quarta-feira, 5 de maio de 2010

A cabeça da cozinha.

Se o fogão é o coração, a geladeira, não tenho mais dúvidas, é a cabeça. É o cérebro eletrônico, frio e gelado, que orquestra cada almoço, jantar, café e sobronté de onté.
Minha frost free quebrou (nunca mais compro geladeira da Bosch) no domingo retrasado, e lá se vão quase duas semanas de liga para cá, tenta consertar de lá, compra peça, peça não chega, briga com o marido (que se encarregou de resolver), para ao final comprar outra nova ontem.
E não dá para viver sem. Não tem como. Água gelada, graças a Deus, não ficamos sem, pois temos um daqueles filtros que só faltam falar, mas e como fica o Danoninho de Nando? E aquele restinho de strogonoff do almoço que cairia muito bem no pão à noite? Onde guardar o pedaço de torta de chocolate? E a mousse de maracujá, que só presta gelada e firme? Não tem onde. Sem cérebro o corpo para. Sem geladeira, a cozinha não existe.
Não sei se é pior ficar sem meus matinais ou sem ter onde me inspirar e desabafar, sim, porque quantas vezes a gente não abre a geladeira e fica olhando para dentro, pensando no que comer, no meio do dia ou da noite, numa crise de criatividade, ou simplesmente durante o jogo de futebol? Inúmeras!!!! Cérebro que se preze é mentor de inúmeras idéias fantásticas! E a minha geladeira não poderia ser diferente!!! Dali não sai só alimento para o corpo, mas para alma também!!! Quem nunca se encheu de amor ao ver aquele pudinzinho de leite moça perfeito olhando para você? Quem nunca se alegrou ao lembrar daquele doce de festa roubado e esquecido há dois dias lá no frio da porta, escondido no meio dos ovos para ninguém mais ver? Quem nunca ficou feliz ao pegar o último queijinho ou último iogurte antes do outro? Ora, atirem o primeiro brocolis cru quem nunca pensou assim.
Meu cérebro novo chega amanhã, graças a Santa Insinuante e ao São Visa, e com fé em Santa Dalila, a pasta ao camarão e gorgonzola do Dia das Mães sairá!!!!
Cheiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário