terça-feira, 7 de junho de 2011

O Ocho que é siete...

Aiiiiiiiiiiiiiiiii! Sábadão, Maridão, Namorão, sem filhão, que tal um restaurantão novão?... Salvador, de caju em caju, inaugura coisas legais. Como disse no post do review do Piola, algo no meio do Rio Vermelho, dentro de uma pirâmide, claro, chama minha atenção!!
Meu cumpadre Lucas Pinto, cujo estomago me pertence, mandou a notícia da inauguração de uma cevicheria na soteropolis, a Ocho, no lugar onde funcionava o Tom do Sabor. E minha dentistra-prima-corredora-hightech Inessa, foi conferir o lugar e aprovou. O Peru tá na moda (frase de duplissimo sentido, eu sei) E o ceviche é a bola da vez. De LA a NYC pipocam cevicherias, não seria diferente aqui (não obstante Maceió, ali do lado, ter o maravilhos Wachako há anos - que embarcou na moda das cebicherias e abriu o El brujo).
Entonces, eu, DD. Marido e Dalila fomos ver qual era a de mesmo do chef Marcelo Fujita (Piola, Mariposa e Joia) que fez até o governador Jaques Wagner e a primeira-dama irem ao soft opening.
A casa tem uma decoração impecável, com dois ambientes, um mais simples, do lado de um jardim de inverno, e outro mais elaborado, que mistura livros nas prateleiras laterais com artigos e elementos do Peru, e uma atendimento muitoooo bom. Nota 10, inclusive, por ser colado com o estacionamento!
No Peru, como os peruanos, fui de pisco sour (por favor, desfaçam a careta ao ler clara de ovo na composição do drink) e estava divino!!!!!!! Tomei uns dois ou três, porque perdi a conta....rs Vale cada centavinho. Gutão ficou na cerveja mesmo (ele anda numa fase etílica de cerva que só Santo Lúpulo entende. Reclamou da  falta de opções das brejas, inclusive, de alguma do país inspiração do Ocho)
Pedimos de, entrada, o menu degustação de ceviches e as vieiras com camarão gratinadas.

 Esta última, confesso veio fria por dentro, e como é para comer em três garfadinhas nem dava para esquentar. Além disso, confesso, não sou fã da mistura frutos do mar com queijo, então, de fato, não me empolgou.




O trio de ceviches do menu degustação mandou melhor e fez Dalila tocar flautita peruana!! O primeiro, tradicional, perfeito na acidez, nos cubos de peixe, na quantidade de cebola rocha. Excelente, palmas para o leche de tigre. O segundo, de atum, me entusiasmou também, mais para o adocicado, surpreende depois do tradicional. O terceiro, de frutos do mar, é bom. E só. Não é divino, nem maravilhoso. É bom, gostosinho. Não sei se o paladar estava impregnado dos dois primeiros, mas achei que poderia ter mais limão ou cebola. O toque da pimenta de biquinho ajudou a não reprová-lo


.
Guto saiu de casa querendo comer carne (pra variar), e eu preocupada porque em uma cevicheria a última coisa que pensei é que acharia algo legal pro meu carnívoro. Mas o cardápio, apesar de privilegiar os frutos do mar e os peixes (dãnnn, claro!, peruano, lembra?), tinha algumas opções legais para carnívoros (vou voltar pra comer o carré de cordeiro e os espetinhos peruanos). Então ele foi de filé com uma batata gratinada e eu fui de arroz com frutos do mar na wok.
Os pratos são satisfatórios em tamanho, mas meu arroz, uma decepção com cara de llama. Eu não esperava um risoto, obviamente. Esperava algo próximo do antigo arroz yakimeshi do Beni Gan, feito ali na chapa, na hora),  mas meu prato estava mais para um sobronté de onté de restaurante chinês que para prato feito na hora. Os peixess estavam overcooked, então esbagaçaram, o gengibre, que deveria (no meu modesto paladar) realçar o arroz predominava e não deixava sentir o gosto de mais nada, enfim, ficou meio maçaroca mesmo, com extaos quatro camarões e poucos outros frutos do mar. Não gostei, confesso.


Em compensação, vai entender a vida, o filé de Guto estava simplesmente p-e-r-f-e-i-t-o. Selado crocante por fora, macio e suculento por dentro, sal no ponto, com um azeitinho temperado com aji panca, muito bom! E acompanhava uma bendita batata, que pelo amor de Deus!! O que era aquilo? Uma bomba de serotonina era explodida a cada garfada do bendito carboidrato! DIVINA. Terminou que DD. Marido, com pena, trocou de prato, de tanto que eu revirava os olhinhos a cada garfada do prato dele.
Na verdade, pensei que fosse encontrar mais pratos peruanos, como o ajiaco, por exemplo. Vai ver foi isso.
Vencidos os principais, vamos ao que interessa às lombrigas: A SOBREMESA! Não sei porque não segui a indicação do garçom e pedi o pudim de tapioca. Cai na velha lorota do chocolate. Desta vez, fui enganada pela descrição de uma torta crocante de chocolate que, em verdade, estava mais para muffin fofinho. Não estelionate Dalila, não prometa a ela uma coisa crocante e mande outra macia, pode ser chocolate belga, ela não aceita!!! Ela se prepara (e a mim) psicologicamente para crocância, é crocância, amigo, não é maciez! Então, nesse ponto, minha torta deixou a desejar. E, pior, o sorvete de creme estava péssimo, capelinha de coco ficaria melhor (pouco cremoso, meio aguardo, com uma essência baunilha-sol-amarela-10).

 
Em compensação, a sobremesa de Guto (2x0) estava pra lá de Bagdá, digo, de Lima de tão gostosa. Ele, como bom mineiro, depois da carrrrrrrrne, queria docedeleite. E achou! Dentro de uma taboca (isso mesmo, dessas que vendem na esquina), bem cocrante, um monte de doce de leite (ainda que acompanhandos do insosso sorvete de creme). Matei minha vontade de comer crocante um docinho e sai feliz, mas não satisfeita, do Ocho, que está mais para nota siete do que qualquer outra coisa.
Beijocas




Chocolateando por aí ou Para Gabriela Junqueira espantar o frio.

Minha sobrinha Gabriela faz faculdade no sul de Minas e toda vez que lê o blog não sabe se me odeia ou me ama. Me ama, por diverti-la, né Gabi? Me odeia, porque, invariavelmente, ela vai ler, vai ver as fotos, mas vai terminar a noite na sarjeta da cozinha, isto é, comendo um nissan miojo da vida republicana.
Foi pensando nela, e por livre e espontanea pressão das amigas que experimetaram um chocolate quente made by myself,  que resolvi mandar a super-secreta receita do bendito ouro negro quente. Anotem:

CHOCOLATE QUENTE
1 litro de leite integral
3 col. (sopa) de amido de milho
1 barra de chocolate amargo ou meio amargo
3 col. (sopa) de açúcar
100g de cacau em pó

Preparo:
Ponha o leite (tire meio copo para dissolver o amido antes)  com a barra de chocolate picada em uma panela e leve ao fogo médio, mexendo para não pegar no fundo. Adicione o açúcar e o cacau em pó e vá mexendo até ele ficar um ouro negro encorpado (não muito grosso), chega a ferver de borbulhar não, viu, gente? Depois é só servir e tomar (cuidado para não queimar a língua).

Isso mesmo, acabou a receita. Não tem ciência alguma. Passeando pela Soteropólis descobri o chocolate quente da Abuela Goye, d-i-v-i-n-o. Ou como diz o lema deles: El alma del chocolate. Sem dúvida a melhor opção de Salvador (Milque, sabor muito forte de amendoim, provavelmente por ter sido cozido demais; Belle´s, doce demais), à frente da Koppenhaguen e Deli&Cia, meu segundo e terceiro lugares. Olha só o que sobrou:
Hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm, com uma empanada vinda diretamente de los pampas argentinos (tudo na franquia da Abuela vem direto da fábrica, do alfajor ao sorevte) afeeeeeeeee! Deu água na boca! Gabi, foi mal!
bjos

O Azeite Doce que não é de Dona Conceição.

Minha avó materna, Dona Conceição, era conhecida pelas suas habilidades culinárias, pelo ciúme de meu avô, Carlindo, caminhoneiro que ao voltar da estrada era sumariamente submetido a testes de fidelidade dignas de um celibatário, do tipo sentar em bacias ou banheiras para ver se os testículos boiavam (vazios) ou não (cheios). Coisa de família de doido, como a minha é.
A véia, ou Iaiá, como chamavamos-na, era uma sábia com hipercolerestomia, já que só acreditava em óleo Mazola de lata, mateiga aviação e azeite doce português, o mais conhecido azeite de oliva. Como alguns de vocês sabem, minhas memórias são estomacais-afetivas-gustativas, então, me recordo com água na boca do talharim com camarão seco, do lombo recheado e do doce de caju de minha avó.
Assim, ao receber o convite de meu estimado Eduardo Coutinho para ir conhecer o seu novo restaurante no Shopping Barra, o Azeite Doce, só lembrava de minha vó. Fui com uma ternura sem fim experimentar as comidas orgânicas de lá, já sabendo que Iaiá, com certeza, tacaria Mazola em cima de tudo....risos.
Gente, que lugar adorável!! Quando a gente fala em comida natural, orgânica, etc, a primeira coisa que vem à cabeça é algo entre comida-de-hospita-vegetebas-hippies-ecochatos. O Azeite Doce vai fazer você mandar essa image às favas, de feijão orgânico, claro!,  literalmente.
A comida é linda, daquelas que lhe seduzem na primeira rodada do buffet, D-E-L-I-C-I-O-S-A e muito saudável. Como Dalila anda correndo a meia maratona ao redor do meu intestino, amei o lugar.
Primeiro, uma salada com frutas orgânicas de cair o queixo:
Sim, isso é uma goiaba!!!!! que com caqui, pepino e afins estava derretendo na boca. Gente, muitooooo boa! E olha que todos sabem que não sou fã de verdinhos. Além dessa salada, meu prato foi abrigando tudo que me chamava a atenção e, como todas as minhas idas à restaurantes por peso, ficou uma belezura:

TUDO muito bom!! Um frango à kiev assado tão crocante quanto, um pastel de massa japonesa recheado de ricota delicioso, assim como essa quiche de cebola, o rocambole de ementhal, as batatinhas assadas no açafrão e o bolinho de bacalhau. Ah, e, claro, a idéia de comer saudável para mim é igual a light, ou seja, pesa nada na consciência...kkkkkkkkkkk.
A parte mais inacreditável foi a da sobremesa! Dá uma olhada:


 Sim, isto é um strudel!! Além de orgânico, estava crocante como deve ser, bem recheado como deve ser, e pouco doce, como deve ser. Quer dizer, como Dalila acha que deve ser!! Meu amigo Lucas Pinto gentilmente cedeu os direitos à foto, garfo, pedaço.... Do lado direito, uma torta
maravilhosa de maracujá... mais leve que meu bolso em dia de pagamento. Minhas amigas Alda Rocha e Mariangela Espinheira também fora garfeadas em suas sobremesas...
E aqui do lado esquerdo abaixo, um senhor mousse de chocolate orgânico!! Quer coisa melhor pra mulher em TPM? Satisfação garantida ou seu mau humor de volta. Muito bom.
Almoço nota 10, comida nota 10. Ainda mais na companhia de pessoas fantásticas, que resenham só o que realmente interessa na vida: a dos outros.. risos.... Valendo da máxima o que é bom custa caro, o quilograma é pra lá da casa dos R$ 50,00, mas vale cada centavinho do seu dinheiro!
Dudu, parabéns! Adorei a casa! Já voltei lá para almoçar com mamis, e chegamos à conclusão que Azeite Doce é para comer com ternura mesmo.

MEA CULPA MEA MAXIMA CULPA

Não sei se meus leitores me perdoarão, mas tinha de pedir aqui PUBLICAMENTE desculpas pela ausência de postagens no blog.
Vários problemas pessoais (filhão precisando da mamãe aqui); profissionais (meu escritório de advocacia precisa fazer dinheiro, né gente? afinal eu sou meu sponsor nas investidas gastronomicas) e de saúde (dietas para controlar açúcar e diminuir o peso foram - e são - necessárias) interferiram na vida de blogueira.
Sei que parece desculpa esfarrapada, mas não é. Até Dalila, fiel lombriga escudeira chegou a pedir o divórcio, mas voltamos às boas após algum charme inicial da verminosa.
Ontem, após receber um "você é uma mãe excelente, Fabi" do pediatra de Nando, um prece da minha mãe: "isso tudo vai passar"; um "eu te amo" do maridão, e uma promessa de conhecer o MAGO-DEUS das panelas ALEX ATALA ("quando você estiver em São Paulo me fale", de um familiar dele), tinha por obrigação de retormar as palavras, o blog, enfim. Vamos segundo, vida!
Estamos voltando à ativa!!
Beijos!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Na sussa do Sussa

No meio do turbilhão das mudanças de vida, nada como uma saidinha à dois, DD. Marido e eu.. quer dizer, no meu caso, há sempre a minha simbiótica Dalila à tiracolo, quer à enterogastrocolo, mas tudo bem.
Carboidrato e alcool etilico animam até defunto, não é gente? Afee, se tiver chocolate ao final, então, iupieeeee!! Viva a serotonina...Então, Guto, para me animar, após os decisivos dias na questão profissão, me levou ao Sussa, uma forneria nova, que abriu ali do lado do Pereira, na Barra.
Adorei o lugar.
De frente pro mar, envidraçado, com uma imensa reprodução do mar da Barra e sua balaustrada na parede, excelente atendimento, enfim, bacanérrimo, descoladérrimo, tudo érrimo.
Forneria é uma coisa sensacional, a idéia de forno, quentinho, assadinho, crocantinho, recheadinho, já dá um aconchego na gente.. Dalila chega a fazer meu duodeno de cachecol...
Para começar, o chopp Brahma estava bem tirado e o couvert tinha a-haaaaaaa: grissinis!! que amooooo!...rsss Então, o começo dos trabalhos comensais foi fantástico! Aquelas varinhas de pão são de Hograwts, sabem? Fazem mágica igual a Harry Potter,  afeeeeee delicia! passadinha em algum patezinho....hummmmmmmmmmmmm. Além das varinhas de condão, digo, dos grissinis, olha o que vem no couvert
simmmmmmmmmmmmmmm, pão de calabresa!! hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmm valeu cada dentada.
Depois de devorar o couvert, abri o cardápio e Dalila, valendo-se, com certeza dos poderes mágicos das varinhas de condão dos grissinis, fez saltar das letras "Bruscheta de gorgonzola com mel"... e lá fomos nós provar. Muitooooo boa (pedia mais mel, é verdade), mas o pão veio no ponto (ou seja, tostado, torrado, quente, mas macio), com generosa camada de gorgonzola, e mel..............matador, sal e açucar... delícia.
A casa tem várias opções (tenho de voltar para provar o filé apimentado que me deixou com muitas dúvidas antes de pedir o principal), mas como estavamos numa forneria, vamos ver o que sai da boca do forno, seu lobo!
Pedimos uma pizza metade de camarão (com mais gorgozola) e a da casa, com queijo argentino ou espanhol que não me lembro o nome agora. Ambas deliciosas, massa fina, crocante, muitooooo boas.
Todo restaurante deveria ser proibido de ter cardápio sem foto de cada pedido... Se você, caro leitor, visse, ou melhor, lesse "trio de brigadeiro" iria imaginar algo diferente de três porções, ou pelo menos três unidades, de lindas bolinhas de brigadeiro? Nem eu! Nem Dalila! Dá para imaginar nossa decepção quando chegaram à mesa três potinhos de patê com leite condensado, crús, um sem nada, e dois misturados a dois tipos de chocolate em pó diferente? Não né? Mas foi isso que apareceu na mesa.. quase mato o garçom, queria melar os dentes na massa do brigadeiro, sentir aquele grude na boca derretendo, não tomar leite condensado de colher... a maior decepção açucareira da história de Dalila...
Mas, cá para nós, tirando a sobremesa enganosa, o lugar vale a ida, viu? Nota 8,5 pelo lugar, couvert, pizza e bruscheta.. ah, não seriam três brigadeiros a me tirar do sério...rssss
Beijos!

De volta à ativa!

Genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee,

Primeira coisa: mil desculpas!!!! Estou saindo de uma big life change, saí do escritório que foi minha casa por seis anos, de uma parceria de mais de onze anos com meu antigo chefe, para ser sócia de uma nova casa, com dois grandes amigos, com direito à reforma de sala, estresse com pedreiro, pintor, e afins, isso sem falar em duas crises brabas de coluna, uma virose do filho, e, ainda um susto do maridão.
Ufa! Reforma acabando, coluna querendo ficar boa, vamos seguindo.
Estou viva! Dalila também! E não esquecemos de vocês!!! Apesar desse corre corre, guardamos algumas coisinhas lindas de comer para trazer para vocês.
Beijos e boa gastroleitura!

domingo, 4 de julho de 2010

Muito prazer. Sou a torradinha de cebola.

Olá. Me chamo Torradinha de Cebola.
Conheço Fabi há uns 7 anos mais ou menos, quando ela, e mais quatro esfomeadas amigas, chegaram à casa de Ju Curi, em Sampa, e antes de um verdadeiro puttanesca, fomos apresentadas e eu, por ter conquistado Dalila imediatamente, dei o primeiro passo nessa amizade.
Fabi, vocês sabem como é, né? Espelho sem aço, diz logo a que veio, ame-a ou deixe-a, sempre cercada de gente por todos os lados. A gente é muito parecida, sou de cebola, tempero forte, ou me amam, ou me odeiam, só sirvo quente ou fria, morna não, ando sempre cercada de outros pratos e sobremesas!
Por sermos tão parecidas, eu vim aqui defendê-la. Todo mundo diz que minha receita é muito dificil, que Fabi esconde o jogo, etc, e tal. Não é verdade. Anotem tudo aí.
Para me ter assim douradinha por cima, crocrantinha por baixo, peguem uma boa baguete ou um bom pão francês, e fatiem, não muito grosso. Reserve. Ralem uma cebola média no ralo grosso, espremam para tirar a água da cebola, e misturem com 1 frasco pequeno de boa maionese, mais 100g de queijo parmesão ralado (quanto melhor o queijo, melhor eu fico).
Não economizem na passagem da pasta, OK? Em cada fatia do pão, uma boa e generosa camada da mistura é obrigatória!! Levem ao forno, médio, para assar até que fiquem douradas em cima. Não tem erro. Fico assim:


Agora vão testar a receita! E parem de dizer que ninguém acerta o ponto, tenho certeza de que até o mais novo leitor da Fabi, Prof. Malfati vai conseguir e ampliar o cardápio para além do nissin lamen que ele faz.
Prazer, viu gente!

Torradinha de Cebola.

Maridon quer cervejon

DD. Marido fez aniversário em maio último. E como ele adora cerveja, decidimos ir conhecer o Munik Bar e Boteco, na Pituba, para que ele se divertisse com as loiras alemãs, holandesas e afins.
Na entrada, fomos surpreendidos por uma fichação de rasgar o Código de Defesa do Consumidor, porque duas nada simpáticas recepcionistas - que perguntaram a Erik se seu nome era com H ou não e ele já se adiantou soletrando o Lingerfelt do sobrenome - lhe exigem até o fator RH, sob a pífia a alegação de que alguém poderia sair sem pagar e eles teriam o "contato" (leia-se, celular) do pendurador....eu ri, e muito, mas dei meu nome e celular verdadeiros, pedi mesa para 10 pessoas e fiquei "na lista" de espera, que deve ser espera para a próxima década, pois passamos a noite nos banquinhos e mesinhas altas do bar, digo, meninas sentadas e meninos de pé, ante a falta de espaço, com direito só ao cheiro de fritura que vinha da cozinha.
Depois de tentar nos acomodar no local destinado à espera (de onde só saímos para ir embora), pedi o cardápio e me senti a própria Mr. Magoo. Não enxergava, nem tampouco lia, n-a-d-a. O papel preto, com letras minusculas em vermelho e branco não deixam você compreender nada. Aniversário é aniversário, então, vamos celebrar.
Com a ajuda de Rose, simpaticissima garçonete, fomos experimentando várias cervejinhas bacanas
bem tiradas, bem servidas, com copos próprios e que, com precisoso auxílio oculístico-gustativo de Marcos Carneiro, fomos descobrindo os sabores de cada uma delas, inclusive os residuais, como o de caramelo, que só confirmamos quando conseguimos ler a descrição da breja no cardápio. Nota 9,00 (Guto pediu umas duas marcas que não tinha na casa, inclusive a afamada Pilsner Urquel, se é que é assim que se escreve).


A esta altura, Dalila já meio alta de tanta cerveja, começou a pedir comida, e Mr. Magoo aqui só conseguiu ler duas coisas interessantíssimas no cardápio: mini hamburguer e mini batatas especiais. D-e-l-i-c-i-o-s-a-s! O mini hamburguer é divino. Carne temperada, macia, alta, em pãozinho macio com catchup. Coloquei uma

pimentinha e lá fomos nós! A porção é generosa e não é cara, nota 10! As batatas são cortadas pela metade, têm o miolo recheado com frango e queijo, e possuem uma crosta crocante empanada em corn flakes e frita!! Afeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Não tirei foto, porque não deu tempo! Comendo, provando, gostando e lá se foram as batatinhas!
Cheguei a pedir, ainda, mini alguma coisa com fumeiro, mas a super vó Luiza ligou avisando que pequeno Nando chorava e eu tive de deixar as brejas, as comidinhas, os amigos e amigas especialíssimos que compareceram, para vir acudir o filhão.

O bar agradou (nota 4 para as recepcionistas e 7 pro serviço - lento, às vezes), comida legal, preço justo, ambiente moderninho (apesar de ficarmos confinados na espera do bar, as mesinhas são agradáveis e há área climatizada) tanto que a despedida de solteiro de David, grande amigo, começou lá no Munik (nem queira saber mais que isso, afeeee! Melhor eu nem pensar!....rssss).
Fica a dica, maridon quiser cervejon von comer nu barrr de Pituba, amico!
Beijão!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Balzacas do Barulho ou Noite das Meninas.

Como toda mulher Bombril (mil e uma utilidades) deste milênio, esta blogueira que vos escreve se deu um dia de alforria da rotina: profissional liberal-esposa-mãe-e pau para toda obra, para, em arroubo digno de Isaura, ir conhecer a MME. Champanharia.

Obviamente que escravo quando foge, não vai sozinho, né? É claro que a alforria levou parte do Quilombo da UCSal 98.1, isto é, fiéis amigas de faculdade, que foram conferir, in loco, os prazeres de uma saidinha sem compromisso com horário, com o bebê, com o marido, com o relógio, ou seja, com ninguém!.

Em Salvador, acabamos descobrindo lugares novos em meio ao chaótico trânsito desta província, que me criou inúmeros passatempos, como ler o nome das ruas, os outdoors novos, e, claro, identificar restaurantes e barzinhos novos pela cidade.

Assim foi que descobri a MME. Champanharia, aberta há pouco tempo, ali no Red River, quase em frente ao Twist Pub e a Maranello pizzaria, ou seja, naquela ruazinha que na rush hour não passa nada, nem pensamento.

Sou louca por espumante. É geladinho, faz cosquinha no nariz, é um tanto quanto adocicado, glamuroso, e combina com praticamente tudo que pode sair de uma cozinha. Dalila, quando descobriu a casa e identificou o potencial etílico gourmet da coisa, passou a cantar La Vie en Rose toda vez que passávamos no Rio Vermelho. E nada melhor para celebrar uma alforria, de agendas e compromissos, de cinco Balzacas do Barulho que uma boa champa!

A casa é um sobradinho no bairro mais boêmio da cidade, com uma decoração meio noir, meio retrô, mas diferentinha, com lustres feitos de garrafas de champa, coloridos sofás e cadeiras, e bancos longos de madeira, no térreo. E no mezanino, mais algumas mesinhas igualmente fashion-descoladas-coloridas.  

A carta dos espumantes é muitoooooooo bacana, indo do nacional à legítima Veuve Cliquot. A maioria dos rótulos tem opção em taça e os preços das garrafas não são absurdamente mais caros que em uma boa deli. Como eu e Nina chegamos cedo, batemos o olho logo na garrafa do Rosé Glamour, um espumante italiano maravilhoso, a R$ 65,00! Esse espumante é da região de Treviso, famosíssima pelas suas cavas. Mas como tínhamos de esperar as demais Isauras, ficamos nas taças de Chandon Passion, igualmente rose, e só um pouco menos delicioso...

Algumas bolinhas de champa coçando o nariz depois, eis que entram Fau, Lú e Mile, encharcadas da chuva que caía, e animadíssimas com a reunião do Quilombo, digo, das amigas, que há muito não se juntavam para papear fiadamente, ao longo de tantos mililitros de álcool.

Turma reunida, mais uma rodada de taças de Chandon, pedimos umas torradas meio bruschettas com queijo manchego, que fez Dalila tocar castanholas ao ler o cardápio, mas que deu um olé na minha amada lombriga, pois o queijinho espanhol tão delicioso ficou meio insosso no molho que cobria o pãozinho.. meio frustrante, más que se hay de hacer? BEBER!!!

Num abrir de rolhas, esquecemos o queijo manchego, pois a Rosé Glamour tilintando nas taças começou – literalmente – a deixar a noite ébria o suficiente para rirmos, abrirmos os corações e compartilhar todas – eu digo todas – as experiências possíveis e imagináveis de uma mulher.... Se as rolhas falassem....


Acompanhando a bebedeira alforrística, pedimos mini sanduíches de salmão defumado que vieram a contento: pão macio, fatia generosa de salmão, cream cheese na medida certa, molho tarê e de ervas (esse último não combinou muito com o peixinho não, dois sabores fortes, mas o primeiro ficou legal). Para forrar a casinha de Dalila prestou bem, mas ela não se contentaria com tão pouco.

Então, depois dos sanduichinhos, um prato que parecia um sonho: filé em cama de shitake e shimeji. D-e-l-i-c-i-o-s-o. Dalila trocou as castanholas do manchego por uma harpa e pôs peruca de anjinho. Iscas grandes de filé, macias e suculentas, com toque de pimenta verde, em cima de cogumelos salteados em azeite, com a salmoura da carne tão entrosados, mas tão entrosados, que você não sabia quem era querubim e quem era cupido. Afe! Nota 10 pro prato.

Poc! Stampido de nova rolha de Rosé melhor amiga Glamour. Obaaaaaaaaa!!! Conversa mole, conversa fiada, somos nós as bambas dessa parada, já diziam Os Sungas (Mile, pra você!) Champa para dentro, meninas, hoje a gente pode!!!

Dalila só pedindo mais comidinhas!!! Que tal um carré de cordeiro? “Ah, Fabi, pede aí você” Esse povo é doido, me entregam os estômagos. E não é que dão sorte? O que foi aquilo? Magníficos carrés de cordeiros, macios, tenros, derretendo na boca, soltando aquele caldinho temperado de carne bem feita, daqueles que a gente pega o carré e passa no prato ,só pra ver se gruda mais molho... da próxima vez que eu vir um cordeirinho, acho que vou enxergar igual ao leão do desenho Madagascar: só vou ver um carré com pernas. A batatinha que os acompanhava é que foi pouca, porém igualmente maravilhosa!

Se o assunto do papo é.. hum hum, picante, vamos de ménage a trois, um prato de três sugestões do chefe que, para a minha pudica lombriga, só empolgou a torrada de polvo e gorgonzola (que ninguém na mesa queria pedir, mas todo mundo comeu e adorou, e, eu, obviamente, nada disse kkkkkkkkkkkkkkkkkkk). O parma com o camarão não estava muito legal (esperava ou o parma ou o camarão mais firme, mas ambos estavam em tartar, ou seja, crús, e não me empolgou muito), e o terceiro, confesso, não lembro se era ceviche ou o quê.....rssssss. Melhor pedir o polvo com gorgonzola sozinho.

Caro? É. Já viu coisa boa ser barata? Só acarajé e olhe lá! Conta deu cem pila por cabeça (mas lembrem-se que bebemos garrafas de espumante, e provamos muita coisa do cardápio). Serviço? Muito bom, especialmente quando se tem manobrista, se entra molhada no restaurante, se derruba coca cola (para curar a bebedeira), e se quebra uma flutê....rssss. Comida boa? Excelente. Só o filé e o carré valem a ida. É para mulher? É e não é. Apesar de meio clube da Luluzinha, com namorado/marido/ficante é um senhor lugar para animar a vida a dois.

Vale a pena? Vale cada centavo, porque cada sorriso, cada idéia trocada, cada sacanagem falada, cada confissão feita é o que faz valer a pena todas as amizades cultivadas nessa vida. Isauras, digo, meninas, a-m-o vocês! Dia 11 vem aí! Pacto de rolha, hein?? rssssss

Beijos!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A cabeça da cozinha.

Se o fogão é o coração, a geladeira, não tenho mais dúvidas, é a cabeça. É o cérebro eletrônico, frio e gelado, que orquestra cada almoço, jantar, café e sobronté de onté.
Minha frost free quebrou (nunca mais compro geladeira da Bosch) no domingo retrasado, e lá se vão quase duas semanas de liga para cá, tenta consertar de lá, compra peça, peça não chega, briga com o marido (que se encarregou de resolver), para ao final comprar outra nova ontem.
E não dá para viver sem. Não tem como. Água gelada, graças a Deus, não ficamos sem, pois temos um daqueles filtros que só faltam falar, mas e como fica o Danoninho de Nando? E aquele restinho de strogonoff do almoço que cairia muito bem no pão à noite? Onde guardar o pedaço de torta de chocolate? E a mousse de maracujá, que só presta gelada e firme? Não tem onde. Sem cérebro o corpo para. Sem geladeira, a cozinha não existe.
Não sei se é pior ficar sem meus matinais ou sem ter onde me inspirar e desabafar, sim, porque quantas vezes a gente não abre a geladeira e fica olhando para dentro, pensando no que comer, no meio do dia ou da noite, numa crise de criatividade, ou simplesmente durante o jogo de futebol? Inúmeras!!!! Cérebro que se preze é mentor de inúmeras idéias fantásticas! E a minha geladeira não poderia ser diferente!!! Dali não sai só alimento para o corpo, mas para alma também!!! Quem nunca se encheu de amor ao ver aquele pudinzinho de leite moça perfeito olhando para você? Quem nunca se alegrou ao lembrar daquele doce de festa roubado e esquecido há dois dias lá no frio da porta, escondido no meio dos ovos para ninguém mais ver? Quem nunca ficou feliz ao pegar o último queijinho ou último iogurte antes do outro? Ora, atirem o primeiro brocolis cru quem nunca pensou assim.
Meu cérebro novo chega amanhã, graças a Santa Insinuante e ao São Visa, e com fé em Santa Dalila, a pasta ao camarão e gorgonzola do Dia das Mães sairá!!!!
Cheiros.