, siri e carne (eu sei, eu sei, o de camarão ninguém faz igual ao do Beach Stop, mas olhe, tava delicioso esse, viu?); caranguejos grandes, carnudos e com sabor, acompanhados de um pirão típico, nada muito diferente, mas gostoso. Tudo isso regado a muita pimenta, porque o molho lambão da Cely é o melhor de Salvador, porque leva leite de coco!! Delicia! As lambretas, para quem conhece Don Papito, não empolgaram, porque estavam miúdas, mas o caldinho e as cebolas estavam bons, é verdade.
Resumo da ópera: mora por aqui? gosta de comer tranqueira de praia? ama caranguejo? Vá para Cely. Vale a pena. Nota 9,00 (pelos pastéis, né povo? comparar com as lambretas gigantes de Papito é sacanagem). Conta para seis ficou em R$ 27,00 para cada, com inúmeras cervejas.


4) BARTÔ BOTECO - Para os desavisados, o Largo da Mariquita no Rio Vermelho só serve para comer a acarajé de Cira e tomar suco no 24hs. Mas há algo novo no ar, e nós fomos conferir.
Como alguns de vocês sabem, Bartô é empresário, chef conhecido do Soho, e alguém que me faz dar boas risadas sempre que eu o encontro. Passamos os últimos meses nos vendo com frequência e ele só falava desse bendito lugar que iria abrir.
Um dia, quase hora do almoço, eu fui torturada por ele ao descrever um escondidinho de bacalhau. Fiquei com o sabor na boca, e fui comer feijão em casa... sacanagem, não é?
Resumo da ópera, ele abriu, finalmente, o Boteco, na última sexta-feira, dia 11/01. E no sábado, passei lá, acompanhada de um quarteto de estômagos formado por Alda, Lucas, Priscila e Guto (o DD. Marido), na verdade quatro dragas ambulantes, que, tirando a barriga de chope de meu esposo, são magros de ruim ou então, nas minhas costas, eles são bulímicos.. só pode! Eu engordo só de vê-los comer!
    a) Ambiente - Para mim, excelente. Moderinho lá dentro, botecão cá fora. Mesinhas na calçada, decoração interna clean, com muita madeira e vidro (oh, gente, a garçona, como diria meu amigo australiano Scott, picou a cara no vidro da porta.... e todo mundo riu, esse povo é fogo!). Enfim, nota 10.
    b) Serviço - Confesso que quando Bartô me disse que só tinha um dia de aberto, fiquei receosa de ser mal atendida, mas justamente o contrário aconteceu. O serviço foi ágil, atencioso e muito caprichoso, especialmente com a mesa que insistia em querer me derrubar. Nota 10,00.
    c) COMIDA - Eu nem sei por onde começo. Mandamos descer metade do cardápio e AMAMOS TUDO.
Primeiro, Bartô mandou um par de pratos com anéis de lula e camarões empanados, acompanhados de farofa de banana com alho poró (que eu amo). Gente, o que era aquilo??? Não, eu tenho de detalhar isso: o empanado era sequinho, crocantérrimo, quente, macio, parecia ter sido empanado em flocos milimetricamente perfeitos e arrendondados. P.Q.P Futebol Clube!!! E a farofinha?? Putz... fantástico.
Depois desse primeiro deleite, chegou à mesa o tal escondidinho de bacalhau e um de carne. Até Priscila que não é fá de peixe, comeu e aprovou. Eu fiquei horrorizada de tão delicioso.
Primeiro, o bacalhau não era um saithe desses amarelos do Bompreço, era alto, em lascas grandes, passados, se não me falhem as papilas, em manteiga pura e alho, envolvidos em purê de aimpim, macio, encorpado e saboroso.
Olhem se cozinha é dom ou química, quem fez aquilo foi abençoado por Deus e pode fazer uma boma atômica! Os amigos íntimos sabem que minha escala de sabor, depois do excelente, é: indecente, do caralh.... e puta que pariu. Esse escondinho está no último nível.
Ah, e claro que eu tinha de provar o de carne, não é? Senão não seria eu! Esqueçam aqueles purês moles de aimpim, com carne cheia de nervo e um monte de calabresa que a gente come por aí chamando de escondidinho. O que eu comi em Bartô era algo digno de uma deusa!
Primeiro, aquilo lá devia ser bife de Kobe (aquela carne japonesa do boi que fica suspenso para não ter músculo e custa uma fortuna, sabem?) de sol, porque não tinha um nervinho!!!
Macio e delicioso, não engana! não tem calabresinha e um monte de cebola não, cumpre o que promete.
Enfim, extasiada com os escondidinhos (tá dando fome!). Fomos ao polvo na chapa com páprica e batata (igual ao do Soho, só quem em porção menor). Se você gosta de polvo, se você gosta de coisa picante, e de batata: COMA. Excelente.
O do Soho ainda é imbatível, mas o do Boteco, para um barzinho, está mais do que bom. São três pernas grossas de polvo, temperadas com páprica picante, assadas na chapa, com batatinhas também na chapa, cobertas de cebolinhas... delicia! Provem já.
No meio da comilança, comentei com o pessoal como Salvador é carente de bares, botecos de boa qualidade que consigam manter o bom serviço, o bom chopp, e lembrei dos bares e botecos que conheço em Belo Horizonte, como o Albano´s, onde você ao sentar, o garçom decora sua preferência do colarinho do chopp e, mal termina um, ele já repõe outro.
Daí lembrei que no Albano´s existe o melhor filet ao molho de gorgonzola que existe na face da terra tupiniquim.
Enquanto isso, pedi ao garçom o cardápio para ver o que mais a gente ia querer. Quando, para meu êxtase, surpresa e alegria de Dalila, minha lombriga, avistei as palavras mágicas: Filet ao Gorgonzola.
Todos na mesa nessa hora se emocionaram, as lágrimas vieram aos olhos, a baba à boca, e nos sentimos, de alguma forma, tocados pelo milagre dos deuses da cozinha!!!!! é claro que pedimos!!! Aquilo era um sinal!
E não é que o filet estava DIVINO???? O universo conspirou para aquela refeição perfeita!...rs. Comemos, literalmente, rezando!!!!
Preciso fazer uma observação básica: O CHOPP É DE CANECA DE VIDRO!!!!! ou seja, pega-se pela alça, não esquenta, é bem tirado e estava geladérrimo... caiu feito uma luvinha.
Bom, entupidos de comida, algumas gramas (os secos que me acompanharam) ou quilos mais gorda (no meu caso quilos sem culpa, obviamente), decidi ir para a sobremesa.
Eu, sinceramente, queria saber o porquê das pessoas dizerem que não querem sobremesa, mas sempre futucarem a minha? Deve haver uma razão endocrino-freudiana para tanto!
Bom, ao ver que tinha Búlgara (sim, eu sou fã) no cardápio, pedi duas para que os demais componentes da mesa apreciassem. Contudo, todavia, porém, os secos tiraram onda com minha cara e disseram que eu estava exagerando.
Resultado, os secos, ao provarem a delícia, devoraram a minha sobremesa, que era só minha! E eu fui obrigada a guerrear com colher por nacos de chocolate macios por dentro e crocantes por fora, envoltos por creme de leite, com os demais gladiadores de sobremesa! Um acinte!!!
Enfim, Nota 10 para Bartô, equipe, chopp, lugar e comida. Recomendadíssimo! Comentário financeiro: Só para terem uma idéia, a Búlgara no Soho custa R$ 12 ou R$ 14,00, não lembro agora, e no Bartô custa R$ 6,00. O filet foi R$ 17,90. Em resumo, comemos muitooooo e bem, bebemos 12 ou 13 chopps e a conta deu R$ 31,00 para cada (éramos seis). Eu achei baratérrimo!!!!


P.S - Sou fã de chocolates suíços e belgas. Pedi, acintosamente, a meu sogro, a caixa de trufas belgas com café que ele ganhou de Natal (só um louco dá chocolate a um diabético), e só dei uma a minha sogra e uma a meu marido...rs. O resto era meu!... deliciosas, por sinal.
Bom, fui a Renard Chocolates (www.renardchocolates.com) para comer trufinhas Godiva, que amo e tomar chocolate quente ou gelado da Godiva, também. Gente, vão lá. Até aquele dia eu e D. Luiza adorávamos o chocolate quente da Belle´s. Isso é passado. O chocolate quente da Renard (sem saborizante, por favor, para não tirar o gosto do cacau) é algo divino! Espesso, meio amargo, e puro sabor do cacau. Fantástico. O gelado, então, outra delícia! Parece um milk-shake!!! Amamos. Minha mãe e eu provamos ainda a quiche de tomate seco (muito boa) e o folhado de camarão (fraquinho). E comemos bombons pralinée e trufados. Para quem não conhece, a casa fica na Rua da Flórida, na Graça. (na rua do Shiro, a de dentro, não a principal, e quase em frente ao mesmo). Vale a pena!!!
P.S 2 - Os lanches não são caros, mas as iguarias Godiva são caras, aviso logo. A caixa de bombons tipo tubetes é maravilhosa!!! Né, amor?

Um beijo para todos!

Fabi